Fanfic:  Tu Mirada AyA Finalizada | Tema: Amor,Superação

Poncho – Precisamos esperar três minutos. Você me diz se uma barrinha azul ou uma azul junto de uma vermelha?

Annie – Tá bom! – Falou animada e olhou o bastão. – Você tá tão misterioso. – Ele sorriu e negou. Pareciam os três minutos mais longos da vida dele. – Acendeu!

Poncho – O que acendeu?

Annie – Tem dois risquinhos, príncipe! O que isso quer dizer?

Poncho – Que cor? – Prendeu a respiração.

Annie – Um vermelho e um azul! Então? – Sorriu pra ele. – Vai me contar agora? *-*

Poncho – Amor... Você...

Annie – Que foi? Tá me assustando!

Poncho – Você... Tá grávida. – Falou mais baixo e ela arregalou os olhos. – Eu ... Eu... – Tentava falar, mas além de não saber o que, sua voz não saia.

Annie – Grávida? – Ele assentiu. – To... To esperando um bebezinho? – Sorriu. - Nosso? – Mordeu o lábio e os olhos lacrimejaram.

Poncho – É. Você... Tá feliz? – A encarou surpreso.

Annie – SIM! – Riu, feliz e o abraçou. – Que lindo, bebê! Que lindinho! – Ele a apertou no abraço, respirando fundo. – O que foi? Você não está? – O soltou e o encarou, agora séria. – Não... Não quer nosso bebê?

Poncho – Ah meu amor! – A abraçou de novo. – É claro que eu quero! Como não querer nosso bebezinho? – Sorriu a apertando. – Eu só tive medo de você ficar assustada! Porque quando eu desconfiei eu fiquei!

Annie – Por quê? – Sorriu e soltou novamente. – A gente já vai casar mês que vem! Ai depois vem nosso bebe! *-* Aiiii que sapeca! Era ele que me fazia passar mal?

Poncho – Era. – Beijou sua testa. – Era ele.

Annie – Espero que ele não faça mais.

Poncho – É, eu também. Mas ele nem sabe, tadinho.

Annie sorriu – Não importa! Ele vem em nove meses, ne? *-* AIN EU TO FELIZ! – Deu vários selinhos nele.

Poncho – Eu também estou, princesa. – Riu com ela. – Eu só estava com medo mesmo.

Annie – Não precisa ter medo. – Alisou seu rosto. – Ele é muito pequenininho, não vai fazer nada de mal! E a gente vai cuidar dele como sempre falamos. 

Poncho sorriu – Vamos sim. Vamos cuidar dele, eu prometo.

Annie – Eu prometo também! *-*

Poncho – Agora eu acho melhor eu ir falar com seu pai. – Suspirou.

Annie – Ahh!Meu pai!

Poncho sorriu de canto – Eu vou. Se eu não voltar é porque ele me matou.

Annie – Ai! Não fala isso! – O agarrou. – Amor! Contando isso ele vai saber que... Que a gente faz amor. – Ficou corada.

Poncho – Ele vai. – Assentiu, desconfortável.

Annie – Ixi! Eu... Acho que ele pode ficar um pouco bravo. Mas também! É bonito amor! Quero dizer, é bonito fazer amor, porque só faz quem ama! – Sorriu de novo. – Ele não vai brigar.

Poncho – Eu espero que não. – Sorriu. Graças a Deus, ela ainda conseguia ter aquele jeitinho, tirava todos os seus medos. – Eu vou descer e conversar com ele tá?

Annie – Eu acho melhor eu ir junto.

Poncho – Eu acho melhor não.

Annie – É sim! Assim eu te defendo e você me defende! Mas ele vai ficar feliz! – Sorriu levantando e deu a mão pra ele. Desceram e Franco já olhou estranho pela cara deles. – Podemos falar com você papai?

Franco – Claro! O que houve? Outra viagem? Algo com o casamento?

Poncho – Não, mas é importante.

Franco – Vamos para o escritório então. Logo vem alguém e lá temos mais privacidade. – Caminharam para o cômodo. Sentaram nas cadeiras e Franco sentou na dele, do outro lado da mesa. - Pode falar.

Annie – Papai aconteceu uma coisa muito fofa! *-* - O noivo apertou sua mão. Ele estava com medo. É. Totalmente apavorado. Alguém ia morrer naquela sala, e esse alguém era ele. Pensou.

Franco sorriu – É? O que foi, filha?

Annie – É que... Eu e o Poncho... Vamos ter um bebezinho! – Os olhos brilharam e o pai engasgou com o café. – Não é perfeito?

Ele não disse nada, mas a cara disse por ele. Ele olhou para Alfonso e ficou vermelho. Os olhos estreitaram e o menino não soube o que fazer.

Franco – VÃO TER O QUE?

Poncho – Um... Filho.

Franco – Um filho... Ai meu Deus! – Passou a mão na cabeloa. – Minha... Minha bonequinha! O QUE FEZ COM ELA, ALFONSO? – Anahí arregalou os olhos.

Poncho – Eu.. Perdão, mas a gente... A gente ... Aconteceu! E agora a gente vai cuidar dele! A gente já ia casar, a gente quer o bebê então tudo bem! Eu sei que pode ser cedo, mas vai dar tudo certo! – Falou atropelando as palavras.

Franco – EU VOU TE MATAR MENINO! – Bateu na mesa e Anahí gritou se jogando em cima do namorado.

Annie – NÃO VAI FAZER NADA COM ELE! EU NÃO VOU DEIXAR!

Franco – ANAHÍ SAI DAI! LARGA QUE EU VOU ACERTAR AS COISAS COM ESSE APROVEITADOR!

Annie – NO! – Agarrou braços e pernas no namorado, que tinha levantado.

Poncho – Annie, sobe! Sobe que eu falo com ele. – Tentou.

Franco – SOLTA MINHA FILHA! VOCÊ SE APROVEITOU DA INOCÊNCIA DELA! SE APROVEITOU E NEM CUIDOU PARA QUE ISSO FOSSE PREVINIDO!

Annie – PARA PAPAI! – Começou a chorar. – DEIXA ELE EM PAZ!

Franco – COMO FOI DEIXAR ISSO ACONTECER, ALFONSO? COMO? EU TE CONFIEI A MINHA FILHA, DEIXEI QUE VIAJASSEM PRA FAZER ISSO COM ELA?

Annie – PARA! PARA PAPAI, POR FAVOR! – O olhou, o rosto molhado pelas lágrimas e isso fez o pai se acalmar. – Ele não teve culpa.

Poncho – Amor, sobe. – Beijou sua testa. – Por favor, sobe. – Ela negou. – Vai ficar tudo bem.

Annie – Eu vou ficar. Papai qual o problema? A gente vai casar!

Franco – O problema é que você é uma criança, Annie! Esse é o problema.

Annie – Eu tenho dezenove anos! Não sou mais uma criança!

Poncho – Eu sinto muito de trair a sua confiança. Mas... O que eu posso fazer agora? Eu nunca me aproveitei dela! Nunca fiz nada que pudesse deixa-la magoada ou a pressionei. Eu amo a sua filha mais que qualquer um nesse mundo, mais que tudo! Pensei que o senhor já soubesse que eu faço o que for preciso pra vê-la feliz. Mas agora a gente vai casar e vai ter nosso bebê.

Franco respirou fundo – Me perdoe te ofender, eu sei que não se aproveita dela. Eu só estou nervoso! Meu Deus é uma criança! Ela e o bebê!

Annie – Eu não sou criança! E eu vou saber criar meu filho! – “Segurou” a barriga.

Franco – Eu... Eu espero que saiba mesmo. Não sabe o que é uma criança depender de você, filha! É a maior responsabilidade que você vai ter! Cuidar de uma vida!

Annie – E eu vou cuidar! Nós dois vamos! – Se encolheu no abraço do noivo. – Ele nunca fez nada que eu não quisesse! Nunca tocou em mim sem que eu soubesse o que estava fazendo! Eu o amo e amo meu bebê!

Franco suspirou – Certo. Nós... Podemos então dar um jeitinho. – Anahí sorriu. – Eu ajudo no que precisarem e... Bom, eu vou cobrar ser o avô preferido. – Conseguiu brincar e os dois sorriram.

Annie – Eu sabia! – Riu e correu para abraça-lo. – Obrigada papai! Te amo, te amo, te amo muito!

Franco alisou suas costas – Eu te amo mais, princesinha.

Poncho – Obrigado. – Falou sem jeito. Não foi uma situação confortável pra ele.

Franco – Vai entender toda minha reação quando essa criança nascer. – Deu dois tapinhas em suas costas e Alfonso sorriu assentindo. – E não esqueçam que tem Henrique e Marcela. – Piscou e os dois arregalaram os olhos. – Ok, ok, eu posso dar uma ajuda.

Annie sorriu – Agora posso contar o que vou ver hoje pro nosso casamento? – Fez bico.

Poncho – PODE! Eu quero saber tudo! – Ela deu tchau para o pai e saiu puxando o moreno.

Franco falando sozinho – É... Não depende mais de mim. – Acabou sorrindo pensando em alguém o chamando de “vovô”.

Planejando coisas do casamento viram Henrique entrar com Marcela. Alma, que tinha os encontrado na porta estava junto. Os dois entraram e Franco assentiu com a cabeça.

Annie – Eu... To grávida. – Sorriu tipo “ok”? 

Marcela – Hã? – Desmaiou.

Henrique – É como?

Annie - TIA! – Alfonso a pegou no colo e colocou no sofá. – Tia acorda!

Henrique – Perai! – Falou meio zonzo. – Quem é que tá grávida?

Annie – Eu. – Olhou o pai, sentada no sofá, segurando a mão da tia.

Marcela – Jesus amado!

Henrique – Tá grávida! Tá esperando um bebê?

Franco – Henrique, acho que deve se sentar. – Ajudou o senhor a sentar.

Marcela – Eu acho que não entendi!

Franco – Ela está grávida! Mas olha, conversei com os dois... 

A conversa demorou uma hora. Marcela era a mais preocupada, apoiou a sobrinha, mas mesmo assim, tinham aquela coisa de “vocês são crianças” “por que não esperaram”. Evidentemente para os pais presentes, a filha era virgem antes e quando perdeu a virgindade ficou grávida. Mal sabiam eles...

Alfonso ia ter um desmaio em poucos minutos se ela não aparecesse. Foi só ter esse pensamento que as portas da igreja se abriram e ela entrou com Franco. Ela tinha escolhido Henrique e Franco, mas Henrique achou melhor assim e foi como um dos padrinhos com a, agora mulher. Ela usava um vestido tomara que caia com leves brilhos na parte dos seios e da barriga. Uma calda pequena e os cabelos meio presos e meio soltos.

Franco – Agora te entrego duas alegrias.

Poncho – Eu vou cuidar muito bem delas, eu prometo. – Sorriu para a noiva, que sorriu de volta.

O padre começou a cerimonia e a loirinha deixara algumas lágrimas caírem. Era difícil estar grávida nessas horas, a emoção vinha com muito mais força do que se estivesse sem um bebê. Já ia para os três meses, ainda bem que a barriguinha não tinha crescido muito. Tampouco tinham muitos convidados na igreja, foi algo para a família e alguns amigos. 

Padre – Eu vos declaro, marido e mulher. Pode beijar a noiva. – Eles sorriram e se viraram um para o outro.

Poncho – Eu amo você, anjo. – Sussurrou antes de dar um delicado selinho nela.

Annie – Eu também te amo, meu amor. – Passou o indicador em seu nariz. Foram saindo da igreja e receberam um belo banho de arroz. – Aiii! – Riu entrando no carro.

Poncho – FINALMENTE CASADOS! – Sorriu, mais feliz que nunca e a abraçou antes de entrarem no salão da festa.

Annie – Tá sendo o dia mais perfeito. *-*

Cada convidado os cumprimentou, fazendo seus desejos de alegria, felicidade para os dois e para o bebê. Segundo Alfonso era uma menina, ai de quem o contrariasse. Ela ia com ele em todas as viagens agora. Tinha parado com a dança, voltaria depois se desse, mas ela mesma não fazia mais questão. Estava feliz, queria logo ter o filho nos braços e poder ter a sua família. Daria para o filho, ou filha, tudo que faltara e tudo que tivera na sua infância também. De viagem de lua de mel foram para Europa, presente de família. Ela se encantou com a neve, queria até levar para casa, o que arrancou risos do marido.