Fanfic:  ★Um sonho pra sempre ★●๋● vondy●๋●

  — Qual é o seu problema? — perguntou ela, olhando-o com seriedade.

  Robin olhou para a criada, que estava com os olhos fechados, esperando o golpe. Depois voltou-se para belinda, cuja expressão estóica o aconselhava a não fazê-lo. Imediata-mente, ele soltou dulce e voltou a atenção para a mulher que tanto adorava.

  — Sinto muito, minha querida. Eu  me esqueci de que você estava aqui.  Desculpe por tê-la feito testemunhar tal cena.

  belinda sorriu  com maldade, balançando a cabeça para os lados.

  — Seu tonto! Não percebeu que está se desculpando comigo por quase ter matado outra pessoa?

  Robin não entendeu a brincadeira.

  — Sinto muito, meu amor. Você é convidada aqui e não precisa passar por esse tipo de situação. Não foi cavalheiro de minha parte.

  belinda riu mais uma vez.

  — Cavalheiro?  Acho que você é o primeiro homem que fala em cavalheirismo comigo. Pena que esteja brincando.

  — Não estou brincando —jurou ele. — Eu não costumo agir assim. Não na frente de uma dama.

  belinda suspirou e, pela primeira vez, lançou um olhar compreensivo para dulce.

  Robin se serviu de uma dose de uísque e abraçou belinda pela cintura, empurrando-a para o quarto.

dulce  passou uma noite terrível na sala, virando-se de um lado para o outro sobre a pilha de mantas. De certa forma, ela acreditou que Robin fosse obrigá-la a dormir em sua cama, mas pelo visto ele preferia dormir sozinho. O incidente do vaso não saía de sua cabeça. E o que a incomodava mais não era o fato de ele a ter chacoalhado com tanta força ou de ter gritado como um louco, mas sim saber que aconteceria de novo. Não se havia como viver sem cometer erros. E sabia que seria punida por isso. Entretanto, ela não teria sempre belinda por perto para vir em sua defesa. — Ela olhou para o teto, sentindo-se muito sozinha. E também assustada. Robin não a deixaria em paz enquanto não conseguisse levá-la para sua cama. Como seria se deitar com aquele homem tão nojento, pensou. Com christopher fora algo fora do normal, extraordinário. Sentira-se mais viva do que nunca, o coração batendo forte no peito, sensações conflitantes que faziam seu corpo todo tremer. christopher fora muito gentil e carinhoso. E Robin não seria. Ela quase não suportava pensar em christopher. Todas as vezes que se lembrava da noite em que declarara seu amor ao ex-patrão, ela sentia uma grande vergonha, uma sensação de impotência. Uma certeza dulce tinha: ainda amava aquele homem. E sentia falta dele como jamais sentira falta da família. Mas ela jurou que jamais diria seus sentimentos para alguém novamente.

  Se pelo menos tivesse conseguido manter seu amor em segredo,dulce poderia continuar a admirá-lo de longe, e essas lembranças não seriam manchadas por sua vergonha.

  Robin acordava cedo demais. Não que dulce se importasse em levantar cedo, porém ele decidira que o melhor horário para pescar era antes do amanhecer. Sendo assim, ela lhe preparava o café da manhã em um estado de sono incontrolável. Quando ele voltava, ela era obrigada a limpar o peixe.

  Naquela manhã, dulce parecia ter areia nos olhos enquanto limpava o peixe. Não  estava conseguindo agüentar o trabalho pesado dormindo e comendo tão pouco. Robin fora categórico em relação à quantidade de comida da criada. Estava ajoelhada em frente à casa, olhando para o mar quente e azul, mantendo-se distraída da terrível tarefa.

  De repente, ela olhou para a faca que segurava nas mãos, brilhando contra o sol, como se oferecesse uma silenciosa esperança

  dulce fechou os olhos e respirou fundo, juntando toda sua coragem.  Sabia o que  tinha de fazer. Seu coração se inchou com a possibilidade de liberdade, de poder controlar seu próprio destino novamente. Suas mãos tremiam de antecipação diante do que teria que fazer para conseguir a tão sonhada liberdade. Ela esperaria até que Robin estivesse prestes a voltar para casa. E não usaria a faca, mas sim uma corda. Uma corda e uma árvore seriam o caminho de sua independência.

  Quando Robin voltou, ele foi recepcionado com um grito. dulce estava deitada em uma pose estranha, toda contorcida. Seu rosto revelava a dor que sentia.

  — Ajude-me!

  — O que você fez? — perguntou ele, agindo como um cavalheiro insensível quando lhe solicitavam ajuda.

  — Minha perna! Eu quebrei a perna! — berrou ela, tocando-a de leve. — Preciso ir para o hospital!

  Robin não estava disposto a sair. Tinha acabado de voltar da pescaria, e tudo que mais queria era um banho e uma refeição gostosa.

  — Quem sabe eu não consiga colocá-la no lugar — sugeriu ele, apesar de nunca ter feito algo parecido antes.

  — Não! Precisa ser tratada por um médico — insistiu ela, tentando se mexer. — Ai! Se eu não for socorrida, talvez nunca mais consiga trabalhar.

  Essa afirmação causou-lhe certa preocupação. Ele olhou para as varas de pesca, depois para sua  modesta casa, que oferecia tão pouca proteção dos ventos.  Não teria uma refeição quente e nem banho por enquanto.

  — Está bem, entre na carroça — resmungou Robin, irritado. — Vou levá-la para o hospital.

  dulce umedeceu os lábios com paciência forçada.

  — Eu... eu não consigo andar.

  Ele blasfemou, incapaz de acreditar que, como patrão, teria de pegar a criada no colo e colocá-la dentro a carruagem.

continua 

comentem 

desculpa a demora meninas