Fanfic:  Tu Mirada AyA Finalizada | Tema: Amor,Superação

Vou Hoje por que Amanhão não tenho condicçoes vou a um desfile e depois a uma festa de casamento ...obg 

Annie – Eu... Eu não sei. – Falou e uma lágrima caiu. – Eu sei que não sou ninguém para não perdoar, mas... Não sei.

Marichelo – Se ela dissesse que sente muito? Que se pudesse voltar atrás não faria o que fez?

Annie – Mas já foi feito. E não pode voltar no tempo. – Deixou o sorvete de lado. – Não quero falar da minha mãe.

Marichelo – Mesmo? Às vezes é bom.

Annie – Mas não quero. Desculpa.

Marichelo – Tudo bem. É só que eu acho que às vezes você devia pensar que seu pai pode ter mentido, que ela pode ter ido embora por outra coisa, não porque quis.

Annie – Mas foi. Ele me disse a verdade porque ele até ficou mal e começou a beber por ela. E depois que ela foi além de ter perdido mão eu perdi meu pai. – Fungou.

Marichelo – Eu tenho certeza que ela não queria que você sofresse.

Annie – Ela foi e voltou. Teve minha irmã e foi embora. Ela nem se importou comigo. – Começou a chorar.

Marichelo – Não chora! – Sentou mais próxima e enxugou seu rosto.

Annie – De.e.desc.ulpa.

Marichelo – Não. Me perdoa você.

Annie – É porque é muito ruim não ter uma mãe. E eu não tive nunca. E eu sempre precisei porque nunca enxerguei, se não fosse minha tia eu ia ter morrido e eu sei que sim, assim como minha irmã. Porque eu não ia poder cuidar dela pequena. – Tomou ar. – Ai ela nem se importou.

Marichelo – Ela de...

Poncho – Annie? Annie o que foi? O que você fez? – Perguntou com raiva para a mulher e abraçou a namorada. – Não chora, meu amor. O que foi? – Ela apertou o abraço dele e escondeu o rosto em seu peito. – O que falou pra ela?

Marichelo – Nada! Eu não fiz nada!

Poncho – Princesa? – Beijou sua testa. – Olha aqui pra mim. – Pegou o rosto dela com as duas mãos. – Tudo bem. Já passou ok? – Ela assentiu tentando se acalmar. – Conta pra mim o que foi que houve. – Enxugou seu rosto.

Annie – E.e.e.u.

Poncho – Shii. – A abraçou de novo, acariciando suas costas e seus cabelos. – Não fica assim. Se acalma e depois você me conta tá? – Ela assentiu ainda aninhada a ele, que olhou a mãe dela com mais raiva ainda.

Demorou minutos para que ele conseguisse a acalmar e ela o olhou ainda fungando.

Poncho – Tá mais calma? – Ela assentiu. – Então faz assim, vai lavar seu rosto e então a gente conversa. Tá?

Annie – Ta. – O abraçou de novo e ele beijou seus cabelos. Assim que ela saiu para ir no banheiro ele se virou para a mãe dela.

Poncho – O que fez pra ela? 

Marichelo – Nada! Eu juro a gente tava conversando e ai ela falou da mãe e começou a chorar...

Poncho – Ela não gosta de falar da mãe, pra ela falar e começar a chorar é quando alguém insiste. – Falava com raiva. – Eu sei que é a mãe dela, sei muito bem o que fez e eu não vou deixar que a machuque.

Marichelo – Eu quero me aproximar! Eu sou a mãe dela.

Poncho – Você nunca foi mãe dela. Ela não precisa mais de você, a tia Marcela já a ensinou tudo. Fica longe dela, volta de onde veio porque se voltar a machuca-la eu juro que nem sei o que sou capaz de fazer com você.

Marcihelo – Quem é você pra falar assim comigo? Você não sabe NADA da minha vida.

Poncho – Eu sou o namorado dela. Da sua filha. Aquela que você abandonou sem nem se importar se ia ficar bem, sou o cara que a ama mais que tudo nesse mundo e eu não vou deixar que ninguém destrua a felicidade dela, nem que pra isso eu tenha que matar alguém. Eu já avisei, vai embora, ela não precisa mais de você.

Marichelo – Eu não vou! A filha é minha e eu vou ficar. Vou me aproximar e quando ela já estiver com muita confiança em mim vou contar quem eu sou.

Poncho – Voc... – Se calou ao ver a namorada chegando. – Tudo bem. – Ela assentiu. – Vem aqui. – Falou carinhoso e a abraçou. Ela ficou quietinha com a cabeça apoiada em seu ombro. – Como você dizia, precisava ir. – Falou ríspido.

Marichelo – Eu preciso ir Annie. Depois nos vemos. Me desculpa.

Annie – A culpa não é sua. – A olhou e sorriu, ainda triste.

Marichelo – Fica bem ok? – Beijou sua cabeça e saiu de perto deles.

Poncho – Não gosto dela. – Disse e passou o braço pelo ombro dela. Sentaram em um banco do shopping. – Tira essa carinha que eu não suporto te ver assim, meu amor.

Annie sorriu – Tá bom.

Poncho – Me conta o que foi que ela te falou?

Annie – A culpa não foi dela. – Pegou a mão dele e ficou passando o indicador. – Ela me falou que não é muito próxima da filha dela, que é da minha idade e então a gente estava conversando e ela perguntou da minha mãe e ai eu não queria falar, mas ela perguntou e ai eu fiquei muito triste. – Uma lágrima caiu e ele enxugou. – Ai eu comecei a chorar. – O olhou com os olhos vermelhos e um leve biquinho de choro.

Poncho – Oh princesa. – A abraçou de novo. – Quando você não quiser falar de alguma coisa, não fala. Pode falar pra seja quem for que não quer e pronto. Não precisa falar isso muito menos pra ela, que não tem nada a ver com sua vida.

Annie – Eu sei. – Enxugou o rosto e apoiou no peito dele.

Poncho – Não chora tá? Eu já te disse que você é muito especial e sua mãe seja quem for, aonde estiver não sabe o quanto você é linda e não merece suas lágrimas. Ok?

Annie –Ok. – Sorriu e ele lhe deu um selinho.

Poncho – O que quer fazer?

Annie – Patinar! *-* - Os olhos brilharam.

Poncho riu – De novo? – Ela assentiu animada. – Se você quer né. Eu não posso deixar minha anjinha passando vontade. – Levantou e a puxou pelas mãos.

Annie – Ai! – Gritou com a força e riu se agarrando nele. – Vamos logo. Eu vou te contar o que eu vi hoje.

Se virou animada e ia contando. Marichelo que ouvira a conversa dos dois estava com o rosto fechado.

Patinando ela se esqueceu de todo o resto. Ele nem sabia explicar como o rosto dela ficava quando estava lá. Ela olhava os instrutores fazendo giros e pulos e abria a boca encantada, até ria e o abraçava falando o quanto era bonito tudo que podia ser feito. Nos próximos dias ela ainda conhecia tudo, ele a levou para conhecer o parque e no exato local lá dentro que se conheceram. Ela não queria ir embora, nem sabe quantas flores pegou, mas saíram de lá quando eram quase nove horas da noite, sendo que tinham chegado na hora do almoço. Comeram algodão doce e sorvete. Só. Na semana seguinte ela fora dançar, pela primeira vez enxergando. As vezes ficava tonta com os giros e dançava de olhos fechados, era acostumada assim, mas logo se acostumaria a mantê-los sempre abertos. Ela estava em uma sexta feira no quarto, desenhando, imitando o desenho de um livro, mas se entediou. Ela tinha aprendido a usar lápis e tudo mais e treinava com desenhos. Ela olhou para as roupas e sorriu começando um novo desenho imitando. Ficou horas lá, claro que um desenho que demoraria no máximo uma hora ela demorou o triplo porque ainda aprendia, mas sorriu com o resultado.

Marcela – Querida eu vou sair ok? O Poncho bem?

Annie – Só de noite, ele tinha que ir ver onde vai tocar amanhã! – Falou concentrada no papel.

Marcela – Então ok, qualquer coisa me liga!

Annie – Ok! Quem é que vai com você? – Olhou sorrindo pra tia.

Marcela – O doutor Marcos. – Piscou e saiu rindo da cara espantada da sobrinha. – Beijos.

Annie – TCHAU! Ai ai... Minha tia tá toda feliz. – Suspirou e acabou o desenho. – Até que parece. – Bateu duas palmas e deixou o desenho na cama. – E agora o que eu posso fazer? – Olhou pelo quarto, mas sorriu tendo uma outra ideia. Pegou o celular e discou.

XXX-Pronto?