Fanfic: Paixão sem Compromisso (Adaptada) Vondy | Tema: Vondy
Lá dentro, Dulce encantou-se com o saguão de um hotel digno de Hollywood. De modo casual, misturavam-se ali sofás de couro, mesas baixas, cadeiras estofadas, abajures refinados, plantas luxuriantes e tapetes caros. Não havia quartos, ela notou. Talvez se localizassem no andar de cima.
Caso pernoitassem naquele ambiente, Dulce duvidava de que pudesse manter suas regras de conduta. Desejava Christopher mais do que a qualquer outro homem. Ansiava por senti-lo sobre ela, afagando-a, explorando cada pedacinho de seu corpo.
Dobrando à direita, ele a conduziu para a área destinada à recepção, atendimento e lojas de conveniências. Os saltos dos sapatos de Dulce batiam contra o pavimento de pedras polidas. Christopher lhe mostrou a vitrina de uma loja de artigos para esportistas profissionais. Só então soltou a mão dela e colocou a bolsa sobre o balcão.
Dulce reconheceu seu short de algodão e o top que ele retirou da maleta, oferecendo-os a ela.
— Acertei? — Ele perguntou.
— Quando apanhou esta roupa? — Dulce olhou com surpresa para ele.
— Encontrei-a na secadora, quando você esperava por mim na varanda.
— Trouxe meus tênis também?
— Pensei que iria jogar golfe com sapatos de salto alto — Ele brincou, apresentando o calçado esportivo, que ficara no fundo da sacola. — Seu vestiário fica logo ali.
Ele apontou a direção e entrou no reservado masculino, ao lado do outro. Através da parede, já que estavam sozinhos, Christopher falou que não deviam perder tempo e perguntou se Dulce estava armada.
— Como sempre — ela respondeu.
— Trouxe as algemas também?
— Nunca saio sem elas.
— Nesse caso, preciso tomar cuidado.
Dulce sentiu que ele já a aguardava na porta do vestiário. A figura, em trajes sumários, era de tirar o fôlego de qualquer mulher de bom gosto.
— E agora? — Ela ressurgiu, umedecendo os lábios.
— Você verá. — Christopher entrelaçou seus dedos com os dela, no que parecia ter-se tornado um contato informal, mas prazeroso.
Com a mão disponível, Dulce apoiava o par de tênis contra a lateral do corpo. Não conseguira calçá-lo no vestiário, à falta de uma cadeira na qual sentar-se. Christopher havia se prontificado a realizar o trabalho.
Ela o seguiu até a beirada da piscina do clube, onde não faltavam mesas e cadeiras. Sentou-se e estendeu os pés, que manipulou com habilidade e recato. Dulce torcia para que ele lhe beijasse o dorso dos pés, ciente de que essa carícia produziria arrepios e sensações equivalentes aos de um toque íntimo.
Mas ele permaneceu discreto ao trocar os sapatos dela pelos tênis brancos. Por pouco tempo. De repente, Christopher subiu as mãos pelas pernas de Dulce, até a parte de trás dos joelhos, e depois até a barriga. Ela se arqueou e suspirou ruidosamente.
— Agora, fique quieta — ele solicitou.
— Você gosta de domar suas mulheres, não?
A resposta dele foi friccionar novamente os dedos na pele exposta de Dulce. Ela respirava fundo e cerrava os punhos de tanta tensão. Jogou a cabeça para trás, como se oferecendo inteira ao homem desejado.
— Domar? Só em ocasiões especiais — ele concedeu, e tais palavras encorajaram-na a assumir sua crescente excitação.
Agachado diante dela, Christopher deu tempo ao tempo. Interrompeu as carícias e ancorou os pés de Dulce em seu ventre visivelmente musculoso. Amarrou os cordões dos tênis, enquanto ela imaginava as mãos calejadas, bem como a boca sensual, deslizando por seu corpo.
— Ficou bem, assim? — ele indagou.
— Ótimo.
Ela teve fantasias com sua língua navegando pela barriga bem definida de Christopher, divertindo-se e excitando-se graças ao contato com os pêlos escuros e encaracolados da região do umbigo masculino. Seria fácil, a partir daí, puxar-lhe o calção para baixo e...
— Ficou perfeito — Dulce confirmou, a recolher os pés e controlar, não sem esforço, a própria mente em disparada.
Ela aprumou a cabeça e fitou Christopher, que exibia uma expressão pensativa.
Dispensando qualquer comentário, ele compreendeu a necessidade oculta nos olhos de Dulce. Ficou perfeito, ela dissera. Podia parecer loucura, porém Christopher sabia que ela não havia se referido aos tênis, e sim a um contato imediato de sensualidade e paixão.
Ela arrepiou-se ao novo toque em seu ventre.
— Será melhor se ficar quieta — ele reagiu.
— Sim, meu amo e senhor. — A voz soou rouca em razão da respiração ofegante. Dulce gemeu e viu Christopher cerrar as pálpebras a fim de desfrutar o lânguido momento.
Para ele, tinha sido apenas o primeiro de muitos sons significativos. Aquele era o dia de Dulce, decidiu, disposto a satisfazê-la em todos os seus instintos.
Christopher, então, plantou as mãos nos braços da cadeira, perguntando se ela estava pronta para brincar. Brincar de jogos eróticos, era a proposta implícita.
Dulce estava se apaixonando, o que já constituía uma imprudência por si só. Era tolice contar com uma fiel adoração por parte dele. Até mesmo aquele minuto de aproximação não havia alterado a realidade. Ela trabalhava para Christopher, e serviços assim nunca duravam para sempre. Logo viria o final, provavelmente doloroso.
Mas naquele dia Dulce resolveu sonhar. Sonhar e ter esperança.
Por isso, ela distendeu os músculos ainda mais, descontraiu-se a fim de desfrutar tudo o que merecia. Foi recompensada com um beijo na nuca. Como deixar de tremer e rilhar os dentes de excitação?
Dulce esticou um braço até alcançar o peito de Christopher e abrir-lhe a camisa. Enterrou o rosto no ombro dele, pois dessa maneira não poderia gritar demais, enquanto Christopher semeava uma trilha de beijos em seu pescoço, faces e orelhas.
Naquele momento, ela ouviu sons de passadas no caminho para a piscina do clube. Havia alguém ali? Um intruso estaria se aproximando?
— Você ouviu? — sussurrou, apesar de sentir-se em outra esfera pelo afago que Christopher lhe fazia, introduzindo a língua em seu ouvido.
— Ouvi o quê?
— Som de passos nesta direção.
— Deve ser um operário da obra. Não vai nos incomodar.
Era o que ela queria escutar, mas não necessariamente a verdade. Christopher nem olhou, e ela acompanhou os ruídos até que parassem perto do local onde se encontravam. Em seguida, soou o barulho de uma pessoa batendo em retirada.
— Pensei que estávamos sozinhos aqui. — Dulce conseguiu desabotoar mais um pouco a camisa de Christopher e procurou com a mão o calor do peito dele.
Retraindo-se, Christopher a beijou na testa e murmurou:
— Existe menos gente ainda no campo de golfe. Quer ir até lá?
— Quero.
— Quando ficaremos saciados?
— No devido tempo — ela respondeu, recuperando o controle. Iria provar o que afirmava no momento em que estivessem realmente sós.
De pé, Christopher cruzou os braços à espera de Dulce. Ela subira no carrinho elétrico que se encontrava à disposição dos golfistas e passava na frente dele, gritando:
— Eu dirijo! Estou aqui para proteger você, lembra-se? Venha a bordo!
Rindo, Dulce passou diversas vezes ao largo de Christopher, que só tinha pensamentos para seus desejos não saciados.
— Está chamando confusão — ele a alertou ao ocupar o carrinho.
— Sei me defender. — No imenso campo gramado, ela não soube que rumo tomar.
— Para onde?
— Depois daquelas árvores seria bom. — Ele sorriu, cativando-a ainda mais.
— Você deveria tratar de uma melhor demarcação das trilhas.
— E você nunca jogou golpe, certo?
— Não. Jamais estive num clube de campo, nem mesmo para atender a uma ocorrência policial. Meu negócio é dançar, lembra-se?
Aí estava algo que Christopher gostaria de esquecer. Imaginar Dulce movimentando o corpo sedutor, no ritmo de um tango, e roçando a perna no par masculino lhe causava um imprevisto ciúme.
— Pare ali. — Ele apontou o local, próximo a um lago. Ela obedeceu, recostou-se no carrinho e fitou Christopher com perceptível calor.
— Você gosta disto, não? — indagou.
— Sim, é como se comporta a maioria dos homens de negócios. O golfe é relaxante e implica bastante atividade física. Ajuda muito na hora de uma negociação importante.
— Eu deveria ter praticado um pouco, antes de discutir o contrato com Alan.
— Não era preciso. Ele amansou no instante em que você o ameaçou com um processo por calúnia e difamação. Mas, se quiser, posso lhe ensinar.
Christopher tirou do carrinho uma bolsa de couro com tacos de golfe e outra com bolas. Inclinado, ofereceu a Dulce a visão de suas nádegas, mesmo cobertas, eram escandalosamente rijas. Ele equilibrou uma bolinha no tee e, depois de um certo ritual, bateu com o taco.
Dulce enrugou a fronte, impressionada.
Autor(a): jessie_uckermann
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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anne_mx Postado em 06/08/2015 - 23:43:32
Continuaaaaaaaaaaaa ta muito legal
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brendadevonne2410 Postado em 30/01/2015 - 20:55:56
amando mds mds sz
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anapaulamaito2gmail.com Postado em 23/01/2015 - 12:32:01
continua.esta web e muito boa