Fanfic:  ★Um sonho pra sempre ★●๋● vondy●๋●

— Em primeiro lugar, teremos de subornar os marinheiros. Se não conseguir encontrar nenhum dinheiro na casa, teremos de usar o antigo costume. O charme feminino, sabe?

Todavia, o mais importante é que sobrevivamos à viagem. Sei que poucos conseguem. Sendo assim, precisamos de uma faca, de um rifle... Está me escutando, dulce?

  O atordoamento de dulce começava a passar à medida que ela tentava visualizar o plano da amiga.

  — maite, se nos pegarem nós seremos enforcadas?

  — É bem provável. Por quê? Há algum problema para você? — ela riu com a própria piada, depois apertou o braço de dulce. — Ora, dulce, não há o que temer. Precisamos

partir antes do amanhecer. Quando for hora de trabalhar, eles notarão a minha ausência na fábrica e iniciarão a busca. Portanto, temos de ser rápidas.

  — maite,  eu... — Ela engoliu em seco, não querendo parecer covarde. — Eu ficarei aqui por vinte anos. Não sei se vale a pena arriscar minha vida.

  maite não se ofendeu.

  — dulce, eu não estou lhe pedindo para me acompanhar, apenas para me ajudar. Se fosse o caso, eu teria vindo aqui apenas para lhe pedir os suprimentos. — Ela encontrou os

olhos da amiga com franqueza. — Mas eu duvido que você queira ficar aqui por mais vinte anos. Querida, eles a estão matando  aqui. Você não percebe? Eu percebo. Olhe para

você. Está pálida, abatida, triste. Aposto que nem mais virgem é. — O baixar de olhos de dulce confirmou a suspeita de maite. — Viu? Eles acabaram com sua alegria. Imagine o que acontecerá em vinte anos. Claro, você ainda estará viva. Mas a pergunta é: você vai querer estar viva?

  dulce levantou o queixo com nova determinação. Tudo que maite dizia era verdade. A antiga dulce saviñon jamais se humilharia novamente como acontecera na noite anterior com christopher. Fora o desespero que a fizera ansiar por amor.

  — Onde está a lista? — perguntou ela, estendendo a mão. — Vamos correr.

  — Será que conseguiremos atravessar? — perguntou dulce, maravilhada com a altura das montanhas.

  — Acho que não — respondeu maite, tirando os cabelos do rosto. — Nossa única esperança é seguir pela linha da costa.

  — Mas estamos tão vulneráveis! Qualquer um pode nos ver.

  — Pare de andar tão depressa, dulce — disse ela, esforçando-se para manter-se lado a lado com a amiga.

  — Sinto muito, mas acho que devemos ir o mais depressa possível.

  maite sorriu,  sabendo que dulce era uma verdadeira lutadora.

  — As minhas pernas não são tão compridas quanto as suas.

  — É melhor caminharmos durante a noite. De dia provavelmente seremos capturadas. Então vamos ficar perto das árvores e andar escondidas até amanhã à noite.

  — Estou com  fome. A comida da fábrica não será suficiente para toda essa caminhada.

continua

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