Fanfic:  ★Um sonho pra sempre ★●๋● vondy●๋●

  Uma batida na porta fez com que ela se apressasse para abotoar a jaqueta. Com o máximo de cautela, dulce saudou christopher abrindo a porta.

  — Olá.

  Ainda não havia escurecido. O sol estava apenas começando a se pôr. A festa não começaria nas próximas horas, portanto, dulce teria tempo de  sobra para ficar nervosa.

   christopher ainda não estava vestido. Ele a olhava de forma estranha, havia uma certa intensidade em seus olhos azuis e uma expressão de admiração.

  — Você está linda — disse christopher, cruzando  os braços como que para se  conter.

  O que deixou dulce lisonjeada não foram as palavras de christopher, mas sim a veracidade de sua declaração. Os olhos e a postura dele confirmavam suas palavras. Ele estava impressionado, o que fez com que dulce enrubescesse.

  — Acho que estes cabelos loiros me caem muito bem — respondeu dulce, chamando atenção para a parte falsa do seu traje. Era a forma de dizer que estava admirando algo que não era real.

  — Qualquer coisa ficaria bem em você. Você está encantadora.

  E isso fez com que dulce se derretesse, não conseguia nem olhar para ele.

  — Nunca estive em uma festa — confessou ela, acanhada.

  — Como assim?

  — Sempre... Eu sempre estive ocupada — disse ela, cabisbaixa. Temia que christopher a julgasse impopular. — Não que nunca tenha sido convidada, mas sempre achei as festas chatas.

  — E são mesmo. — Ele riu.

  — Eu me sentirei ridícula se for pega esta noite — disse dulce, alisando seu vestido.

  A resposta de christopher a surpreendeu.

  — Você não será pega.

  Ela olhou para ele como se não o houvesse compreendido.

  — Como assim? — riu nervosamente. — Eu poderia ser pega com a maior facilidade.

  — Não deixarei que isso aconteça.

  christopher se afastou da parede e caminhou na direção dela com as mãos nos bolsos. Ficou assim até que estivesse perto o suficiente para tocá-la. Ele passou o dedo gentilmente pela

bochecha rosada. Gostou da forma com que os lábios dela tremeram, e também com o fato de  ela não ter tentado se afastar.

  — Se alguém quiser levar você para algum lugar terá de me levar junto — disse christopher, com tanta calma que  dulce acreditou nele sem qualquer sombra de dúvida. Pelo menos demonstrava preocupação, já que amor, que era o que ela queria, não era possível.

  O médico ficou mais alguns segundos examinando os lábios trêmulos de dulce.

  — Bem, acho que é melhor eu ir me vestir — disse ele, não querendo estragar a conversa.

  — Você está ótimo assim.

  — Obrigado, mas não estou desconfortável o suficiente — ele riu com a brincadeira. — E ninguém acreditaria que estou acompanhando uma mulher tão bonita.

  — Então é melhor você se trocar. Não quero que as pessoas pensem que você é meu criado — brincou ela.

  — Aliás —  disse antes de sair — já pensou em um nome para usar na festa?

  — Um nome?

  — Sim, um nome, uma forma de ser apresentada.

  — Acho que qualquer nome serve, desde que não seja dulce.

  — Escolha um — a voz  de christopher era suave. — Um que você goste bastante.

  — Não, qualquer um está bom. Jane, por  exemplo, ou qualquer outro nome.

  — Jane? Você gosta deste nome?

  — É um nome bonito.

  Ele se aproximou de dulce mais uma vez.

  — Escolha um que você goste. Esta noite você tem cachos loiros e pode ser quem quiser. Qual o seu nome favorito? Qual você gostaria que tivesse sido?

  — christopher — disse dulce, sorrindo —, você está me encorajando a brincar de faz-de-conta como uma garotinha.

  — Brinque de faz-de-conta, exatamente como faria uma garotinha.

  Os olhos de dulce se fecharam ao som da voz de christopher.

  — Qual será? — perguntou christopher — Quem você quer ser?

  Ele era o único homem no mundo em que ela confiava.

  — Débora — dulce disse timidamente.

  — Débora?

  — Sim, quero ser Débora.

  Ele respondeu com um beijo em sua testa. A ternura de seus lábios a deixou louca. Não havia sido um beijo apaixonado, mas um beijo delicado para selar um acordo.

  — Encontro com você lá embaixo daqui alguns minutos. — christopher saiu do quaro deixando-a sozinha pensando no grande faz-de-conta que viveria. No final das contas, seria delicioso agir como uma estranha.

  A casa onde aconteceria o baile de máscaras não era grande nem elegante. Era uma casa de madeira de tamanho  médio e seus donos provavelmente não eram ricos, mas estavam determinados a oferecer um dos maiores bailes de máscaras da história de Sydney. Lanternas laranjas decoravam as janelas, e as risadas podiam  ser ouvidas da rua. dulce

foi tomada por uma vontade incontrolável e quis correr para dentro da casa.

  christopher a conduziu até a entrada com o máximo de elegância. Sua roupa e seus sapatos destacavam-lhe a altura e a masculinidade. Sua gravata era preta, combinando com o vestido de dulce. Seus cabelos castanhos brilhavam com a luz das lanternas e suas costeletas acentuavam o ângulo do seu queixo. Pela primeira vez ocorreu a dulce que outras mulheres poderiam invejá-la por estar acompanhada de christopher. Ela imaginou como seria se outra mulher naquela festa desafiasse o direito  que lhe pertencia de estar ao lado de christopher. Pelo menos naquela ocasião.

continua

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