Fanfic: Uma família quase perfeita

No capítulo anterior: 

Maite pegou o potinho, com um pouco de nojo e fez o que tinha que fazer.

Dulce: Se ficar azul é negativo né?

Maite (lendo a caixa do teste): Uhum.

Dulce: E tá ficando azul né? (Dulce não olhava pro teste)

Maite: Dulce, ficou...

Dulce: Ficou?

Maite: Ficou rosa. Acho que você tá grávida.

Anahi: Ah, meu Deus, a Dul vai ter um baby!

Dulce: Cala a boca, Annie! (com os olhos marejados)

Maite: Annie, não piora as coisas. Olha o estado dela. (toca nos ombros de Dulce que estava de costas) Dul, você tá legal?

Dulce (se virando pra Maite): Como quer que eu esteja bem? May, eu tô grávida! Vocês não entendem?

Anahi: Claro que a gente entende, Dul. Eu ficaria no mesmo estado que você, mas acho que agora, o melhor que você tem a fazer é ficar calma e pensar em como contar ao Ucker.

Dulce (chorando): É fácil falar Annie. Não vai ser você que vai escutar um sermão do Pedro, dos pais, e ainda ter que enfrentar o namorado. (vai para o quarto, e as meninas a seguem)  O que eu faço?

Maite: Dul, fica calma. Isso não vai te fazer bem. Pensa comigo, um bebê é uma benção para qualquer pessoa. Já imaginou, você, com um bebê lindo?

Anahi: É Dul. Não deve ser tão ruim. Trocar fralda...

Maite: Perder noites e mais noites pra ver do que tanto ele chora...

Anahi: Passar remédio no arranhão quando ele cair...

Maite: Ir na escola falar com a diretora quando ele aprontar...

Anahi: Passar vergonha quando ele fizer escândalo no mercado porque quer um doce...

Dulce (chorando ainda mais): Brigada, viu... Vocês sim sabem como levantar o ânimo de alguém.

Anahi: Ah, não precisa agradecer.

Maite deu um pedala em Annie, que fez cara de quem não entendeu.

Dulce: Meninas, eu preciso ficar sozinha. Por favor.

Maite: Vamos, Annie. Qualquer coisa é só chamar.

Dulce assentiu, de costas pra Annie e May.

Dul se deitou na cama chorando muito. Teria que enfrentar os pais, Pedro, e ainda Ucker. Mas ainda o pior seria enfrentar Ucker. E se ele não aceitasse? Se ele pedisse pra ela tirar o bebê? Mas por outro lado ele poderia aceitar numa boa, e quem sabe até ficar feliz com a idéia de ser pai.

Eram muitas idéias na cabeça de Dulce. Por um momento pensava algo bom, mas em outro pensava em algo ruim.

E ainda teria que encarar o desafio de ser mãe. Uma coisa que planejava pra depois dos trinta anos. Não conseguia se imaginar cuidando de uma "coisinha" totalmente dependente dela, e ainda por cima com 22 anos.

Dulce (secando suas lágrimas): Soube fazer Dulce? Vai saber assumir também. E hoje mesmo eu vou falar com o Ucker.

Dulce foi para o banheiro, lavou seu rosto. Saiu de seu quarto e bateu na porta de Ucker. Ele atendeu e sorriu ao vê-la.

Ucker: Dul, que bom que apareceu.

Dulce: Christopher, a gente precisa conversar.

Ucker (dando passagem): Hum (sorrindo maliciosamente) O que você conversar? (a abraça por trás)

Dulce: Ucker, eu não estou pra brincadeira. (se solta dele)

Ucker: Então veio fazer o que aqui?

Dulce (chorando): Então quer dizer que eu só venho aqui quando eu quero algo mais do que beijos?

Ucker: Eu nunca disse isso Dulce. O que você tem afinal? TPM não pode ser, porque você sempre fica mais irritada do que o normal.

Dulce (falando rápido): Você quer saber o que eu tenho? Então eu vou te contar. (seca suas lágrimas) Eu tô grávida Ucker! GRÁVIDA! Você vai ser pai, homem... Eu sei que você não vai querer assumir, e que vai pedir pra mim tirar. (falava sem parar) Mas eu, vou assumir essa criança, com ou sem você. E antes de mais nada, eu quero que fique sabendo que eu não preciso de você pra cuidar desse bebê, porque eu vou saber criá-lo muito bem. E ai de você se interferir nos meus ensinamentos...

Dulce falava que nem um gravador. Ucker já estava zonzo de tanto falatório, e começou a sorrir do jeito de Dulce.

Dulce: E agora você ri, né Ucker? Você ri seu canalha.

Dulce parte pra cima de Ucker, mas ele a segura.

Ucker: Dulce, chega! CHEGA! Você ficou louca? (ela começa a chorar) Dulce, não chora, amor. Fica calma e senta na minha cama. (ela senta ao lado dele) Respira fundo... (ela respira) ... e agora me conta. Você ficou grávida? (ela assente) Mas você tem certeza de que o filho é meu? (sorri)

Dulce (levantando da cama): Ah, seu idiota. Você tá insinuando o que? Que eu sou uma piranha, ou o que?

Ucker: Calma, Dul. Era brincadeira! (ela senta novamente e ele a abraça) Eu sei que o bebê é meu.

Dulce (mais calma): Não ficou bravo comigo?

Ucker: Claro que não! Se aconteceu, foi por culpa dos dois. Você não fez sozinha... (pausa) Você vai ser a mãe mais linda do mundo! (sorriu juntamente com ela)

Dulce (se soltando dele): Mas e o Pedro? Tá no contrato...

Ucker (passando as mãos na face dela): Eu sei, eu sei. Mas e daí? Aborto, nem pensar! A gente vai ter esse filho. Independente de banda, de contrato, de Pedro, de tudo.

Dulce sorri, aliviada pelas palavras do namorado e o abraça. Ele sorri também e retribui o abraço de Dulce.

Continua...