Fanfic:  ★Um sonho pra sempre ★●๋● vondy●๋●

— Ela fugiu! — gritou belinda, entrando em casa.  — Acabei de ir até a casa de Robin e não encontrei ninguém! Miles,  eu não tenho culpa. Eu fiz tudo conforme combi-namos. Mas a carroça não estava lá, Robin não estava lá, dulce não estava lá. — Ela estava furiosa por dulce estar lhe causando problemas com Miles. Naquele momento, não se importaria se a jovem fosse assassinada.

  — Está tudo bem.

  — Não posso acreditar que a perdi de vista! — continuou ela, tentando impressionar Miles com sua própria ira com a intenção de minimizar a dele. — Eu achei que ela jamais

 sairia daquela casa! O que você disse?

  — Eu disse que está tudo bem — repetiu ele, concentrado na brasa de seu cigarro. Os olhos castanhos brilhavam com a parca luz. — Eu soube  que ela sofreu um acidente. Ela

 está no hospital.

  — É mesmo? — perguntou belinda, desconfiada. — Então ela está segura?

  — Por enquanto. Mas não à noite, quando a maior parte da equipe vai para casa.

  — Nesse caso, é melhor irmos para o hospital antes que o sol se ponha.

  — Eu cuidarei para que a área esteja livre — confirmou Miles. — E você entra.

  Um aceno de cabeça selou o plano.

  dulce não conseguia mais dormir, pois tinha visto a sombra mais uma vez. Já não acreditava tratar-se de um animal selvagem ou de sua imaginação. Alguém a estava seguindo. Suas mãos e pernas tremiam embaixo do cobertor, e não era apenas o frio. Os gemidos dos pacientes moribundos eram sinistros. christopher de certo tivera muito trabalho, pois não voltara para vê-la. Havia poucos médicos no hospital, bem como enfermeiras. A maioria deles tinha ido para casa. Sim, havia muita gente a sua volta, mas o que um enfermo poderia fazer para ajudá-la  se fosse atacada? O barulho de ratos ecoava pelos corredores vazios. dulce levou o cobertor até o queixo, torcendo para que nenhum bichano entrasse na sua cama.

  Ela precisava dormir. Não fazia sentido estar sendo seguida por alguém. Não devia  se preocupar com algo que não podia controlar. Cassie esperava ficar o máximo de tempo possível naquela cama de hospital. E não podia passar noites sem dormir. Teria que se obrigar a pegar no sono. Ela fechou os olhos e tentou concentrar a mente em pensa-mentos tranqüilos. Cascatas. Jardins de flores.  As brincadeiras de seu irmão christian. O  cheiro de grama na chuva.  A neve branca na manhã de Natal. Sua boneca predileta. Anna, era o nome dela. Uma boneca de porcelana com cabelos dourados. Chocolate. Ah, como adorava chocolate! Um pôr-do-sol na floresta. Ventos de verão que lhe despenteavam os

cabelos.

  — Aí está você — disse uma voz impiedosa.

  dulce abriu os olhos  e avistou belinda parada ao lado de sua cama.

  — O que você...

  belinda não  a deixou terminar.  Enfiou um pedaço de pano na boca dela e deixou-a sob os cuidados de um senhor de cabelos grisalhos. Depois de lhe amarrar os pulsos, ele a colocou no ombro. dulce tentava se soltar de todas as maneiras, mas não podia gritar.

  — Cale a boca! — ordenou belinda, quando por fim dulce conseguiu emitir  um som. — Você não entendeu? Nós fomos contratados para salvar sua vida.

  dulce foi solta assim que a colocaram na carruagem. Sua boca também ficou livre, mas ela não sabia por onde começar suas perguntas.

  — Como você... Por  que salvou a minha  vida? Quero dizer...

  — Não podemos colocar a mordaça de volta? — perguntou belinda, impaciente.

  — Seja amável — advertiu Miles. — dulce, nós não tínhamos a intenção de assustá-la, porém não podíamos nos arriscar enquanto a tirávamos do hospital e também não podíamos ficar o suficiente para lhe dar uma explicação.

  A perna de dulce latejava de tanta dor. Além disso, estava com muito frio.

  — Aonde estamos indo?

  — Para a minha casa — respondeu Miles.

  — É a minha casa — corrigiu belinda, com amargura. — Por que você insiste em achar que é sua?

  Miles riu, divertido com a idéia de ser contradito. Estava sendo cordial, afinal de contas queria que dulce tivesse uma boa impressão a seu respeito.

  — Ela tem razão. Estamos indo para a bela residência de belinda.

  dulce, por sua vez, tinha assuntos bem mais importantes em sua mente.

  — Por que vocês me tiraram do hospital?

  belinda e Miles trocaram olhares, como se estivessem decidindo quem começaria a contar a história por trás do rapto. — Bem, não temos tempo de entrar em maiores detalhes — começou Miles. — belinda e eu ainda não tivemos tempo de descansar,  pois não imaginamos que você fosse parar no hospital.

  Paciente, dulce esperou que ele continuasse.

  — O ponto principal da história é que você está sendo perseguida.

  — Eu já imaginava — interrompeu dulce —, pois estava vendo sombras.

  Mais uma vez, belinda e Miles trocaram olhares, dessa vez de cautela.

  — Entendo. Não é uma boa notícia. Na verdade, não achávamos que o assassino conseguisse chegar à Austrália. Não  é fácil contratar um assassino  na Inglaterra e esperar

que ele vá atrás da vítima tão longe assim.

continua

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