Fanfic:  ★Um sonho pra sempre ★●๋● vondy●๋●

  — Por favor, dulce, converse comigo. Sei que você não gosta de viver como um fantas-ma aqui, mas realmente preferia estar na casa de Robin? Mesmo que eu a tivesse deixado ir? Seja honesta.

  Ela balançou a cabeça e tentou sair dali. christopher não permitiu.

  — Não  vá.

  Quando encontrou os olhos dele dessa vez, dulce parecia possuída por um demônio. Seus olhos verdes brilhavam, novamente vivos.

  — O que você quer de mim?

  christopher ficou espantado com a explosão da jovem, mas não se moveu.  Queria escutar o que ela tinha a dizer.

  — Você me salvou como se se importasse comigo! Mas não se importa! — De repente, os olhos dela se encheram de lágrimas. Tinha acabado de dizer a mais pura verdade, e junto com ela veio a dor. — O que você quer de mim?

  christopher tentou absorver aquelas palavras. Não faziam o menor sentido. dulce estava histérica, porém não havia como culpá-la depois de tantas semanas de cativeiro. Mas como ela saberia que ele estava sendo sincero? Ele se levantou e não soube como agir. Não se atreveu a abraçá-la.

  — dulce — começou ele, deliciando-se com a pronúncia daquele lindo nome. — dulce, eu não a entendo.

  — Comece a me escutar mais e pare de me dizer o que fazer ou não fazer.

  christopher sentiu-se humilhado.

  — Eu prometi que nunca mais me abriria com você, mas eu preciso falar! Por que está me torturando? Por que não me deixa ir embora?

  Ela parecia tão desesperada que christopher queria consolá-la. Mas estava muito chocado. As lágrimas já escorriam do lindo rosto quando ele conseguiu falar:

  — Sinto muito pelo que fiz, dulce.

  Ao ver o arrependimento no rosto de christopher, ela viu que era sério. Ele estava se referindo à única noite que tinham passado juntos. Parecia que ele tinha dificuldade em

tocar no assunto.

  — O que fizemos foi errado, mas a culpa foi toda minha. — Ele não queria ser interrom-pido. — Não era eu o prisioneiro. Eu deveria ter me controlado. Eu me lembro perfeita-mente de como saí do seu quarto. — christopher balançou a cabeça. — Foi horrível. Imperdoável. Devo admitir que entrei em pânico, mas eu nunca...  Eu nunca me  senti tão

próximo de alguém. Quando descobri que tinha me aproximado mais do que imaginava, eu entrei em pânico.

  — Mentira! — murmurou ela, apesar de não estar imune à atmosfera romântica induzida pela iluminação fraca do aposento e pelo delicioso sussurro que se tornara a voz de christopher. — Não acredito que você tenha me deixado por esse motivo. Acho que sei por que foi.

  christopher não queria escutar a teoria da jovem. Estava encantado pelos cabelos ruivos que brilhavam sob a pouca iluminação. Ele começou a levantar a mão para afagá-los.

  — Eu não sou belinda — anunciou dulce, quebrando a magia que o enfeitiçara por alguns instantes. — Eu não sou bonita, e não sou misteriosa. — Ela passou a mão pelos cabelos emaranhados. — Eu tenho todos os motivos do mundo para achá-lo um homem bonito. Você me trata com muita ternura, é amável e... Você é um homem bonito, christopher. E por mais que eu tente encontrar uma explicação na minha mente, não consigo visualizar um motivo para você sentir-se atraído por uma mulher como eu.

  christopher caiu na risada. Foi uma risada natural, de alguém que tinha acabado de escutar uma grande besteira.

  — Como?

  dulce não queria repetir  o que acabara de dizer. Não queria ser corrigida.

  — Não vamos mais tocar nesse assunto. Acho melhor irmos dormir. Estamos muito cansados.

  — De jeito nenhum — impediu ele, segurando-a novamente. — Você realmente não se acha bonita?

  — Eu... — Ela tentou sorrir, mas conseguiu parecer mais triste. — Eu só não sei o que um homem poderia querer com uma mulher que lhe faz sentir-se confortável quando tem uma mulher que o faz sentir-se pecador.

  christopher ficou impressionado com a sabedoria e o erro daquelas palavras.

  — dulce, eu quero tocá-la — admitiu ele, em um murmúrio sensual.

  — Não. Por favor, não tenha pena de mim.

  Ela lembrou-se dos dias em Londres em que estivera negociando com credores e fazendo contas em vez de ir a bailes ou ser cortejada pelos garotos. Sempre soubera que o amor não acontecia para mulheres como ela.

  — Deixe-me em paz — pediu ela, fechando os olhos diante da dor.

  — Você me escutou? Eu perguntei se posso tocar em você.

  — Pare — implorou ela, sentindo a mão macia em seu rosto.

  — Você realmente quer que eu pare? — perguntou christopher, sem a menor intenção de parar.

  — Deixe-me viver a minha vida — pediu ela.

  — Na casa de Robin?

  — Se for necessário... A minha vida não lhe diz respeito.

  — Eu me importo com você.

  — Não é o suficiente — gritou ela.

  — Eu adoro você.

  — É um pouco melhor — respondeu dulce, encontrando os olhos ardentes de christopher.

  — dulce, não tenha raiva de mim, me desculpe ter feito isso com você. — Ela viu a sinceridade nos olhos de christopher.

  — Você é um bom homem — disse ela.

continua

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