Fanfic:  ★Um sonho pra sempre ★●๋● vondy●๋●

— Imagino que dulce esteja... bem? — sugeriu ele, com a voz um pouco trêmula.

  — É o que você acha?

  — Na verdade, não — confessou christian. — Penso exatamente o contrário, mas não sei o que poderia fazer para ajudá-la a sair dessa situação.

  maite bateu no assento do seu lado no sofá, convidando-o para sentar. Foi um convite ao qual christian não pôde resistir. Instintivamente, ele olhou para cima a fim de  certificar-se

que sua mãe não apareceria na sala.

  — Meu nome é maite — começou ela, cansada de perder tempo. Tinha uma mensagem muito  importante a revelar àquele jovem.

  — Olá — respondeu ele, olhando para frente sem piscar.

  — E você é christian. dulce me falou sobre você.

  — Sim, sou eu mesmo.

  — Você não está à vontade na minha presença? — perguntou ela, sentindo a tensão no corpo de christian. — Quero apenas conversar. Eu vim de muito longe e tenho algo muito

importante para lhe contar.

  — Eu estou à vontade — mentiu ele, batendo os dedos nos joelhos.

  — Ótimo, pois vou precisar da sua ajuda. Não posso agir sozinha. Teremos de ser parceiros nessa história e... Tem certeza de que está à vontade?

  — Sim, estou à vontade.

  Em toda sua vida, maite nunca se deparara com um homem que não tinha coragem de olhá-la nos olhos. Parecia absurdo. E imaginar que os dois tinham a mesma idade!

  — Vou me sentar em outro lugar — disse ela, acomodando-se em uma cadeira do outro lado da mesa de café.

  Assim realmente estava muito melhor. christian conseguiu se recompor, recuperando um pouco de sua postura relaxada. Apoiou os cotovelos nos joelhos, tentando olhar para maite sem se demonstrar enfeitiçado.

  — Sou todo ouvidos. Pode começar.

  — Nós dois sabemos que dulce é inocente.

  — Sabemos?

  Agora foi a vez de maite demonstrar espanto.

  — Claro que sabemos. Você... Você realmente chegou a achar que a sua irmã...

  christian deu de ombros, indiferente. Foi naquele momento que a jovem percebeu que estava diante de um membro de uma família muito estranha. Além de acreditar que dulce cometera o crime, ele não se importava com ela!

  — Você não achou tudo um pouco estranho? — continuou ela, tentando controlar seu temperamento, pois amava dulce como uma verdadeira irmã. E o fato de a própria família traí-la a deixava indignada. — Você realmente acha que dulce seria capaz de matar uma pessoa?

  — Bem, você também não me parece uma assassina. — christian não sabia se a história de maite era verdadeira. Acreditar que ela conseguira escapar da Austrália e chegar em Londres  não era muito fácil. Mesmo assim, ele estava bastante contente com a presença dela, decidido a tornar a visita muito  agradável.

  — Não estou aqui para falar de mim. Precisamos fazer algo por dulce. Precisamos tirá-la de lá.

  Ela se levantou, preferindo andar pela sala enquanto falava.

  — Sabe, eu fugi em um navio de mercadores, onde subornei um dos marinheiros para me levar para casa. Claro que ele sabia quem eu era. Todos olharam para mim e viram que eu estava andando havia dias. Mas eles também sabiam estar longe demais de Sydney para terem o navio inspecionado. Realmente não havia perigo em me ajudar. E claro, eu estava disposta a... — Ela sorriu para seu ouvinte inocente. — Bem, digamos que eu estava disposta a lhes pagar por essa ajuda.

  christian não entendeu o que ela falou, mas estava encantado  com a história.

  — Foi naquele navio que eu soube da inocência de dulce. Claro, eu já sabia que ela não tinha matado ninguém. Qualquer um deveria saber. O que eu não sabia é que havia provas para  inocentá-la! Um idiota percorreu  todos os portos de onde saíam navios para a Austrália perguntando quanto teria de pagar para que acabassem com  a vida de alguém. Consegue imaginar alguém tão estúpido? Ele se aproximava de estranhos, sabendo apenas que estavam indo para a Austrália! E lhes disse que precisava matar alguém. Um dos homens com quem ele conversou estava no meu navio, e contou a história para os companheiros, divertindo-se com a ingenuidade daquele sujeito. Eu também me diverti, até escutar que a jovem em questão era uma ruiva. Não sei como, mas na hora eu soube que era dulce. Então comecei a fazer perguntas.

  christian, confuso com a dificuldade em prestar atenção e no absurdo da história de maite, apenas balançava a cabeça para os lados.

  — Por que alguém que queria matar dulce provaria sua inocência?

  — Você não percebe? — gritou maite, impaciente. — Esse homem quer vê-la morta porque dulce sabe de alguma coisa muito grave! Foi por esse motivo que ele a incrimi-nou. — Ela tirou um pedaço de papel do meio dos seios. — Eu pedi para o marinheiro fazer um desenho. — Você reconhece este homem?

  christian olhava para os seios da jovem. O que mais ela esconderia ali dentro?

  — É o meu tio Egbert? Onde conseguiu esse desenho?

  — Você não está prestando atenção? Estou falando com as paredes? É um desenho do  homem que incriminou sua irmã!

  — Não, não pode ser. Quero dizer, o tio Egbert não gosta muito de nós, mas duvido que nos despreze a ponto de fazer algo tão cruel.

  — Acho bom você começar a admitir, pois ele teve coragem sim! Ele está tentando matar dulce. Precisamos encontrá-lo para descobrir o que ela sabe. E se soubermos o que dulce sabe teremos a prova de que ela foi incriminada sem motivo.

  christian ficou muito impressionado com o desenho. Entretanto, aquela história não fazia muito sentido.

  — Mesmo que descubramos algo, não haverá como provar o contrário. dulce já foi condenada. Precisaríamos de provas concretas de que ela foi injustamente acusada, e eu não sei como...

continua

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