Fanfic: Trapaças - Vondy | Tema: RBD, Rebelde

- Cala a boca, que está chamando! – Ninel sorriu empolgada e mordeu a dobra do dedo. – Alô! – sorriu excitada a Ângela, que negava com a cabeça. – Christopher?
- Ele mesmo. – o loiro respondeu, enquanto limpava a ponta de sua chave inglesa. – Quem fala?
- Tem certeza que não sabe? – sorriu sedutora.
- Olha, eu faço uma ideia... – sorriu com a possibilidade de ser Dulce, afinal a voz era semelhante.
- Eu sabia que fazia. – sufocou um gritinho. – É a Ninel, lindinho. – contou e Christopher franziu a testa, frustrado.
- Ninel?
- Sim, achou que fosse quem? – a mulher cruzou os braços, ficando reta.
- Ninguém, eu achei que fosse você mesmo. – ele acalantou a garganta, deixando-a satisfeita. – Só queria confirmar pra ver se não tinha ouvido mal. – limpou os ouvidos.
- Oh, mas que fofo! – Ninel deitou-se. – Sabia que ontem eu fui dormir pensando em você?
Ângela olhava a patroa, perplexa. Ninel estava se comportando como uma jovenzinha no cio. Ainda por cima estava mentindo, afinal ela estava tão bêbada quando chegou noite passada, que caíra dura na cama sem ter tempo parar pensar em nada e nem ninguém.
- Eu também gostei de conhecê-la Ninel... – ele pigarreou e olhou Christian, pedindo socorro com os olhos.
- Se vira, a sineta está tocando. – Christian riu. – Chegou cliente, vou atender. – deu tchauzinho e Christopher rolou os olhos.

Dulce estacionou seu conversível em frente à oficina onde Christopher trabalhava. Olhou o lugar com desprezo e respirou fundo, enquanto abria a porta do carro para sair. Arrumou sua roupa e seus cabelos e mordeu o lábio, satisfeita. Ligou o alarme do carro e entrou, arrumando seu casaquinho. Aproximou-se do balcão de atendimento e não viu ninguém, viu uma campainha e fez careta, tocando-a. Aquilo era tão medieval.
- Olá! – viu o mesmo afeminado do outro dia, se aproximando. – Oh, a senhorita outra vez. – Christian forçou um sorriso. – O que deseja?
- Quero falar com Christopher. – olhou Christian com descaso. 
- O Christopher está ocupado, se quiser posso chamar outro mecânico e... – é interrompido.
- Não quero mecânico nenhum e não vim aqui para arrumar carro. – ela o olhou, soberana. – Quero falar com o Christopher, será que você é surdo?
- Olha aqui, minha filha... – Christian cruzou os braços. – Já que você não é uma cliente, é bom prestar atenção na forma que você fala comigo, senão vou arrancar cada fio dessa sua peruca de Merida. – Dulce o olhou, chocada. – Entendeu?