Fanfic:  Tu Mirada AyA Finalizada | Tema: Amor,Superação

Dr. Marcos – Annie, quando você estiver a luz do sol, você vai ter que usar isso. – Entregou uma espécie de óculos para ela, bem escuro. 

Annie – Por quê?

Dr. Marcos – Até que seus olhos se acostumem com a luz. Lâmpadas não são tão potentes então só quando sair a luz do sol.

Annie – Ah ok. Até quando?

Dr. Marcos – Por umas duas semanas já vai poder estar com eles livres. – Sorriu e ela mais ainda olhando os braços de novo.

Annie – Quero me ver.

Marcela – Aqui. – Mexeu na bolsa e tirou um espelhinho.

Dr. Marcos – Isso ai ela vai ver um cílio por vez. Veja neste. – Entregou um espelho de mão retangular, grande. – Olhe para isso. 

Annie – Obrigada. – Apanhou e colocou na frente do rosto. Tomou um susto ao ver a imagem lá. – Como q... – Apontou dela para o espelho.

Poncho sorriu – É um espelho para que possa se ver. – Passou a mão em seu cabelo.

Annie – Sou eu? – Tocou o rosto com uma mão e tudo que fazia se refletia no espelho. Ela sorriu emocionada.

Poncho – É você. – Ela não piscou mais, só ficou olhando sua própria imagem.

Dul – Viu como é linda e nunca mentimos? – Sorriu abraçada ao namorado.

Marcela – Annie? – Chamou. Já fazia uns bons cinco minutos que ela se olhava. – Vamos para casa?

Annie – Sim. – Poncho pegou o espelho, mas ela não largou e foi indo com ele. – Só mais um pouquinho.

Poncho – Você pode se ver mais lá.

Annie – Ok. – Soltou e ele a ajudou a descer da maca. Ela sentou de novo tonta. – Ai.

Dr. Marcos – Se acostume. – Sorriu e ela respirou fundo e levantou com cuidado.

Annie – Agora sim. – Pegou na mão do namorado. – Essa eu sei que é sua mão já sem te tocar. – Falou feliz se abraçando a ele.

Poncho – Linda.

Marcela – Vamos?

Dr. Marcos – Não esqueça da proteção. 

Annie – Ok. – Colocou o óculos. – Mas assim eu vejo tudo escuro. Ai eu vejo! – Levantou os ombros comemorando. – Agora eu posso falar eu vejo! Obrigada! – Agradeceu Marcos. – Eu nem sei o que eu posso fazer pra te agradecer.

Dr. Marcos – Sorrindo é um ótimo modo. – A abraçou. – Se cuida, te vejo em duas semanas.

Annie – Obrigada. – Ela saiu da sala com os amigos, sempre de mão dada com Alfonso.

Marcela – Obrigada. – Ela mesma o abraçou.

Dr. Marcos – Não se preocupe. – Ela soltou. – Até mais.

Marcela – Até. – Sorriu e ia sair, mas ele a chamou.

Dr. Marcos – É... Talvez a gente possa tomar um café em um dia desses, ou um jantar, quem sabe. O que acha?

Marcela – Eu acho que nós podemos. – Sorriu.

Dr. Marcos – Sexta?

Marcela – Perfeito.

Dr. Marcos – Tenho seu telefone. – Sorriram e ela saiu. Assim que saiu ela viu a sobrinha tocando uma cadeira.

Annie – Tia! Uma cadeira!

Marcela riu – Sim.

Annie – E isso? – Tateou aqueles objetos que seguram álcool em gel na parede. – Eu não sei. – Fez careta e apertou o botão e caiu o álcool em sua mão. – Iu! O que é isso? – Eles riram.

Poncho – É álcool. Espalha na mão.

Annie fez – Ahhhhhhhhhh!

Poncho – Amor, vamos? Em casa tem tanta coisa pra você ver.

Annie – Sim! *-* - Estava indo até ele, mas parou e logo saiu andando para o lado – E isso? - Pegou uma bolsa que estava na cadeira.

Marcela – Annie ! – Pegou a bolsa colocando no lugar. – É uma bolsa, mas não pode mexer.

Senhora – Minha bolsa. – Puxou.

Annie – Eu só queria ver.

Senhora – Ficou doida? Pensei que ia pegar minhas coisas.

Annie – Não eu só quis ver. – Falou triste pela grosseria.


Marcela – Me perdoe. Ela era cega, acabou se conseguir ver, está eufórica.

Senhora – Ah. Me desculpe eu não sabia. Pode ver se quiser. – Estendeu a bolsa.

Annie – Tudo bem. Não precisa não.

Senhora – Não me perdoe, eu não sabia.

Annie – Tudo bem. – Ela olhava a senhora. – Eu posso tocar você um pouco? É rapidinho.


Senhora – Ss.s.im, eu acho.

Marcela – Annie não, vamos?

Annie – Espera. – Tocou o rosto dela. – É diferente do seu. – Tocou o da tia em seguida. Dulce e Maite riram.

Senhora – Isso se chama idade.

Annie riu – Ah ta.

Senhora – Preciso ir.

Annie - Tchau. Obrigada.

Depois de insistirem ela foi embora, mas ela queria parar no caminho o tempo todo vendo as coisas. Foi no carro do namorado e olhava tudo dentro dele, no começo não sabia se olhava pela janela ou as coisas dentro.

Annie – Amor abri esse pode? – Abriu uma caixinha.

Poncho – Pode.

Mai – Parece uma criancinha curiosa.

Annie – Eu sei. – Não ligou e voltou a fuçar dentro do porta luvas, que quando abriu tomou um susto. – Olha pra que serve isso?

Poncho – É um cabo pra colocar no celular.

Annie – Ah ta.

Marcela – Essa é nossa casa.

Anahí – Isso é uma casa então. – Andou para frente e abaixou colocando a mão na grama.

Ela entrou em casa e andou por tudo, andava tocava, cheirava. Precisava reconhecer as coisas e só conseguia por formas e cheiros, obviamente. Passou o dia andando daqui para lá e pegando tudo nas mãos. O namorado sempre ao lado explicando, achava engraçado, parecia cuidar de um bebê.