Fanfic: O amor é uma montanha russa | Tema: Vondy

Até que que alguém apareceu na porta do banheiro e levou um tombo no chão cheio de espuma.

- A-ai (um gemido de dor foi escutado)

Ao escutar aquilo eu pude perceber que não era minha mãe. As crianças gargalhavam em um ritmo contagiante. O banheiro estava uma bagunça e mal dava para ver o chão, pois o mesmo estava totalmente coberto de espuma e eu estava tão empolgada e feliz brincando com meus meus filhos que sequer percebi.

"Ninguém vai me ajudar não?" Ucker pronunciou em meio aos meus devaneios.

"Se as crianças levantarem ela podem escorregar nesse piso molhado, levanta sozinho", eu disse rindo enquanto o olhava.

Ele me encarou por um momento e foi ai que eu percebi onde se encontravam seus olhos: em meus peitos! Fui abaixando devagarinho na banheira e juntei bastante espuma ao redor do meu corpo.

Ucker conseguiu se levantar.

"Eu queria falar com você, será que podemos?"

Senti um arrepio. "E sobre o que quer falar? Olha, Ucker se for sobre nós, não perca tempo e nem saliva" Disse firme olhando para o chão, mas me distraí, foi inevitável não reparar a roupa que ele trajava toda molhada denunciando um volume que eu conhecia muito bem entre suas pernas. Mordi o lábio.

"Não, é sobre .." Foi interrompido por Laura.

"Papai vem brincar com a gente?", minha adorável filha pediu sorrindo.

"É papai, vem. Olha, eu tenho um návio pilata e ele vai nau-nau ... como se fala mamãe?"

"Naufragar filho", respondi assentindo.

Ucker sorriu amarelo. "Er, melhor não, eu vou esperar vocês, han, é (coçou a cabeça nervoso olhando para mim) lá fora (apontou a porta).

Ele saiu apressado. Neguei com a cabeça.

"Vamos sair, então? O papai está esperando vocês." Sai e peguei duas toalhas que estavam sobre a pia, enrolei uma em meu cabelo e a outra ao redor do corpo.

Fiz o mesmo com eles, os enrolei em uma toalha e fomos para o quarto.

Depois de muito resmungarem, estavamos todos vestidos. Lalau e João desceram para comer um lanche com minha mãe e eu e Ucker ficamos na sala para conversar. Ele ainda estava com sua roupa um pouco úmida, mas eu não iria me pronunciar para ajuda-lo. Podem me chamar de má!

"O que tem a falar?" Fui direto ao ponto; me sentei no sofá.

"Eu queria saber se você se importaria se eu vendesse a nossa antiga nossa, é muito grande e eu não acho que preciso de tudo aquilo."

"Por mim tanto faz" Dei de ombros. Naquela casa eu nunca mais iria por os pés. "Pode vender com os móveis e tudo, só quero pegar o resto das minhas coisas que estão lá, se for possível" Disse indiferente.

"Ok" Ele disse. Parecia decepcionado. Acho que pensou que eu gostaria que pegar a casa para mim, coisa que eu jamais faria.

"Ok" Respondi igual.

"Hum, eu então vou colocar um anuncio na internet e no jornal, quando a casa for vendida eu te dou o dinheiro" Ele levantou-se.

"Quanto ao dinheiro, não se preocupe. Eu não quero nada, nem um centavo. Pode colocar na conta das crianças no banco" Levantei também

"Uh, então, tá certo. Eu vou me despedir dos meus filhos e já vou indo" Sua voz baixa denunciava que estava incomodado com nossa fácil comunicação. Eu optei assim, melhor resolver tudo em boa conversa enquanto meus filhos não soubessem que o papai e mamãe já não estavam mais juntos.

Minutos depois ele voltou e eu o acompanhei até a porta. Antes de se virar e ir embora ele perguntou "Você já contou pra eles?"

"Ainda não, vou esperar a hora certa, tenho que ser paciente e tentar ser mais clara o possível, aliás, são apenas crianças e tudo vai ficar muito confuso na cabecinha deles" Suspirei.

"Se quiser que eu esteja junto quando for dizer pode contar comigo"

"Não sei, se eu precisar te ligo" Me escorei na porta.

"Tudo bem. Tchau"

"Tchau" Respondi no mesmo instante e fechei a porta.

Soltei todo o ar que estava prendendo. Minhas pernas bambas escorregaram até o chão e eu fiquei ali pensando na vida.