Fanfic: Tu Mirada AyA Finalizada | Tema: Amor,Superação
Marichelo – Pode me ouvir? Eu quero contar toda a verdade, não quero mais te enganar! Eu quero tirar esse peso de mim, pelo amor de Deus!
Poncho – Amor... Olha, escuta. - Segurou seu rosto e ela o encarou. - Pra você saber só. Não estou falando que precisa perdoar, isso vai do seu coração, só você pode saber, mas escuta e depois vai poder pensar mellhor, eu tenho certeza. Se não quiser eu vou entender também, mas acho que vai ser bom. O que sente que deve fazer? - Ela ficou em silêncio por algum tempo e apertou a mão dele.
Annie sussurrou – Quero ouvir. - O namorado beijou sua testa e em seguida olhou a senhora na frente deles.
Poncho – Não tente mentir mais ou eu juro que perco a cabeça com você. Ela só quer a verdade, pelo menos uma vez não minta. - Marichelo assentiu e apontou o sofá. Os dois sentaram e em seguida ela sentou na poltrona.
Marichelo – Eu... Quando conheci o Henrique estava em uma fase muito difícil da minha vida. - Anahí a olhava apoiada no namorado. - Ele me ajudou muito. Era um homem doce, saudável. Não bebia, não era agressivo, muito pelo contrário. Deve ser por isso que antes de eu ir embora ele te amava tanto. - Sorriu triste. - Eu me lembro que logo que nasceu ele fez uma festa em casa para os amigos dele. - Anahí franziu o cenho.
Annie – Meu pai me odeia.
Marichelo – Não. Seu pai te ama. Ama mais que tudo e você vai entender. Eu era viciada em drogas quando o conheci.
Annie – Drogas? - Engoliu seco.
Marichelo – É. E seu pai não sabia no começo. E eu tinha um namorado também, esse namorado me deixou porque já fazia anos que tentava me ajudar e eu não conseguia parar. Então Henrique me acolheu na casa dele e tentava me ajudar. Eu consegui passar alguns meses sem a droga, mas eu passava muito mal.
Annie – Você fez mal ao meu pai. - Acusou. - Ele virou um monstro porque você o deixou!
Marichelo – Eu precisava ir, eu não podia ficar naquela casa com você e ele juntos! - Deixava lágrimas cairem. Alfonso tentava entender, assim como Annie, mas niguém entendia nada por ali.
Annie – NÃO PODIA OU NÃO QUERIA? FALA LOGO! Porque essa menina você criou e eu e minha irmã fomos abandonadas?
Marichelo – Quando eu e Henrique nos casamos eu tentava esconder quando usava droga, fumava ou bebia e ele percebia e me repreendia. Ele queria que tivessemos filhos, mas tinha medo por tudo que eu fazia. Ele começou a me sufocar e eu queria sumir, não aguentava mais.
Annie – Ele só era bom e queria o seu bem! Você nunca pensou que ele te amava? É uma louca!
Marichelo negando – Não, eu juro que eu não queria fazer mal a ninguém.
Annie – Mas fez! Por que foi embora? Dá pra me dizer de uma vez?
Marichelo – Porque eu procurei meu ex namorado e pela primeira vez eu trai Henrique. Eu o embebedei e consegui trair o Henrique. - Anahí a olhou com certo nojo e Alfonso percebeu por ela se retrair o abraçando mais. - Precisava me sentir livre, estava com raiva do meu marido e então o trai. - Ficaram em silêncio e ela continuou. - Naquele dia eu voltei para casa como se nada tivesse acontecido. Sua tia era a única que parecia perceber as coisas.
Annie – A tia Marcela sabia?
Marichelo – Não. Eu só acho que ela sabia, mas nunca teve uma confirmação. Eu fiquei sentindo muita culpa, mas não cosneguia contar ao seu pai. Um mês depois mais ou menos eu comecei a passar mal, eu pensei que era a falta das drogas outra vez e voltei a usá-las, mas continuei passando mal, até pior do que antes e então Henrique me levou a um hospital e lá descobrimos.
Annie – Descobriram o que? - Fungou. Ela chorava silenciosamente durante toda a história e não ligava os fatos direito.
Poncho surpreso – Estava grávida! Você... - Olhou para a mulher morena e logo depois para a namorada e ficou branco. - Ela..
Marichelo – Estava grávida. - Assumiu baixo e Anahí não entendeu o porque da reação dos dois. Para que ela tivesse nascido a mãe precisava estar grávida e para a mãe ficar grávida era só o pai … Ela conseguiu entender e então arfou.
Alfonso – Annie..
Annie – Eu... Eu....
Marichelo – Me perdoa. - Tampou o rosto com a mão e Anahí olhou para Alfonso totalmente assustada, em choque.
Poncho – Eu... Também estou... Surpreso. - Não sabia o que falar e ela o abraçou intensificando o choro.
Marichelo – Eu não pensei que daquela traição pudesse acontecer isso, eu estava fora de mim e eu n...
Annie interrompeu – CALA A BOCA! - Se virou pra ela com raiva, os olhos expressando isso melhor que qualquer outra coisa. - CALA A BOCA SUA MENTIROSA! EU ODEIO VOCÊ! ODEIO VOCÊ, ODEIO VOCÊ, ODEIO VOCÊ! - Repetia cuspindo as palavras e o namorado a segurou antes que ela avançasse na mãe. - Eu odeio...- Soluçou.
Poncho – Se acalma, eu to aqui, se acalma... - Pedia sussurrando em seu ouvido e foram minutos para que ele conseguisse. - Quer continuar ouvindo? - Ela assentiu, sem deixar o choro de lado. - Continua. - Falou ríspido.
Marichelo – Henrique ficou tão feliz. Eu precisei pedir ao médico para não contar de quanto tempo eu estava grávida e menti falando que estava no começo quando já tinha quase três meses de gestação. Eu não pude contar, ele mal saiu do hospital e foi comprar um presente para o bebê, gastava todo o dinheiro que tinha com suas coisinhas. - Sorriu lembrando. - Que tinha e o que não tinha também. - Anahí soluçou, pegando mais ar pela boca e tremendo nos braços do namorado. - O nervosismo me fazia querer as drogas, Annie, eu... Precisava mais do que nunca delas para não me matar e te matar junto.
Poncho – Você usou drogas quando estava grávida dela? - Anahí a olhou e conseguiu ver a mãe assentindo e caindo no choro outra vez.
Marichelo – Eu tentei me afastar disso, mas vocês não sabem como é difícil! Cada vez que Henrique me via falava com você na minha barriga, ele fazia tudo para eu me sentir bem e ele não fazia ideia de quando eu usava as drogas porque trabalhava em dois empregos para que conseguisse te dar o necessário e algumas coisinhas a mais por mimo. Sem você nem ter nascido.
Annie – Ele me amava. Poncho ele me amava e me odeia por culpa dela! - Escondeu a cabeça em seu pescoço e ele a ninava, beijando sua testa e balançando quase imperceptivelmente seu corpo.
Marichelo – Te amava como nunca vi. Um amor diferente de tudo que já tinha conhecido na vida. - Chorava com o olhar distante. - Eu continuei com a bebida e o cigarro, tentando deixar as drogas mais pesadas de lado e então você nasceu. Perfeita. Era o bebê mais lindo de todos os tempos, o próprio médico disse. Henrique era todo seu.
Annie – O que ele fazia? - Queria saber como era a vida com o homem que pensava ser seu pai ainda a amando.
Marichelo – Cantava para que dormisse, ficava acordado quando você chorava de noite, trocava suas fraldas, brincava com você... Tudo. Fazia tudo. Você só parava de chorar no colo dele e no meu esperniava e berrava. Ele dizia que era porque você o conhecia desde o primeiro dia que estava na minha barriga. - A filha passou a chorar mais. - Eu não aguentava mais viver com a culpa. Não podia mais.
Annie – Ai f.u.fugiu.
Marichelo – Fugi. Deixei uma carta e fugi. Sem rumo algum, só não aguentei a pressão da minha consciência.
Annie – Mentirosa e covarde. Isso é o que você é! - A encarou novamente.
Marichelo – Eu sei que sou. Como você sabe depois de quase dez anos eu voltei, mas tentei me manter afastada de você.
Annie – Por que voltou?
Marichelo – Estava me afundando em drogas novamente e precisava ver Henrique de novo. Só ele me entendia nessas horas e então ele me perdoou, mas não sabia que você não era filha dele. - Anahí fechou os olhos lembrando da época. - Eu engravidei e não estava nos meus planos, aconteceu. Então tive sua irmã e fugi outra vez.
Annie – Eu já tinha perdido meu pai! Ele não era mais um pai já tinha virado um monstro e minha tia Marcea cuidou de mim e da Mari. Por que deu seu nome pra ela? Pra atormentá-lo mais?
Marichelo – Eu não sabia o nome, ele quem escolheu porque parti antes de escolhermos. Não podia, você me chamava a todo tempo, falava que seu pai não te amava e eu não sabia lidar, mas não queria deixar o bebê comigo porque ia acabar por matá-lo então esperi para fugir outra vez. Na carta que deixei eu contei a Henrique que você não era dele e ele deve ter se tornado agressivo por isso.
Annie – Ele sabia?
Marichelo – Sim.
Annie – Meu... Pai verdadeiro sabe de mim?
Marichelo – Soube depois que fugi pela segunda vez.
Annie – Ele também nunca quis me ver?
Marichelo – Pelo contrário. Te procurou como louco, mas nunca disse onde você estava. Uma vez eu falei que podia... Estar morta. - Anahí soltou o ar. - Eu pedi dinheiro para drogas e ele não me deu, então inventei e ele me disse coisas horríveis, me culpou por isso.
Annie – Ele pensa que estou morta? - A mãe assentiu e mais uma vez o silêncio prevaleceu. Quem era aquela mulher? Tinha feito mal a tanta gente.
Marichelo – A Julia, que é essa menina que você viu é filha de um ex traficante, ele morreu quando ela tinha doze anos e eu já namorava o pai dela. Então ficou comigo, por isso me chama de mãe.
Annie – Ela sabe o monstro que você é?
Marichelo – Não fala assim! Eu sei que errei com todos, sou a única errada, mas eu quis voltar para me desculpar.
Annie – EU TENHO DEZESSETE ANOS! EU NÃO PRECISO DAS SUAS DESCULPAS! Passei a vida até o último mês cega e não tive minha mãe! Tive minha TIA que agora descubro que não é minha tia de verdade!
Marichelo – Eu... Preciso me desculpar.
Annie – PRA QUE? Pra ver se quando morrer vai pro céu?
Marichelo – NÃO! Porque além de ter te abandonado era cega por minha culpa! Por culpa das drogas e de todo o mal que fiz quando estava grávida de você! - Anahí paralisou. - Eu sou o motivo de todo seu sofrimento e eu não consigui viver pensando nisso.
Annie – Monstro. - Sussurrou sem conseguir elevar a voz. - Monstro, sua mentirosa, você é um monstro em forma de gente. Poncho... - O abraçou de novo. - Eu não aguento mais. Eu não aguento.
Poncho – Shii.... - Fechou os olhos a apertando. - Nós vamos embora.
Marichelo – Não! Não, por favor, me perdoa! Filha eu n...
Annie – Não tenho mãe. Antes não a conhecia e hoje ela morreu. - Falou com mágoa e raiva ao mesmo tempo. - Me tira daqui. - Olhou nos olhos dele. - Nunca mais eu quero ver essa mulher, eu não quero nunca mais!
Poncho – Nós vamos. Eu vou te levar pra casa. - Levantou e ela o abraçou de pronto.
Marichelo – Não! ANAHÍ! NÃO! - Implorou caindo de joelhos no chao e chorando. - EU FAÇO O QUE QUISER, MAS ME PERDOA! EU NÃO QUERO MAIS VIVER LONGE DE VOCÊ E DA SUA IRMÃ, POR FAVOR!
Annie soluçando – Eu odeio você. Eu quero o nome do meu pai verdadeiro.
Marichelo – Eu dou, mas me perdoa, me perdoa...
Annie não a olhava – Eu quero o nome dele e onde ele vive. - Soluçou e escondeu o rosto. - Eu quero agora.
Marichelo – Não vai e...
Annie – CHEGA! EU NÃO QUERO OUVIR SUA VOZ, EU SÓ QUERO IR EMBORA!
Marichelo – Ele se chama Franco. Franco Colucci.
Annie – Onde ele está?
Autor(a): eduardah
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Marichelo – Eu... Ainda tenho o telefone dele. Eu vou buscar. - Se retirou e Anahí desabou no choro.Poncho – Meu amor... - A apertou acariciando seus cabelos. - Ah minha anjinha eu sinto muito por tudo.Annie – Tudo foi mentira. Toda minha vida.Poncho – Nós vamos achar um jeito da dor passar, eu prometo. - Beijou sua testa e em seguida se ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 64
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julliana.drew Postado em 21/11/2016 - 04:32:40
Eu amei a fanfic do começo ao fim E o final foi lindo
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jayponny Postado em 12/08/2015 - 10:44:09
UAU!!!É a história mais linda que já li desde que me entendo por leitora!Parabéns
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rosa_chiclete_vondy_ Postado em 14/04/2015 - 22:39:25
Linda amei a fic muitoooooooooooooooooooooooooooooooo linda
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franmarmentini Postado em 11/02/2015 - 22:19:45
aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii to com saudades já da fic* ;/
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dessaya Postado em 11/02/2015 - 21:04:32
eu me recusoooooooooooooooooooo a naooooooooooo , nossa eu sei que esta fic esta finalizada , mas eu nao comentar vou ficar com meus pensamentos incomplestos : Esssa fic eh simplesmente perfeita , mostrou que mesmo com nossas dificuldades , podemos sim ser muito felizes , a esperança eh um dom que temos e com certeza aqui foi ama coisa que nos encantou foi a esperança da Annie , mesmo inconcienteme ela lutou cada minuto , conquistou todos com sua inocencia e doçura . Mostrou que ser cega não é algo ruim , como todos pensamos , mas ser cega e enxergar o que tem de melhor nas pessoas , sua alma , não sua aparencia fisica . Verdadeiramente essa fic me encantou do começo ao fim , sinto-me triste por ela estar finalizada , mas ao mesmo tempo me sinto muito feliz por ter tido a chance de le-la , aguando ansiosamente sua proxima fic , e me avise hein <3
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franmarmentini Postado em 10/02/2015 - 10:48:56
*.*
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franmarmentini Postado em 10/02/2015 - 10:48:44
:( ai to mal...não consigo desapegar da fic*
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franmarmentini Postado em 10/02/2015 - 10:47:51
eu to até soluçando gente...como vou ficar sem ler essa fic* agora...tinha que ter continuação...vou sentir muita saudades desses dois muita mesmo....:/ bjusssssssssss
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franmarmentini Postado em 10/02/2015 - 10:01:38
pedido mais lindooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
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franmarmentini Postado em 10/02/2015 - 09:14:05
haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa não creio que acabou...vou morrer