Fanfic: Cativa do Coração - Adaptada - TERMINADA

A centenas de quilômetros de distância, em um quarto de hotel nos Andes, Dulce Maria se levantava de um sono agitado. Algo tocara os lábios dela.
Com o coração disparado, a moça tocou a própria boca. Não havia nada ali. Dulce soltou uma risadinha. A brisa. Era isso. Apenas a brisa vinda da janela.
A moça trancara a porta, colocara uma cadeira embaixo da maçaneta, mas deixara a janela aberta. O quarto ficava no segundo andar. Era bastante seguro.
Um minuto se arrastou. Então, a jovem afastou as cobertas, foi até a janela, fechou-a e trancou-a. "Melhor", pensou. Mesmo assim, ainda levou mais de uma hora até que voltasse a dormir, retomando o sono agitado.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------Onde estava Dulce Maria Saviñón?
Teria fugido ou sido seqüestrada? Quando alguém se envolve com traficantes, brinca com fogo. E isso levava à pergunta seguinte.
Por que a moça teria concordado em contrabandear narcóticos? O dinheiro podia ser alto, porém, os riscos também eram. Principalmente da forma como a jovem agira. Ao usar o correio da embaixada, Dulce colocara em perigo não apenas a si mesma, mas também o noivo. Gandia tinha uma carreira brilhante no Exército.
Por que Dulce comprometeria o próprio futuro e o do noivo por algo tão arriscado? Chris tinha as perguntas. Agora, precisava das respostas que, algumas horas depois, começariam a aparecer aos poucos.
A casa de Gandia não apenas era cara, mas também bem guardada. Porém, isso não era incomum naquela parte do mundo. Um muro com arame farpado rodeava a casa. Um portão eletrônico. Um canil sugeria que, ao menos, um cão de guarda rondava a propriedade, provavelmente à noite.
Christopher se identificou ao portão e, então, entrou. O coronel o cumprimentou e, a pedido do ex-agente, o conduziu por salas elegantes.
— Dulce adorava essa casa — o coronel disse.
O relacionamento entre Gandia e a noiva não era normal. Não de acordo com os padrões de Christopher. Se uma mulher parecida com Dulce Maria fizesse parte da vida de Uckermann, o ex-agente teria passado as noites com a jovem em seus braços.
Não agiria como o coronel. Gandia e a noiva não dividiam o mesmo quarto. Os aposentos de ambos nem mesmo eram interligados. De fato, o da jovem ficava em uma parte da casa e o do coronel, em outra.
— Não dormem juntos?
— Não é da sua conta.
— Tudo é da minha conta agora. Vá se acostumando com isso, coronel.
— Dormíamos juntos, claro. Mas Dulce insistiu em ter o próprio quarto.
— Por quê? E, por favor, coronel, não desperdice meu tempo me dizendo que sua noiva queria privacidade.
— Dulce é boa em conseguir o que quer por meio do sexo.

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bjix da Naty