Fanfic: Paixão sem Compromisso (Adaptada) Vondy | Tema: Vondy
Pontualmente às sete da noite, Dulce tomou a trilha particular que levava à propriedade murada de Christopher. Estacionou a Mercedes e usou a senha do portão eletrônico. Sabia que não precisava apressar-se, mas as fotos que vira da mansão não lhe faziam justiça.
Maravilhada, ela observou as amuradas verdejantes que circundavam a casa. Carvalhos e ciprestes criavam uma redoma de galhos verdes que balançavam sob a brisa do oceano. O ar era mais frio ali, porém mais límpido, e o cheiro adocicado das plantas se fazia sentir. Não era de se admirar que Christopher circulasse nu pelo terreno. No entender de Dulce, o jardim do Éden não devia ser menos bonito.
Após minutos de caminhada entre as árvores, concluiu que havia tomado o rumo errado e estava próxima à área de recreação da propriedade. Um carro conversível, com placa da Flórida, chamou-lhe a atenção por estar estacionado longe da garagem.
As flores dos canteiros lembravam aquelas que vira na sala de reuniões da empresa de Christopher. Devia estar perto da porta principal.
Antes de prosseguir, tirou o celular da bolsa e ligou para Anahí Portilla, sua ex-colega na força policial, que sempre a ajudava nas investigações.
Não demorou muito para que a amiga identificasse o nome do proprietário do carro, nesse caso, proprietária; era uma mulher.
— Puxa, você está saindo com o homem nu? — Parecia que o assunto se tornara público.
— Apenas questão de trabalho.
— Sei... — Anahí riu.
Dul despediu-se rapidamente. Junto à porta de entrada, deparou com uma morena que tentava acertar a senha do sistema eletrônico.
— Está com problemas? — disse em tom amistoso.
— Suma daqui. Cheguei primeiro — respondeu a moça, irritada.
— Você não ousaria mentir para mim agora, não é, Perla?
A garota experimentou mais dois números antes de perceber que Dulce havia mencionado seu nome. Encarou-a de cima a baixo, como se medisse o porte da competidora.
— Quem é você? — perguntou beligerante.
— A namorada de Christopher.
— Ele está saindo com você? — Um vinco surgiu na testa de Perla.
Christopher? Deviam ser íntimos.
— Não, Perla. Eu é que estou saindo com ele. Lamento, mas azar o seu.
— Como sabe o meu nome?
— Simples. Está no inquérito a que você respondeu por chantagem, na polícia. Eu trabalhava lá. Aliás, cuide-se para não cometer outro delito, quebrando o código de acesso a casa. Como conseguiu comprar aquele conversível de luxo?
— Deixe-me em paz!
Dulce continuou a sorrir, exibindo tal superioridade que Perla desistiu do confronto e correu para o carro. O verdadeiro problema era que, se Christopher recebia mulheres como Perla em casa, ela teria de ater-se a um penoso profissionalismo em sua relação com o empresário.
Outro problema: o aparelho eletrônico não respondeu à senha. Podia estar quebrado, e Christopher não percebera por ainda não ter chegado. Afinal, era um homem ocupado. E popular...
A menos que estivesse nadando na piscina, nu. Dul cerrou os olhos, pensando em como se sairia se deparasse com ele nu. Se vestido, ele era irresistível...
— Paciência, vamos em frente — murmurou, notando que a trilha até a piscina, ladeada por grandes vasos de flores, não era menos espetacular do que a entrada da mansão.
Além disso, estátuas marmorizadas de anjos e ninfas sustentavam recipientes com galhos de videiras e outras plantas frutíferas. Jamais havia visto algo tão belo quanto àquele jardim tropical.
Voltando-se, viu melhor a estrutura da mansão: eram dois pavimentes, amplas sacadas, paredes recentemente pintadas, janelas grandes em arco, que acolhiam até o menor raio de luz.
Mais à frente, Dul deparou com um par de espreguiçadeiras antigas, com ripas de madeira, uma das quais certamente destinada aos hóspedes. Talvez fizessem parte do velho mobiliário da mansão. Quem sabe ali não fora cenário para troca de beijos apaixonados do primeiro casal residente da mansão.
Eram divagações apenas, mas Dulce sentiu o coração bater mais rápido. Um toque íntimo,- a carícia de um beijo imaginado, ganharam em sua mente a proporção de uma delicada fantasia. Ali, diante das cadeiras, imaginou-se voltando no tempo.
Interrompeu a caminhada para a piscina e espiou por uma janela ampla. Viu a sala principal, com ventilador de teto e piso de madeira laminada. As paredes pareciam recém-pintadas, mas a lareira de mármore não estava bem conservada. A esquerda, Dulce notou outro cômodo, talvez uma sala íntima para ouvir música e ver televisão. A frente, uma larga escadaria conduzia ao segundo pavimento, onde, provavelmente, ficava a suíte principal.
Ela experimentou de novo a senha que abriria a porta. Dessa vez funcionou. Seu primeiro movimento foi colocar-se no primeiro degrau da escada e olhar para cima. Aparentemente, os quartos estavam fechados. Ainda assim, sua imaginação forjou um aposento para casal dominado por uma ampla cama com dossel, protegida por um mosquiteiro de tule, da mesma cor das discretas cortinas de renda.
De novo pensou no casal que havia morado na casa. Acreditou piamente que o homem carregava a mulher nos braços, escada acima, até colocá-la na cama para compartilharem de uma noite de amor. Os gestos e as vozes de ambos poderiam assombrar a suíte, não para assustar alguém, mas para estimular uma profunda conexão de corpos e almas.
Pare com isso!
Dul respirou fundo, censurando sua tendência para as fantasias sensuais.
Aliás, onde estaria Christopher? Prometera esperá-la as sete e já estava meia hora atrasado.
Andando pelo piso de madeira, Dul olhou para os degraus, mas decidiu não se aventurar a procurá-lo nos quartos.
A melhor alternativa seria mesmo gritar:
— Christopher!
— Dulce?
— Sim, sou eu, e já faz algum tempo que cheguei. Onde você está?
— Na cozinha, logo depois da sala íntima.
— Já vou para aí. — Ela ponderou se precisaria de um mapa para deslocar-se dentro da mansão.
A cozinha contava com equipamentos modernos, exceto pela pia antiga, de granito um tanto gasto. Banquetas de madeira torneada se perfilavam diante de uma ampla bancada. Christopher estava sobre uma escada, instalando um ventilador de teto. Usava calça jeans e camiseta, que lhe revelava parte do ventre, conforme ele levantava os braços.
Dul considerou melhor não distraí-lo, para não provocar uma queda. Então, molhou os lábios e ficou contemplando os músculos bem definidos e o umbigo de Christopher, rodeado de pêlos aparentemente macios. Olhando de baixo, a simples visão da virilha masculina foi responsável por disparar outra vez as fantasias que Dulce decidira barrar.
Christopher desceu, deixando o trabalho incompleto para cumprimentá-la.
— É quase impossível achar você dentro dessa casa enorme — ela comentou.
— É verdade... grande como o dono.
Com duplo sentido ou não, a frase fez com que Dul sentisse as pernas fraquejarem.
— O que estava fazendo?
— Instalando um ventilador. Termino depois de lhe mostrar a casa.
— Tudo bem, vou adorar. — O olhar dela, a contragosto, fixou-se abaixo do ventre de Christopher.
— Já viu alguma coisa de que tenha gostado? — ele perguntou com malícia.
Claro, e Christopher bem sabia a que ela se referia.
— Pelo menos trouxe as algemas?
— Como? — Dul reagiu.
— Estou brincando. Deixa para lá... — O olhar dele, com pretensa inocência, não a convenceu.
— Pode acabar o serviço. Vou apanhar minhas malas no carro.
— Não. O ventilador pode esperar. Ajudarei você com a bagagem. — Christopher correu os olhos pelo corpo de Dul, notando-lhe as pernas descobertas pelo short e a camiseta apertada, insinuando o belo formato dos seios.
— Não veio de salto alto—ele comentou em tom queixoso.
— É porque não combina com um figurino despojado.
Mas que mulher perspicaz! Na certa havia imaginado que, como muitos homens, Christopher tinha fetiche em saltos altos.
— Mas trouxe sapatos sociais na mala. Agora, gostaria de dar uma olhada lá fora.
— Por quê?
Dulce mostrou-se vagamente embaraçada, e depois aborrecida.
— Acho que esqueci de trancar o carro.
— Costuma fazer isso sempre?
— Não, mas quando entrei aqui, me distraí e acabei esquecendo.
— Distraída com o quê?
— Com tudo o que você tem aqui. O lugar é fascinante. Viu que ele sorria, gratificado. — Preciso voltar ao meu carro.
— Você o largou na trilha?
— Sim, do lado de fora do portão. Temo que seja roubado. Toda a minha bagagem está no porta-malas.
— Bem, depois eu a acompanho até lá. Venha...
Dulce tateou o bolso traseiro do short. Christopher se inquietou.
— Não me diga que pretende sair armada...
— Isso vem depois — ela gracejou.
— Mas trouxe seu revólver devidamente carregado, suponho.
O que ela retirou do bolso não foi uma arma de fogo, e sim um telefone celular, que passou a manusear.
— Para quem está ligando? — Ele estava se revelando um pouco controlador demais, mas, afinal, tinha esse direito, como contratante de serviços de segurança.
— Para meu pai.
— Algum motivo em especial? Ainda não lhe fiz nada.
Dul sorriu e nada pôde comentar, pois Franklin atendeu depressa. Dulce lhe contou que havia chegado bem à casa de Christopher e não havia com o que se preocupar, pois estava na casa de um homem supostamente fino e educado.
Autor(a): jessie_uckermann
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Christopher conteve o riso ao ouvi-la falar aquilo. Centrou a vista nos quadris de Dulce e nas belas saliências do colo. Podia até ser respeitador, mas ela era uma mulher altamente desejável, dificultando o controle de seus instintos. — Seu pai conhece o nosso acordo? — ele perguntou. — Estou aqui, n&atil ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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anne_mx Postado em 06/08/2015 - 23:43:32
Continuaaaaaaaaaaaa ta muito legal
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brendadevonne2410 Postado em 30/01/2015 - 20:55:56
amando mds mds sz
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anapaulamaito2gmail.com Postado em 23/01/2015 - 12:32:01
continua.esta web e muito boa