Fanfic: Paixão sem Compromisso (Adaptada) Vondy | Tema: Vondy
— O que está havendo? — Peg interpelou o patrão, que voltava. — Perdi alguma coisa?
— Creio que sim. Logo saberá do que se trata.
— Se for relativo a Dulce, já lhe digo que gosto dela.
— Você tinha razão, Peg, quanto ao problema das fotos no jornal. Poderia ter sido pior.
As fotos lhe haviam trazido Dul, uma mulher excepcional que passaria a morar com ele, protegê-lo de qualquer agressão e fingir que estava apaixonada. Em resumo, não poderia ter sido melhor.
A caminho da casa de seu pai, Dulce divertiu-se como criança com os equipamentos do carro de luxo. Dentro de uma hora, estaria na mansão de Christopher Uckermann.
Precisava ainda fazer as malas, tomar um banho demorado e modelar os cabelos. Mais, ignorava como contar ao pai que passaria a morar com Christopher e, em público, simularia ser sua namorada.
— Vai dar certo — vaticinou, sobrepondo a voz às lamentações contidas no rock que escutava.
A música lembrou-lhe a tristeza de Alan ao constatar que não tinha chances com ela. Somente a veria de novo se fosse para tratar do contrato. Consternada, Dul decidiu que convidaria o advogado para um drinque, depois que tudo aquilo tivesse terminado. Quanto a Christopher, esperava que ele se conservasse vestido dentro de casa. Já entre as quatro paredes do quarto...
A fantasia a excitou. Adoraria ser tocada e beijada por Christopher diante de testemunhas, contanto que o pai compreendesse o acordo, sem perturbá-la com longos discursos de repreensão.
A única maneira de contornar a situação com o sr. Franklin seria contar primeiro todas as vantagens do contrato e apenas mencionar de passagem, que teria que morar com o cliente enquanto fosse sua guarda-costas. Depois que o fato já estivesse consumado, era só não atender o telefone por alguns dias, até que o pai se acostumasse com a idéia.
Dul suspirou longamente imaginando o que a levara aceitar aquele trabalho. A Privacy Dynamics estava em dificuldades, mas não precisaria ter se submetido a um contrato como aquele.
Além do mais, ela nunca concordara em beijar outros clientes, em viver sob o mesmo teto ou fingir envolvimento romântico com qualquer um. Havia feito concessões demais com Christopher, mas porque ele a pegara desprevenida ao mexer com sua libido como nenhum outro namorado anterior.
Agora, acordo feito, era melhor apostar na sinceridade do empresário e acreditar que ele não ultrapassaria os limites.
Por outro lado, Dul sabia que tinha parte da culpa por aquele contrato ser tão diferente dos outros. Christopher a conquistara desde o primeiro olhar, enfatizando o desejo por meio daquele beijo ardente.
O feitiço estava estabelecido, porém muito diferente de um simples contrato; não havia previsão alguma de quais eram as cláusulas subentendidas. Estava longe de ser uma virgem tímida, mas não fazia parte de seu perfil ceder facilmente aos encantos de um homem sedutor.
A ternura inicial demonstrada por Ucker, a hesitação em beijá-la, motivaram Dul mais do que qualquer promessa.
Christopher não parecera estar tirando vantagem de sua posição de contratante, empenhado em conquistar uma candidata a emprego, exceto se fosse um ótimo ator.
Estranhamente, tal possibilidade não a incomodou. Contudo, preocupava-se por não conseguir antever qual seria o seu comportamento durante as noites partilhadas com Christopher? Ficaria satisfeita em apenas observá-lo e desejá-lo?
Bem, não valia a pena torturar-se por antecipação. Se conseguisse ter sempre em mente que estava com ele profissionalmente, seria mais fácil lidar com a situação. Afora isso, não era uma jovem ingênua e romântica e também nunca havia sido uma mulher fácil. Nem mesmo Christopher Uckermann mudaria isso.
Dul chegou à casa onde havia crescido e estacionou. Sentia-se bem naquele bairro de classe média, no qual quintais arborizados acolhiam as crianças.
O sorriso de Dulce dissipou-se à visão da cerca branca que limitava sua casa, uma idéia da mãe realizada pelo pai. O que ele não fazia pela esposa, até o falecimento dela, dois anos antes? Mesmo adulta, Dul nunca vira duas criaturas tão devotadas uma à outra. Havia crescido num ambiente de muito amor, e tinha certeza de que a mãe gostaria de que, agora, Franklin saísse mais, talvez encontrando uma companhia semelhante à dela.
Tudo era uma questão de primeira vista, ela convenceu-se.
Como nos conhecemos? Havia pouco tempo, ela dissera essa frase a Christopher. Mas como um homem e uma mulher se conhecem? Diremos que você me contratou como guarda-costas e...
O beijo trocado com Christopher havia sido marcante, intenso. Talvez o êxito conjugai dos pais fosse um golpe de sorte, nada mais. Sorte da qual ela precisaria em abundância, agora.
Vá em frente e acabe com isso, ela pensou. Em seguida, desceu do carro e entrou na casa chamando pelo pai.
Ele a recebeu sem deixar de admirar a Mercedes pela janela da sala.
— Não me diga que assaltou alguém — resmungou.
— Você me conhece. De manhã, encontrei essa jóia na minha vaga do estacionamento, com as chaves na ignição e o tanque cheio de combustível. Não é bela a vida?
Franklin estudou a filha, naturalmente desconfiado.
— Está bem. — Ela sorriu. — É o carro que vou usar no meu novo emprego.
— Aquele sujeito a contratou? — Franklin franziu a testa. — Aquele que gosta de aparecer nu?
— Não é "aquele sujeito", papai, e sim um empresário bem-sucedido e gentil que vai me pagar muito bem.
— Você o ameaçou com o seu revólver? — Os olhos embaçados de Franklin se arregalaram.
Não, Dul havia apenas retribuído um agradável beijo e preferia pensar que isso não tivera influência em sua contratação.
— Negociei com o advogado dele.
— E é um profissional competente, licenciado?
— Sim, papai. Se quiser avaliar o contrato...
— Tudo bem, deixemos para depois. — Franklin adiantou-se e abraçou Dul. Ofereceu-lhe um gole de cerveja. Não mais, porque previu que ela ainda iria dirigir.
— Não vou para o meu apartamento nem ficarei aqui, papai.
— O quê?
— Tenho de me encontrar com Christopher, nosso cliente, às sete.
— Christopher, o homem nu? Onde?
— Prometa que não vai ficar aborrecido. Vou à casa dele, mas são apenas negócios.
— Não estou aborrecido, apenas preocupado. Uma garota como você na companhia de um pervertido?
— Preciso permanecer com ele, na condição de guarda-costas. — Ela decidiu omitir a farsa já combinada do romance em público. — Estando na casa de Christopher, poderei cuidar de que nada aconteça com ele.
— Não estou nem um pouco preocupado com esse sujeito! Não quero que nada aconteça com você.
— Muito improvável, papai. Sei tomar conta de mim, não sou idiota.
— Ser ou não idiota nada tem a ver com a questão, e você sabe disso. Estamos falando de um homem que gosta de nadar sem calção e, possivelmente, também ande nu pela casa.
— Ah, papai. — Dul acariciou a face direita de Franklin.. — Não se preocupe tanto.
As espessas sobrancelhas de Franklin se elevaram.
— Posso lhe garantir que, de hoje em diante, Christopher será um perfeito cavalheiro, juro — Dul acrescentou, tentando avaliar a tensão do pai.
— De hoje em diante? Está confessando que ele já tentou alguma coisa com você?
Dulce simulou surpresa, embora seus lábios latejassem à lembrança do beijo trocado com Christopher. Mas não permitiria que aquilo fosse usado como prerrogativa para futuras carícias.
— Não tentou — Ela mentiu após a breve divagação. — E nem tentará, pois estabeleci regras rígidas de convivência. Fiz questão que os termos combinados constassem em um contrato.
—Bem pensado, mas ainda continuo preocupado com você e esse sujeito sozinhos.
— Ah, papai — ela repetiu. — Gosto do que faço, sou boa no meu trabalho. Eu lhe consegui um contrato vantajoso, não?
— Isso se refere a dinheiro, mas você é minha filha. Seu chefe vai respeitá-la?
— Ele é um sujeito de classe, portanto me respeitará, sem dúvida.
— Pessoas finas não posam nus para um tablóide sensacionalista.
— Ele não posou. Foi flagrado secretamente por um fotógrafo mais atrevido.
— Sei que ele é rico o bastante para comprar calções de banho... — Franklin não deu trégua a ela.
— Já falei a Christopher Uckermann que enquanto eu estiver lá, terá de andar sempre vestido.
— Se ele não honrar esse compromisso durante as vinte e quatro horas todos os dias, avise-me. Darei um jeito na arrogância dele.
— Christopher conhece a sua fama, papai. Até mais. — Ela beijou-o na bochecha e foi saindo na direção do carro.
—Dul?
Ela parou ao ouvir tom de súplica, mais que de comando, e observou o pai, sentindo uma onda de tristeza. Franklin parecia tão sozinho, tão abatido! Se pudesse impedir seu envelhecimento. A despeito da energia física e da boa aparência que mantinha, os sinais de cansaço eram evidentes. Deveria arrumar uma mulher que zelasse por ele.
— Sim, papai?
— Ligue-me quando chegar à casa desse senhor e antes de se deitar. Aliás, dê-me o número de onde você vai estar.
— Você igualmente, papai. Não se preocupe que vou telefonar.
Dul admitiu que de fato ficaria bem na companhia de Christopher, pelo menos em suas ações. Já em pensamento...
Autor(a): jessie_uckermann
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Pontualmente às sete da noite, Dulce tomou a trilha particular que levava à propriedade murada de Christopher. Estacionou a Mercedes e usou a senha do portão eletrônico. Sabia que não precisava apressar-se, mas as fotos que vira da mansão não lhe faziam justiça. Maravilhada, ela observou as amurad ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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anne_mx Postado em 06/08/2015 - 23:43:32
Continuaaaaaaaaaaaa ta muito legal
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brendadevonne2410 Postado em 30/01/2015 - 20:55:56
amando mds mds sz
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anapaulamaito2gmail.com Postado em 23/01/2015 - 12:32:01
continua.esta web e muito boa