Fanfic:  Tu Mirada AyA Finalizada | Tema: Amor,Superação

Durante o outro mês os dois não se largaram. Era todo dia ele indo visita-la, ela indo com a tia buscar a irmã no colégio e, consequentemente, via ele e acabavam saindo. Ele matava todos os treinos que podia para vê-la, os pais viajavam e ele aproveitava. Ela sempre aprendia algo novo com ele, ele lhe explicava tudo com calma, paciência e sempre dizia o quanto a amava, ela se sentia única e especial. Ela estava feliz, cantarolando no quarto, apertando o ursinho que ganhara dele quando o celular tocou.

Annie - Pronto.

Poncho - Preciso te ver.

Annie – Que foi?- Se assustou. – Por que essa voz?

Poncho – Preciso de você, anjo. – Pediu desesperado – Por favor, posso ir te ver?

Annie- Si! Claro! Claro, meu amor! Eu to te esperando. –

Ela foi pra sala, e nem ligou mesmo pro pai quando chegou bêbado, a tia o levou pro quarto e ele apagou. Ela ficou aflita sentada no sofá mexendo o pé. A voz dele estava péssima, parecia querer chorar e se segurava e a chamou em desespero. A campainha tocou e ela foi atender, mas sua tia oi mais rápida.

Marcela sorrindo- Pon... – O olhou e fechou o rosto. – Que passa?

Anahí- Que foi? Amor?- Levantou as mãos tentando achar seu rosto, mas ele a abraçou forte.

Poncho – Eu to bem. Só posso ficar aqui hoje?

Annie acariciando seus cabelos- Foi seu pai? – Ele assentiu. – Ai bebê, não fica assim. Me conta o que o houve dessa vez.

Marcela séria- Eu vou buscar algo pra limpar isso!- Olhou horrorizada. Como um pai batia daquele jeito no filho.

Annie assustada- Limpar? O que?

Marcela – O ros...- Parou de falar ao vê-lo negar com a cabeça. – O chão que caiu refrigerante da Mari aqui.

Annie- Mentira. Você ia falar outra coisa. - Rapidamente levou as mãos pro rosto do namorado e ele gemeu de dor se esquivando.- Ah! Poncho!- Sentiu algo em seu dedo. – Isso é... – Engoliu seco. - Sangue?

Marcela negou com a cabeça- Precisamos limpar isso.

Annie- Vem. - Pegou sua mão. - Vamos pro meu quarto. Tia leva as coisas lá.- Ela o guiou e lá ele sentou na cama, e ela ficou em pé entre suas pernas.- Meu amor...- Sussurrou passando o indicador bem de leve na testa dela. Sim, aquilo aliviava a dor dele. – O que ele te fez?

Poncho – Foi a pior briga de todas. – Os olhos dele lacrimejaram.

Annie – Ele não podia ter te batido .- O abraçou e ele a colocou sentada em seu colo de lado. – Ta doendo muito?

Poncho- Um pouco. Ai...- Reclamou quando a mão dela passou ao redor do olho direito.

Annie – Desculpa.- Deu um beijinho nos cabelos dele. – O que eu faço pra te ajudar?

Poncho a apertou – Fica comigo. Me deixa passar a noite aqui? Não quero voltar pra lá.

Annie- Claro que deixo. Vou cuidar de você, eu prometo. – Voltou a alisar seu rosto bem de leve pra não o machucar.

Poncho – Eu sei que vai. – Fechou os olhos e duas lágrimas grossas caíram. A tia dela entrou com um quite de primeiros socorros.

Marcela- Deixa eu ver.- Annie levantou e sentou ao lado dele, segurando sua mão.

Poncho- Ai. – Desviava o rosto por extinto, mas precisava limpar. Ele estava com o olho direito roxo, com a sobrancelha sangrando e um corte nos lábios. Sem contar o roxo na barriga.

Annie – Vai passar.- Sussurrou e beijou seu ombro. – Eu prometo. – Acariciava suas mãos e ele apertava as dela. Se ela soubesse o quanto era importante estar lá.

Marcela- Pronto querido. Se voltar a sangrar me chama ta?

Annie- Ele vai dormir aqui tia.

Marcela- Claro. Eu... – Olhou pros dois, mas espantou os pensamentos. - Claro. - Sorriu e saiu.

Annie- Se deita, meu príncipe. - Levantou e ele aceitou a cama dela depois que tirou os tênis. Ela sentou na pontinha da cama e se inclinou pra ele. – Eu queria poder cuidar mais de você.- Uma lágrima escorreu dos olhos azuis. – Me dói te sentir assim.

Poncho- Você é o melhor remédio pra mim, meu amor. - Beijou suas mãos. – Só preciso que fique comigo.

Annie- Ele é tão cruel. – Ela se deitou com ele, que a abraçou. – Ele tem que parar.

Poncho – Eu não entendo. - A voz sofrida e tremida entregou o choro que ele começaram.

Annie- Pode chorar, lindo.- O abraçou passando segurança. – Eu to aqui com você e não vou embora.

Ele chorou em seus braços e tinha certeza que só lá conseguiria mesmo. Ela acariciava seus cabelos falando palavras de conforto pra ele, que acabou dormindo em seus braços.