Fanfic: Aos Contrários | Tema: Original ainda
Acordei meio de repente. Não acredito que algum barulho externo tenha me acordado, só despertei, como eu sempre digo: Me cérebro recarregou.
Eu, no princípio, não sabia onde estava. Era um quarto diferente mas depois tudo ficou claro. Eu voltei pra casa. Eu não estava mais com minha mãe. Passei 3 meses inteiros lá, não de admirar que eu tivesse me desacostumado com o ambiente, embora familiar, por segundos estava diferente.
Vi o sol nascendo pela minha janela, como sempre, acordo antes dele. É uma vitória pessoal que eu guardo para mim, não ha necessidade de expô-la ara os outros já que não é nada demais.
Me levanto devagar para sentar na cama, como sempre faço. Esfrego meu próprio cabelo, uma mania que eu sempre tive já que acreditava fielmente que poeira se amontoava lá como em um livro não usado a anos.
Levanto de vez da cama e já escuto um barulho vindo lá de baixo. Meu pai? Ele não costuma acordar a essa hora já que trabalha até tarde. Bartô? Não. Ele está deitado na ponta da minha cama. Então..podia ser que...
Desço as escadas e vou em direção ao barulho, acredito que veio da cozinha e lá confirmo minhas suspeitas. Ela estava lá, usando nada mais que uma blusa, meio grande demais para seu corpo, é uma camisa do meu pai? Ela não parece ter me visto, estava tentando alcançar alguma coisa na prateleira mais alta do armário.
-Procurando alguma coisa? – eu disse, sem olhar pra ela, sentia que não era certo olhar já que eu não conseguia mirar pra longe de suas pernas nuas.
Ela deu um pulinho e um grito de exclamação breve. Mas ouvi ela se dirigindo a palavra a mim.
-Ah, desculpa, eu achei que não tinha mais ninguém acordado. Não é cedo demais pra você estar de pé?
-Olha, antes de termos qualquer conversa, você poderia colocar alguma calça ou cobrir as pernas? Isso..não me deixa exatamente confortável. –continuei olhando pro lado. Senti que estava corando. Espero que ela não staja olhando pra mim. Que humilhação.
-Hahahaha, claro desculpe, eu achei que eu era a única acordada então nem pensei nisso. Espere um pouco. - Ouvi alguns passos mas em questão de segundo ela disse que eu já podia olhar. Tudo o que ela fez foi sentar à mesa. Bem, ao menos eu não podia mais ver suas pernas, elas estavam escondidas debaixo da mesa. Esperta.
-Então, o que vc está esperando? – ela perguntou
-Como assim?
-Acha que o café vai ser feito sozinho? Você me privou de faze-lo, então vá já para o fogão.
-eu não...esquece. – era muito cedo pra eu poder discutir alguma coisa, então só aceitei a situação. Comecei enchendo a chaleira de água, mas tinha uma coisa que não saía da minha cabeça. Ela estava aqui ontem, depois do serviço. Está aqui, bem cedo, provavelmente ela dormiu aqui, e ela está usando uma camiseta do meu pai. SÓ a camiseta do meu pai. O que me fez pensar.
-Ei, você tem alguma coisa com meu pai? Quero dizer, vocês estão namorando ou algo assim?
A ideia podia ser maluca, ela era quase 30 anos mais nova que meu pai, mas as evidencias estão todas aqui. Ela deu um suspiro demorado e disse ela disse:
-Ah, eu queria fazer surpresa. Vou ser sua nova mãe, eu e o Ian vamos casar em Fevereiro!Supresa!
A chaleira que eu acabei de encher de água simplesmete escorregou da minha mão. Eu não sentia mais meus dedos. Fiquei perplexo. Ela? Meu pai? ELA?? Eu não conseguia processar meus pensamentos, isso é muito rápido, eu tinha que ter alguma explicação de alguém.
-Isso...n-não, como... ele nunca me disse nada e-
-HAHAHAHAHAHA - a gargalhada dela preencheu a cozinha - você é muito fácil!
Eu tinha que me apoiar em alguma coisa. Minha mão voou para meu rosto. Que vergonha. Eu voltei a fazer o café, mas foi bem mais difícil. Meu rosto estava queimando com o sangue que migrou para minha cara. Onde posso me enterrar? Ela me tinha na palma da mão o tempo todo não tinha?
-Ah propósito, seu novo nome vai ser Rodolfinho, venha aqui dar um abraço na sua mãe, Hahahahaha.
-Nossa, voce é muito madura! – falei sem olhar pra ela. E já estava ficando irritado.
-OOOOWN. Voce ficou chateadinho? Eu tenho que te por numa creche?
-É sério, já chega.
-O que voce vai fazer grandão?
Eu fiz. E me arrependi no mesmo segundo. A chaleira que eu acabei de reencher de água eu joguei, a pobre água, na garota. A cara dela foi uma ordem dita agora por mim de surpresa, espanto e bem quando eu estava me sentindo super culpado, vingança.
-Olha, eu, eu não queria fazer isso, quer dizer, você me irritou eu não pensei no que estava fazendo - enquanto eu falava ela se aproximava. Sem aviso, ela pegou a chaleira da minha mão e, com a água que tinha acumulado da pia, a encheu novamente e jogou em mim. Beeeeem devagar.
-Tudo bem, eu mereci essa. - mereci mesmo. Estávamos quites agora, pelo menos
-Ah, não mereceu não.
Nesse instante ela agarrou o pote com o pó de café do balcão, pegou um punhado e jogou em mim.
-Certo, já chega, isso foi demais, me devolve isso. – na hora que eu estendi a mão para pegar o pote de café da mão dela ela desviou.
-Acho que você vai ter que merecer ter isso de volta.
-Não, sério, acabou a brincadeira, me devolv-
Uma mini nuvem de pó de café foi jogada na minha cara. E uma risada de criança vindo daquele corpo jovem foi ouvido.
-hahahahha. O que foi? Não gosta de café?
Acabou minha paciência, eu avancei para pegar o pote mas ela desviava. E foi seguindo, teve um ponto em que eu tive que chegar nela por trás e tenta imobiliza-la envolvendo meus braços em sua cintura ,mas ela continuava a mexer os braços e rindo como uma idiota. Ela tento se ajoelhar para escapar do meu ‘’abraço’’ mas eu a acompanhei e me ajoelhei também, mas eu peguei! Tirei o pote das mãos quando ela perdeu a força de tanto rir. Ela deitou no chão e se permitiu soltar a gargalhada que estava segurando na “batalha”. Percebi então que ela estava usando shorts curtos por debaixo da camisa. Que bom.
Eu estava ofegante, mas estava com meu premio. Minhas bochechas estavam doendo por algum motivo.
-ei, me ajuda aqui a levantar. – ela disse, erguendo os braços para mim.
Eu os segurei e a puxei.
-Que barulheira é essa logo de manhã? Oh! Mas o que aconteceu aqui? Por que tem café para todo lado?
Meu pai apareceu do nada, acho que fizemos muito barulho.
-Nada Ian, eu vou limpar isso agora, eu sei que você não gosta de desperdício.
Antes de ir ela ficou na ponta dos pés e sussurrou no meu ouvido
-Já pode parar de sorrir.
Eu não entendi muito bem, mas depois que ela foi pegar a vassoura eu vi que ela estava certa. Eu estava sorrindo. Por isso a dor das minhas bochechas. Me senti péssimo por ter me divertido com uma atividade diurna tão estranha quanto jogar café nos outros, mas aconteceu. Mais pra frente, futuro me peguei secretamente desejando para acontecer de novo.
Autor(a): Papaangu
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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