Fanfic:  Tu Mirada AyA Finalizada | Tema: Amor,Superação

Ele se despediu, mesmo sem querer ir pra casa. A hora que a mãe viu o porque de o filho ir dormir fora, ficou louca. Foi na hora para a empresa do marido tirar satisfações. Disse que o denunciaria se isso acontecesse de novo. Os machucados do rosto demoraram uma semana para cicatrizarem, o roxo saiu depois que ele passou pomadas e mais pomadas. Ele não falava mais com o pai, tinha cortado qualquer tipo de relação que pudessem ter. Quanto ao futebol, ele ia aos treinos, mas já estava no limite. Dois meses se passaram e ele ainda estava para explodir. A namorada o sentia tenso, mas nem por isso ele deixava de ser carinhoso com ela. Ela esperava os amigos e ele saírem da aula no estacionamento com a tia, a irmã e a pequena cunhada.

Poncho – Oi linda. – Deu um selinho demorado.

Annie – Oi, meu amor. – Sorriu o abraçando.

Mari – Oi Poncho!- Abraçou a perna do cunhado.

Poncho – E ai, baixinha?

Carol – E eu?- Se juntou a amiga.

Annie – Acho que alguém ta com ciúmes. – Sorriu com a cunhada abraçando suas pernas.

Carol – Annie, vamos com a gente no shopping? Vou com a minha irmã escolher um vestido ora festa.

Annie- Ah, que festa?

Poncho – Ia te convidar. A festa de entrada da primavera, vai comigo não é?

Annie – Em uma festa? Não sei, eu nem tenho roupa e eu não vou fazer nada.

Poncho – Vai, amor! Por favor!

Annie – Não sei.

Marcella – Va querida. Quanto ao vestido não se preocupe, eu tenho como comprar um pra você.

Annie – Mas esses vestidos de festas são caros, eu não quero que gaste comigo.

Poncho – Eu posso te dar um presente, como namorado eu devo! E nem adianta teimar.- Beijou sua testa. – Você pode ir com a Mai e a Dul.

Annie suspirou – Não adianta eu tentar não ir né? – Perguntou já sabendo a resposta. Sabia como o namorado era.

Poncho- No!

Marcela sorriu- Então, vamos Annie?

Poncho – Deixa ela ir pra casa, ai depois elas vão pro shopping.

Marcela – Ok, mas vai me avisando qualquer coisa.

Poncho – Pode deixar, eu cuido muito bem da minha princesa.

Annie – Ele cuida mesmo, tia! E eu dele. – Sorriu o abraçando.

Marcela – Então vamos vocês duas, vou leva-las pra comer e depois te deixo em casa Carol.

As três saíram e Alfonso deixou a mochila ao lado do carro dele, encostando no mesmo e abraçando a namorada por trás;

Poncho – Como a minha namorada ta cheirosa. – Cheirou seu pescoço e ela se arrepiou. – Mudou o perfume?

Annie sorrindo – Pra você. Você gostou?

Poncho – Eu amei. – Apoiou o queixo no ombro dela, deixando bochecha com bochecha. – Me conta, como foi a dança?

Annie – Legal! Eu aprendi coisas novas hoje.

Poncho – Que bom. Vou querer ver.

E como sempre eles contavam como tinha sido o dia, nunca brigavam, alguns diziam que o namoro ia enjoar, mas pelo contrário, esse era o jeito deles. Sempre juntos, cúmplices, tranquilos. Preferiam ficar abraçados no sofá o dia inteiro sem ninguém mais, do que ficar saindo para lugares badalados. Estar juntos era tudo que eles precisavam, e era isso que faziam. Encontravam um no outro a metade que faltava para serem felizes. Na conversa ele citou uma boa notícia.

Poncho- Ah, amor! Recebi as notas das provas da semana passada. E eu fui muito bem! Posso até me livrar da recuperação desse semestre.

Annie – Jura?! Ai que bom! – Virou de frente o abraçando apertado. – Eu disse que tudo ia dar certo! – Acariciou seus cabelos. – Você vai se formar esse ano e vai entrar na faculdade que VOCÊ quer! E seu pai não vai poder fazer nada.

Poncho sorriu – É! Por que eu já to guardando dinheiro pra isso. Se eu conseguir uma bolsa então, melhor ainda, porque ele não vai me ajudar em nada, você sabe.

Annie – Eu sei, mas você vai conseguir sozinho. Sua mãe também vai te apoiar eu tenho certeza.

Poncho – O mais importante é você. – Alisou seu rosto. – Só não vou poder te comprar presentes sempre e te levar em alguns lugares que te levo às vezes, porque o dinheiro vai ficar muito curto.

Annie – Eu não me importo. Se for preciso nós não saímos nunca mais. – Encaixou a cabeça em seu ombro. – A gente já gosta de ficar juntinhos, quietinhos mesmo. Eu também tenho um dinheirinho guardado, vou poder te ajudar.

Poncho – Não precisa linda Isso é uma coisa que eu preciso fazer sozinho.

Annie sorriu – Não precisa não. Eu to com você nessa.

Poncho – Ok, mas vamos pensar que não será preciso. – Ela assentiu dando um beijo em seu pescoço. – E eu tenho outra notícia que acho que você vai ficar muito feliz.

Annie – Hum! Quantas notícias boas em um só dia.

Poncho – Assim, eu falei com minha mãe e ela conseguiu marcar uma consulta pra você no melhor oftalmologista da cidade. Ele topou te atender sem cobrar nada, deve uns favores ai pra minha mãe.

Annie com os olhos brilhando – Sério?

Poncho – Sim! Só que pra daqui duas semanas, mas mesmo assim. Nós vamos e vemos o que ele fala.

Annie – Ai! Obrigada! – Voltou a abraça-lo. – Já pensou eu poder enxergar! *-*

Poncho – Sim! Já, mas e...- Ela o interrompeu.

Annie – Eu vou poder fazer tantas coisas que eu não posso! – Juntou as mãos, animada. – E vou te ver! E vou poder aprender a ler e escrever! E ver como é dançar.

Poncho – Annie... – Chamou hesitante. – Eu só não quero que você fique assim, tão ansiosa e cheia de expectativas. – Pegou seu rosto.

Annie – Ah... Porque eu posso nunca poder ver né. – Fechou o sorriso e os olhos caíram.

Poncho com o coração apertado – É porque não quero que tenha uma decepção. Claro que vamos ter esperanças, principalmente você, mas não quero que se machuque se a notícia que receber depois não foi a que espera.

Annie assentindo – Eu entendo. Mas sabe... Só de ir e tirar essa dúvida eu vou ficar feliz. E se não puder enxergar nunca... Bem, então não há nada que eu possa fazer.

Poncho – Promete pra mim que não vai ficar triste? – Ela assentiu. – Hum? – Passou o nariz pelo dela.

Annie – Te prometo.