Fanfic:  ★Um sonho pra sempre ★●๋● vondy●๋●

— Não faça isso — ordenou christopher, cobrindo-a outra vez. — Você está em estado de choque e ainda sente calafrios. Não ouse tirar esse cobertor de cima da sua perna. Agora eu sou o seu médico, está bem?

  Ela sorriu, mas não estava feliz.

  — Existe alguma forma de você me ajudar, christopher? Quero dizer, depois que eu sair daqui?

  — Uma certeza você pode ter dulce, eu não permitirei que você vá a lugar algum tão cedo. Vou assumir seu caso, ou seja, você só poderá sair daqui quando eu lhe der alta. Depois, eu ainda não sei. Não se preocupe, eu não vou lhe dar alta enquanto não tiver certeza de que você estará a salvo.

  Aliviada, dulce fechou os olhos.

  — Então... Então você acha que eu agi certo?

  — Como médico? — Ele sorriu. — Como médico eu sugeriria às pessoas que não quebrassem suas próprias pernas.

  dulce encontrou forças para rir.

  — Entretanto, como homem,  eu tenho de admirar sua coragem e perspicácia.

  — Eu sempre estou a sua volta como  uma criança desamparada — comentou ela, cabisbaixa. — Você me resgatou tantas vezes que eu até perdi a conta. E por mais que  lhe seja eternamente agradecida, eu me sinto impotente.

  — Eu também já me senti assim, dulce. A prisão incita a impotência. Você fez certo por ter vindo me procurar.

  — Eu nunca me senti desamparada antes, sabia? — contou ela, vulnerável. — Eu sempre fui o porto seguro da minha casa.

  Pensativo, christopher a estudou.

  — Não tenho a menor dúvida. Você é  uma mulher de muita coragem e garra, dulce.

  — christopher, se um dia não me restasse outra alternativa a não ser implorar pela caridade de uma pessoa, só poderia ser você, christopher. Eu nunca conheci um homem tão bom.

  dulce conseguiu tocar o coração do médico de uma maneira muito dolorosa. Ele não se permitia ser chamado de bom. christopher sabia que era um pecador, um vilão, e não se enxergava de outra forma. Em contrapartida, quando estava perto de dulce, ele sentia-se um cavalheiro. Só quando estava com ela. Algo dentro dele começou a derreter, e ele achou melhor sair dali antes de desabar. Queria ajudar dulce, e não perturbá-la ainda mais.

  — Obrigado — disse ele, endireitando-se.

  — Estou falando sério, christopher.

  Ele viu nos olhos de dulce que era verdade. E queria acreditar junto com ela que era um homem bom e virtuoso. Ele quase dissera: eu só sou um homem bom quando estou com você, e eu te  amo por isso. Entretanto, christopher se levantou e se recompôs depressa.

  — Bem, eu... preciso cuidar dos outros pacientes. Voltarei assim que possível.

  dulce cruzou os braços. Mais uma vez tinha falado demais. Ela o afastara como sempre fazia. Aborrecida, dulce deitou a cabeça no travesseiro e fechou os olhos para tentar dormir um pouco.

  Era tarde da noite quando ela abriu os olhos novamente e viu a sombra. Estava do lado de fora da janela do hospital. Um arrepio percorreu-lhe a espinha. Não tinha a menor dúvida a respeito. Havia alguém do lado de fora, seguindo-a.

continua

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