Fanfic:  ★Um sonho pra sempre ★●๋● vondy●๋●

   belinda soltou os cabelos trançados e respirou fundo.

   Com cuidado, tirou uma alça do vestido, depois a outra. Cansada, ela massageou o pescoço.

  — E então, ela estava lá? — perguntou uma voz antipática.

  — Sim, é claro. Onde mais poderia estar? — respondeu belinda, sem dar a menor atenção ao senhor de meia-idade que surgiu perto das velas que iluminavam o quarto.

  — E o que você lhe disse?

  — Nada.  Não sabia que deveria conversar sobre amenidades.

  — Não tente ser esperta comigo. O que ela estava fazendo? Estava sozinha?

  Desejando estar sozinha, belinda olhou feio para aquele homem que invadia sua privacidade.

  — Sim, estava sozinha até eu chegar. Entretanto, não posso precisar o que ela fazia. De certo estava limpando alguma parte da casa ou lavando louça.

  Ele a puxou com força pelo braço. belinda tentou se desvencilhar na mesma hora.

  — Pare de me provocar!

  — Solte-me, Miles! — gritou ela, tentando unhá-lo.

  Em vez de soltá-la, Miles a jogou contra a parede.

  — Ai! Seu bastardo!

  — Ouça. Eu fico aqui o dia todo enquanto você se joga nos braços daquele sujeito. Saiba que a idéia não me agrada nem um pouco, mas eu só permito que você continue porque sei que conseguirá realizar a tarefa. Todavia, quando você volta para casa, quero que esteja inteira e disposta, contente por me ver. Espero que responda as minhas perguntas sorrindo. Fui claro?

  belinda assentiu em silêncio.

  — Que bom. Então, prestou bastante atenção em dulce? —ele perguntou.

  Mais uma vez ela assentiu, esfregando o braço.

  — Ótimo. E como vai o seu relacionamento com o médico? Não vai ser expulsa daquela casa e perder a garota de vista, não é?

  — Não.

  — Excelente. E você achou que ele não a aceitaria de volta — relembrou Miles, zombando. — Achou que ele não teria mais o que fazer com você.

  — Não foi o que eu disse.

  Ele a olhou com surpresa.

  — Como?

  — Eu não disse que ele não me aceitaria de volta — explicou  ela, mais calma. — Eu disse que ele não deveria, afinal de  contas eu o deixei para ficar  com outro homem.

  — Pelo visto o dr. uckermann estava encantado o suficiente para não se importar.

  — Ele se importa. christopher me odeia — confessou belinda, amarga. — Eu também me odiaria.

  Miles estudou o belo rosto de sua amante, inclinado sob a parca luz.

  — Sente-se culpada?

  — Claro que sim. Deixá-lo foi o maior erro que cometi na minha vida.  Achei que amasse outro  homem, mas me enganei. E muito. Não existe nenhum homem como christopher. Duvido que uma mulher que o ame possa se apaixonar por outro. Eu o quis de volta praticamente desde o instante em que o abandonei. Mas então você apareceu e me forçou

a entrar nesse jogo sujo, e usá-lo para atingir seus objetivos.

  — Eu não a forcei — defendeu-se ele. — Ninguém lhe forçou a fazer nada, belinda.

  — Durante toda a minha vida eu fui forçada a fazer as coisas! — gritou ela, angustiada. — É como dizer a um mendigo faminto que ele não é obrigado a mendigar. Tudo que eu fiz foi pela necessidade.

  Miles se aproximou dela.

  — Ah, minha querida... Duvido que seja tão ruim assim.

  Ela se esquivou da mão que tentou lhe afagar a bochecha.

  — Tão teimosa. — Ele sorriu. — Há muita raiva escondida por trás de toda essa beleza.

continua

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