Fanfic:  ★Um sonho pra sempre ★●๋● vondy●๋●

  — Você acha que devemos deixá-la ser morta?

  — Não, acho que nós mesmos devemos matá-la.

  Miles ficou surpreso, depois intrigado.

  — Não de verdade, pelo amor de Deus! Tenho um plano.

  belinda suspeitava saber do que se tratava.

  — Vou declará-la morta.

  — Por causa de uma perna quebrada?

  — Pode acontecer. E em um hospital tão precário quanto o nosso, ninguém vai questi-onar. Vou dizer que ela morreu de uma infecção ou complicação. Ainda não sei. Posso alegar que o corpo foi jogado no corredor com os outros, e duvido que alguém queira identificá-la.

  dulce tossiu, mas nenhum deles lhe deu atenção.

  — E para onde ela irá? — quis saber belinda.

  — Ela pode ficar aqui — ofereceu Miles.

  — Não! — gritaram belinda e christopher ao mesmo tempo.

  — Ela vai ficar na minha casa — informou o médico.

  — christopher,  você não acha que é muito arriscado? Imagine o que  aconteceria se alguém descobrisse. A mentira sobre a morte, esconder um fugitivo... Sabe o que poderia lhe  acontecer?

  O rosto dele estava implacável. Claro que ele conhecia os riscos, notou belinda, magoada. E estava disposto a corrê-los. Por dulce. Sempre dulce. Haveria algo que ele não faria por dulce? Ela olhou com desdém para a irlandesa, imaginando como um homem podia se encantar por uma mulher tão simples.

  — Posso falar? — perguntou dulce. — Alguém quer saber o que eu penso?

  christopher foi a única pessoa a demonstrar, ou pelo menos fingir, interesse.

  — O que é?

  — O que é? — gritou ela. — Como você pode perguntar o que é? Talvez eu não queira estar morta. Talvez eu não queira me esconder no sótão da sua casa.

  Ele não resistiu ao sorriso.

  — Eu pensei em oferecer um cobertor para você — brincou ele.

  dulce sabia perfeitamente que não havia sótão na casa dele, que era apenas  a raiva do momento.

  — Você sabe do que estou falando! Talvez eu não queira ficar trancada dentro de casa para o resto da minha vida. Talvez eu prefira trabalhar vinte anos para Robin,  depois

 ser livre. Seu plano não tem fim. Assim que eu for pronunciada como morta, será para sempre. Eu  nunca terei uma vida normal.

  — Mas é  uma idéia perfeita — interveio belinda. — O assassino vai achar que você está morta, bem como a lei...

  — Eu não quero estar morta!

  — christopher está fazendo um grande sacrifício por você.

  — A pedido de quem?

  christopher sentia-se na obrigação de oferecer um pouco de conforto àquela jovem. Ele colocou a mão no ombro dela, mas foi empurrado.

  — Não tente me agradar! — gritou ela, olhando ao redor do quarto. — Ninguém tem obrigação de me proteger, portanto, eu gostaria de fazer o que é necessário.

  — Que seria...

  — Voltar a cumprir a minha pena.

  — Você não vai — disse christopher com toda a calma do mundo. dulce encontrou os olhos dele. — Se for necessário, eu a tirarei de lá à força e a trancarei na minha casa, mas você não vai ficar lá. — Ele deu de ombros, como se as palavras fossem óbvias, como se não fosse necessário repeti-las tantas vezes. — Como está a sua perna?

  — Deixe-me em paz.

  — Você consegue andar apoiando-se no meu ombro? — ignorou-a. — Ou prefere que eu a leve no colo?

  — Não quero ir com você — respondeu ela, um pouco mais calma. — Eu não concordo com esse plano.

  Com cuidado, christopher pegou-a no colo.

  — Pode abrir a porta para nós, belinda?

  — Claro.

  — Eu não quero ir — repetiu dulce, apesar de começar a perceber que queria muito ir com christopher. Só não gostava que os outros tomassem decisões por ela. — Eu sempre cuidei da minha própria vida.

  — A prisão desenvolve a humildade — disse ele.

  Quando chegaram na casa de christopher, dulce esperava ver o sol nascendo em meio à escuridão, mas o céu da noite apenas clareara um pouco. Ela respirou fundo, imaginando

se algum dia sentiria novamente o aroma da brisa do mar. Se dependesse do plano do médico, dulce poderia nunca mais sair de casa.

  A idéia lhe parecia tão assustadora que ela se manteve em silêncio. Agora era oficial-mente uma fugitiva. Será que esse realmente era seu destino?

  christopher ajudou-a a descer da carruagem, oferecendo seu braço como apoio. Seus pensamentos eram indecifráveis. Ele parecia preocupado com a perna quebrada de dulce,

pois a observou mancando o tempo todo. Mas se christopher tinha outro tipo de pensamen-to, ela não podia decifrá-lo.

  — Onde ficarei escondida durante o dia? — perguntou ela, seguindo com cuidado, como se o assassino os esperasse na porta principal. De repente, o primeiro raio de sol surgiu no horizonte, clareando o hall de entrada.

  — Não sei — respondeu christopher, fechando a porta atrás deles.

  — Acho melhor você começar a pensar.

  christopher ficou chocado com a tristeza que viu nos olhos de dulce.

  — Você tem razão. Insisti muito nessa história. Preciso acertar os detalhes.

continua

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