Fanfic: Paixão sem Compromisso (Adaptada) Vondy | Tema: Vondy
Bem a tempo, pois uma voz grave e áspera os alcançou.
— Estão com pressa para começar, não?
Era Hank Rogan, inclinado sobre o pára-brisa da Mercedes.
— Você não tem nada a ver com isso — gritou Christopher, imprimindo ao carro a velocidade normal. Voltou a cabeça para Dulce: — Ainda não terminamos, certo?
— Sério? — ela gracejou.
O resto do trajeto até o escritório de Christopher foi feito em silêncio. Dulce manteve o olhar na pista, mas sentia que o patrão estava amuado. Não com ela, e sim pelas intervenções de Hank e Sammie. No contrato que assinara não estava incluído uma proteção extra para Dulce nem previsto que ela interferisse tanto em sua privacidade.
Além do mais, super proteção parecia estender-se aos sentimentos de Dulce. Não queriam vê-la magoada por um cliente ocasional, embora Christopher também se preocupasse em preservar a moral dela, reservando os beijos mais ardentes para um desfrute privado, entre quatro paredes.
— Precisamos rever nosso contrato. Essa proteção exagerada precisa acabar — disse, fitando-a.
Ela entendeu a intenção do comentário, mas permaneceu quieta, ainda envolta nas sensações entorpecentes do beijo que haviam trocado.
Em contraposição ao aborrecimento, Christopher abriu um sorriso encantador. Era humano, ela ponderou, e devia estar do mesmo modo tocado pela volúpia daquelas carícias. Até quando ambos resistiriam a dar o grande passo à frente?
A fim de acalmar-se, Dulce ligou o rádio do carro.
— É melhor ter cuidado com o que diz, Christopher — comentou.
— Está usando algum aparelho de interceptação de voz?
— Sim.
— Não acredito. Agora já é demais!
Dulce dedicou-lhe um de seus olhares duros de ex-policial.
— Que não seja para mais uma sessão de preliminares eróticas. Não é o momento. — Com a brincadeira, ela tentou desanuviar a tensão.
— Você é mestre em escorregar de perguntas e situações, não é? — ele queixou-se. — E agora permite que Hank e Sammie escutem o que dizemos.
— Eles precisam saber, Christopher. Instalaram um equipamento de escuta também no seu carro, para juntar provas em seu favor num eventual processo de chantagem. É para a sua própria segurança.
— E não para a sua...
Um pouco, pois a Privacy Dynamics cuidava de seus funcionários tanto quanto dos clientes. Não tratavam Christopher Uckermann diferentemente de outros, exceto pela mania de Hank criticá-lo o tempo todo.
— O sistema pode ser desligado neste carro?
— Tem certeza de que deseja isso?
— Confio em você, Dulce. A questão é o quanto você confia em mim...
— Pronto — ela avisou, depois de mexer no painel. — Está desligado.
— Obrigado.
Ouviu-se uma buzina forte e Dulce olhou pelo retrovisor. Hank os seguia em seu carro e gesticulava, indicando que o aparelho de escuta não funcionava.
— Não fale nada sobre beijos e demais intimidades — ela pediu, religando o dispositivo para que Hank parasse de buzinar. Em silêncio, mas com um sorriso maroto, Christopher roçou a mão livre nas coxas de Dulce por mera provocação.
— Esse cuidado exagerado, digamos assim, inclui o meu escritório? — ele quis saber.
— Não a sua sala privativa. Lá, você pode ficar sossegado.
Peg vestia um modelo hippie e borrifava perfume quando Christopher e Dulce entraram no escritório.
— Vocês estão atrasados — ela observou. — O que houve?
— Não se preocupe. Lera a esse respeito no jornal — disse Christopher.
— Ah, você a beijou de novo, não?
— Não tem nada para fazer? — Ele assumiu seu papel de chefe.
— Muito. Só para lembrar: a imprensa estará aqui às onze.
Christopher aquiesceu com um gesto de cabeça e passou instruções à secretária.
— Se vir alguém estranho, não deixe de pedir documentos. Se não for de um órgão de imprensa conhecido, chame a polícia. Também não deixe entrar policiais aposentados que não sejam amigos da agência de segurança de Franklin.
Peg enrugou a testa, à falta de maiores explicações. Christopher pretendia ganhar tempo para ficar um pouco a sós com Dulce. Mas, onde estava ela? Procurou-a na sala de reuniões, já pronta para a entrevista coletiva. Ficou grato à sua equipe, porém Dulce continuava ausente.
Ele verificou cada sala da empresa, saudando os funcionários, e nada. Talvez ela tivesse ido ao banheiro para refrescar-se. Pediu à arrumadeira de plantão que procurasse Dulce no toalete, descrevendo-a. A moça não demorou a voltar meneando a cabeça negativamente.
Por fim, ao observar a marina pela janela, Christopher a viu conferindo os barcos atracados no cais. O vento desfazia-lhe o penteado, jogando os cabelos em pleno ar. Linda imagem!, ele contemplou.
E pensar que, dois dias antes, nem a conhecia. Era difícil lembrar-se de como pudera viver tanto tempo sem a presença e a proteção daquela guarda-costas em especial.
A brisa ainda colava a roupa de Dulce a suas curvas suaves e excitantes. Christopher sorriu, ansiando pelo momento em que aquele corpo lhe pertenceria. Ela agora caminhava pelo cais, falando ao celular e rindo. A pessoa do outro lado da linha, provavelmente um homem. Seria ele capaz de excitá-la com um simples beijo, como ele conseguia?
Christopher duvidou. Dulce não precisava estar nua ou de biquíni para estimular seus sentidos a um ponto de desvario sensual. Ela parecia necessitar dos lábios dele como para respirar. Fingia inocência em matéria de sexo, mas o provocava o tempo todo com olhares lânguidos para a sua virilha.
O problema consistia em que, se a chamasse para um mero toque na mão, Dulce ficaria ofendida por ele estar atrapalhando seu trabalho. Caso não respeitasse tal profissionalismo, perderia a chance de tê-la a seu lado, sem mencionar que Hank, Sammie e Franklin não o deixariam em paz.
Suspirando, Christopher saiu da janela e deparou com uma mulher robusta, de seus vinte e cinco anos, que reconheceu como integrante da equipe de copa-cozinha da empresa.
— Sr. Uckermann, vim saber se o cardápio tem sido do seu agrado. Qualquer prato diferente que deseje, basta me pedir.
A jovem exibia uma expressão sonhadora. Christopher avaliou que a visita nada tinha a ver com comida e tudo com assédio. Aproveitou a ocasião para mostrar que não estava disponível. De volta à janela, notou que Dulce ainda segurava o celular junto ao ouvido, mas agora olhava na direção do escritório.
— Com licença — Christopher falou à cozinheira, antes de acenar para Dulce. Ela fez gestos significativos de que logo subiria. Melhor assim. Seria uma nova chance de tê-la nos braços.
Autor(a): jessie_uckermann
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Ao virar-se, Christopher quase colidiu com a mulher da cozinha, que o seguira a fim de ver para quem gesticulava. Bem que Alan o havia prevenido contra abordagens femininas, dentro e fora da firma, e falara da possibilidade de Christopher sofrer um processo por assédio se fosse visto com uma garota em posição comprometedora. &mdas ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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anne_mx Postado em 06/08/2015 - 23:43:32
Continuaaaaaaaaaaaa ta muito legal
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brendadevonne2410 Postado em 30/01/2015 - 20:55:56
amando mds mds sz
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anapaulamaito2gmail.com Postado em 23/01/2015 - 12:32:01
continua.esta web e muito boa