Fanfic: Trapaças - Vondy | Tema: RBD, Rebelde

- Como ousa falar mal do motor do meu carro? – ela retrucou, entre dentes.
- Não estou falando mal. – ele fez careta. – Ao contrário, eu quero ter um! – lembrou. – Mas sabia que já existem motores de carros de passeio bem acima de 4.10 no mercado? – ergueu a sobrancelha, debochado. – Enquanto a maioria dos conversíveis tem motor 2.8 ou menos, existem carros com centenas de cavalos a mais.
- Ah, falou o expert em carros. – rolou os olhos. – Você não passa de um mecânico.
- E futuro engenheiro automotivo, queridinha. – completou virando o ar-condicionado para si. – Sabia que eu mesmo fiz minha moto? – contou e Dulce deu uma freada forte, chocada. – Puta merda amor, você quer quebrar o meu nariz? – disse bolado, depois de quase dar de cara no luxuoso painel do conversível. – Estou a fim de terminar a noite em um motel, não em um hospital.
- Você mesmo construiu sua moto? – perguntou, o olhando.
- Sim, tem um tempinho. – ele falou botando o cinto, afinal não queria ficar sem os dentes. – Sempre gostei muito de mexer em carros e motos, desde criança ajudava meu pai na oficina dele... – sorriu nostálgico. – Eu fui aprendendo as coisas muito rápido e logo estava expert... – falou enfático, afinal Dulce tinha zombado dele com essa mesma palavra. – Como eu não tinha grana para comprar uma moto eu fui juntando as peças e quando eu tinha vinte anos já tinha tudo o que precisava, demorei seis meses para construir e estou com ela até hoje. – ergueu a sobrancelha. – Garanto pra você que ela nunca me deixou na mão. 
Dulce mordeu o lábio. Além de lindo, Christopher era muito inteligente. 
- Nossa, meus parabéns mecânico. – sorriu de lado. – Não imaginei que você tivesse capacidade pra isso. – confessou e Christopher rolou os olhos. – O que aconteceu com a oficina do seu pai? – franziu a testa.
- Ah... – suspirou pesadamente. – Quando ele morreu, eu e minha mãe ficamos com muitos problemas financeiros. – murmurou, recordando. – As dividas foram crescendo, os clientes dele não confiavam seus carros a mim, que só tinha dezessete anos na época e com isso tivemos que fechá-la... Foi uma época bem complicada.
- Eu entendo. – ela suspirou, sem tirar os olhos do trânsito. – Pode ter certeza que eu entendo você. – claro que entendia, estava quase na mesma situação de Christopher. Mas obviamente, com mais classe e glamour. – Sinto muito. – disse por fim e ele sorriu.
- Tudo bem. – ele deu uma piscadela.

Assim que chegaram ao restaurante, Dulce entregou seu carro ao manobrista e entrou com Christopher.