Fanfic:  ★Um sonho pra sempre ★●๋● vondy●๋●

  dulce dirigiu-se para as escadas. Estava tão assustada que sentia um grande vazio. A idéia de que notariam sua ausência no hospital e que começariam a procurá-la era as- sustadora. Entretanto, ela fez o possível para não demonstrar seu temor a christopher. Apertando o xale contra o peito, dulce se preparou para  subir os degraus sozinha, um de cada vez.

  — Permita-me ajudá-la.

  — Não precisa. Eu sei onde é o meu quarto.

  — dulce, espere! — christopher segurou o corrimão com firmeza, olhando-a como se estivesse desesperado por alguma coisa. Ela o encarou e esperou.

  — Eu... eu só queria lhe dizer que senti muito a sua falta.

  dulce respondeu virando a cabeça. christopher a estava torturando. Estava cansada de amar um homem que não nutria os mesmos sentimentos. As tentativas frustradas de amizade não a ajudavam a sentir-se mais querida. dulce estava cansada de sofrer.

  — Obrigada — disse ela de maneira tão abrupta que christopher sentiu como se fosse uma bofetada. — Muito obrigada. É muito gentil de sua parte. Boa noite.

  christopher não compreendeu o comportamento rude de dulce. Sem ter nenhuma explica-ção na qual se apoiar, ele decidiu que dulce estava brava por ter sido forçada a ir para lá. Não era de seu feitio  tomar decisões pelos outros, mas não conseguia agir assim quando se tratava de dulce. A simples idéia de vê-la morando com Robin Carthage era suficiente para tirá-lo do  sério.

  — Boa noite, dulce — despediu-se, permitindo que ela subisse sozinha.

  Era difícil observar dulce subir os degraus com tanta dificuldade, mas christopher sabia que tinha de deixá-la sozinha. Ela precisava de um momento de independência, por menor  que fosse. Quando a perdeu de  vista, ele  sentiu-se tão sozinho que teve vontade de segui-la. Mas não foi. Em vez disso, foi até seu escritório e acendeu um cachimbo.

  Olhando pela janela, christopher tentava entender o mundo. O mundo era uma grande brincadeira. Todos que  viviam a sua volta eram vítimas de uma grande brincadeira. Mas onde havia humor no fato de a vida de dulce estar em perigo? O que havia de bom em passar a maior parte da juventude escondida? Ele sorriu com amargura, pois conhecia a resposta. Pelo menos dulce estaria com ele. Talvez esse tivesse sido seu plano desde o início. Agora sim christopher sentia-se um verdadeiro tirano.

 christian estava parado na varanda de entrada da Casa que agora considerava sua, pois era o único que se interessava em cuidar da mesma. Não podia acreditar no que estava diante de seus olhos. Ele não estava acostumado a ver mulheres.

  — Obrigado — ele agradecia, olhando para o céu. — Sinto muito por nunca ter acreditado que aconteceria comigo. Nunca tinha visto uma mulher com cabelos tão negros, com a pele tão clara e macia, sem as sardas e cicatrizes que assolava quase todos os membros de sua família. Jamais deitara os olhos sobre um corpo tão longilíneo e de curvas arredondadas.

  Sua vontade era abraçá-la e apertá-la contra o peito, mas temia assustá-la com seu ímpeto. Ela devia ser tão cheirosa quanto um jardim de rosas.

  — Por que está parado aí? — perguntou ela, irritada. — Não vai me convidar para entrar? Está chovendo demais aqui fora!

  christian notou que a jovem tinha um sotaque irlandês pesado demais e a voz um pouco estridente para um anjo.

  — Você fala? Não é possível que eu tenha viajado de tão longe para encontrar um estúpido.

  christian olhou por trás do ombro.

  — Tem certeza de que bateu na casa certa?

  — Não há muitas casas por aqui! Claro que bati na porta certa. Vai me deixar entrar ou não? Tenho um assunto muito importante para tratar com  você. Sou amiga da sua irmã.

  Desconfiado, christian sorriu.

  — Definitivamente você bateu na casa errada. A minha irmã não tinha amigas. Ela nunca foi a um baile.

  — Por que você fala como  se ela estivesse morta?

  — Ela deve estar, não é?

  — Olhe — disse maite, impaciente. — Eu acabei de chegar da Austrália, onde estive com a sua irmã. E agora, vai me convidar para entrar?

  — Claro, agora que sei que você é uma fugitiva, sinta-se em casa. — christian abriu a porta para que a jovem pudesse entrar.

  Ela não entendeu o sarcasmo na voz do jovem homem e não fez a menor cerimônia para entrar. Sentou-se no sofá e espremeu os cabelos, criando uma pequena poça no chão ao seu lado. Então tirou a capa enorme e se endireitou, tentando fazer uma pose educada.

  — Não vai me oferecer  uma xícara de chá? — perguntou ela, achando que seria um gesto elegante.

  — Bem, é que... — christian não conseguia tirar os olhos da jovem mais encantadora que invadira sua propriedade.

  — Aliás, você tem chá em casa?

  — É bem provável — respondeu ele, olhando para a cozinha.

  — Então peça para a criada me trazer uma xícara.

  — Nós não temos mais criados aqui. Nos esquecemos de pagá-los e eles se foram — explicou christian.

  — É uma excelente maneira de se receber um convidado — disse maite, cruzando os braços na frente do corpo.

  — Mas você não é uma fugitiva da Austrália?

  — E isso me torna menos convidada?

  — Bem, você não foi convidada para vir aqui.

  — Escute aqui, você quer saber notícias de sua irmã ou não? — desafiou ela com olhos penetrantes.

  christian queria saber de dulce, porém não conseguia parar de olhar para os olhos azuis de Maite, penetrantes.

continua

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