Fanfic:  ★Um sonho pra sempre ★●๋● vondy●๋●

Os medos da noite desapareceram assim que o sol nasceu. Ela olharia para o médico como se ele fosse um dos credores de sua família. Manteria o queixo erguido e não pensaria na questão que sempre lhe atormentava: o que as pessoas pensam de mim?

  christopher tomava café da manhã com um amigo quando dulce desceu as escadas. Ele não queria companhia naquela manhã. Seu colega aparecera sem avisar, deixando-o bastante irritado. Na verdade, o que mais queria antes de começar seu dia era conversar com dulce. Precisava pedir-lhe desculpas. Ele ficara aborrecido com a hipótese de ter sido espionado e também surpreso por ter sido forçado a se lembrar de um dia que gostaria de esquecer. Não fora dulce que o irritara, mas ele mesmo. christopher ainda não conseguia se encarar como um assassino. 

  Antes de entrar na sala de jantar, dulce respirou fundo. Achava covardia da parte dele chamar um amigo para evitar qualquer conversa com ela. Tinha prendido os cabelos em

um coque discreto, pois não queria que christopher pensasse que ela tentava impressioná-lo. Seu comportamento foi humilde e controlado, mas não envergonhado. Era a atitude de

alguém que não tinha medo de se mostrar, apenas não queria fazê-lo.

  — Aceita um chá, senhor?

  Quando ele a olhou, dulce manteve a expressão firme, determinada.

  — Chá? — repetiu ela.

  — Sim, por favor. dulce — começou ele.

  O olhar frio e distante da jovem o interrompeu no mesmo instante. Nada o desculparia do terrível erro que cometera. christopher a abandonara na noite em que ela mais precisara

de companhia.

  — Obrigado pelo chá — disse ele, voltando a atenção para o colega.

  — É tudo, senhor?

  — Sim.

  Seu colega continuou a falar como se dulce nunca tivesse estado ali. Quando conseguiu se levantar da mesa, christopher notou que estava muito atrasado para o trabalho, muitos pacientes poderiam estar passando por maus bocados na sua ausência.

  — Acho melhor terminarmos a conversa a caminho do hospital — sugeriu ele. Uma vez, um paciente morrera dez minutos antes de sua chegada. Claro, havia outros médicos, mas não o suficiente. E a maioria não tinha licença para praticar medicina. christopher sabia que não poderia estar vinte e quatro horas no hospital, porém não queria perder tempo com conversas  sem importância enquanto pessoas precisavam de ajuda.

  — Não me agrada muito conversar andando — objetou o sujeito.

  — Sinto muito, eu preciso ir para o hospital — disse ele, abrindo a porta da frente. — dulce,dulce, onde você está?

  — Pois não, senhor?

  — dulce, eu preciso conversar com você quando voltar para casa, está bem?

continua

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