Fanfic: Understands My Weirdness | Tema: One Direction

POV Stephany

Duas semanas depois...

Estávamos no Starbucks, como sempre, Jonathan estava falando sobre o novo caso que ele recebeu, eu percebi então que ele não trabalhava só como guarda-costas.

Quatro dias depois que nos instalamos no apartamento o dinheiro estava começando a acabar, até porque o dólar é mais caro que o real. Ed começou a trabalhar numa lojinha de roupas de crianças aqui na rua e eu consegui um emprego de atendente no Starbucks. Legal né! Eu estava na minha pausa, trabalhava das 8 da manhã até às 6 da tarde de segunda a sexta-feira. Ed conseguiu um horário parecido com o meu para que passássemos um tempo juntas no fim de semana.

Lauren, a gerente, acena para mim dizendo o inicio do meu horário da tarde. Vejo então cinco garotos entrando e sentando na parte do café que eu atendia, fui em direção a eles.

- Olá – sorri – Qual será o pedido? – Quando o de olhos verdes olhou para mim a ficha caiu e fechei a cara – Ah, são vocês.

- Não sabia que tinha virado atendente – disse com um sorriso.

- Algumas pessoas precisam trabalhar, e no meu caso não é fazer barulho pra lá e pra cá – digo com um intuito de tirar aquele maldito sorriso com covinhas do rosto dele, mas isso só o aumentou – Vão querer o que? – perguntou perdendo a paciência.

- Um cupcake de chocolate e suco de laranja pra mim – ele diz sem tirar o sorriso do rosto e os olhos de mim.

- Um waffle e um expresso – diz o garoto com o topete.

- Sanduiche natural e café preto – o moreno com cílios postiços pede.

- Bolo de cenoura e um suco de uva – pede o cabeludo de olhos azuis.

- E eu quero um cheese burguer acompanhado de fritas, salada e uma Coca-Cola – acho que eu achei alguém que come mais que eu.

- Já trago – sorrio e vou para trás do balcão preparar o pedido.

- Garota, vejo que conheceu One Direction – diz Lauren sorrindo. Lauren é uma mulher de 46 anos, mas com seus cabelos loiros e corpo ela poderia ser uma modelo.

- Pois é – digo – Eles tem cara de bem animados – falo olhando a bagunça que eles estão fazendo com o sache de maionese e ketchup.

- Eles sempre foram assim – diz dando de ombros – Cassie atendia eles – Cassie era a garota que eu estou substituindo – Ela sabia de cor e salteado o pedido deles, mas ela se mudou então bola pra frente. Eles vêm muito por aqui, desde antes de se tornarem famosos. São bons meninos, você vai gostar deles. E percebo que você já chamou atenção de um deles, Harry especificamente – sorri e sai pra entregar o pedido para outra mesa.

Termino de preparar o pedido dos meninos e vou entregar para eles. Quando escuto um barulho de tiro e todo mundo se abaixa. Olha para fora e vejo que Jonathan não está mais aqui. As pessoas que antes conversavam foram para debaixo das mesas.

- TODO MUNDO PRO CHÃO – grita o homem. Ele estava encapuzado, não dava pra ver seu rosto, só seus olhos escuros. Eu me escondo atrás do balcão e olho para os meninos, os cinco não cabiam em baixo da mesa. Um deles ficou encostado na janela o mais longe possível do corredor e os outros no chão.

Olho para Harry e ele coloca o indicador na boca como se pedisse silencio. Eu estava muito assustada. Nem no Brasil presenciei uma cena dessas. O homem chegou perto de Lauren e mandou-a pegar todo o dinheiro no caixa. Aproveitei que ele estava de costas para mim e peguei a vassoura que estava perto de mim e fui silenciosamente por trás dele, ignorando os gestos desesperados de Harry.

Eu estava prestes a acertar a cabeça dele quando ele vira, tira a vassoura de minha mão tacando-a no chão em seguida me prendendo a ele de costas, com a arma voltada para minha cabeça.

- Nem pensar, Bonitinha – diz, ele estava com o outro braço ao redor me minha cintura – Seria um desperdício se eu atirasse em você.

- Mas você não vai – eu devia aprender a fechar a boca.

- E porque não? – pergunta divertido. E eu sorrio, um sorriso que fez Harry, que já estava com a cabeça pra fora do seu esconderijo, me olhar aterrorizado.

- Porque eu não vou deixar – ele estava prestes a dizer alguma coisa, quando eu nos troquei de lugar.

Peguei o braço em que segurava a arma e apontei para o chão bem na hora em que ele puxa o gatilho. Aproveito que meus pés estão livres e chuto a arma para longe dele. Ele tenta segurar meus braços deixando meus pulsos marcados, mas dou uma cotovelada no seu nariz que faz espirrar sangue. Eu o empurro em direção ao balcão, mas ele se equilibra e volta pra cima de mim. Eu dou uma rasteira antes que ele chegue perto, fazendo-o cair em cima de uma mesa. Esse cara parece que nunca apaga, mas foi só Harry ver que ele estava correndo pra cima de mim novamente e dar um nocaute que doeu até em mim, que ele apagou.

Lauren foi correndo chamar a polícia enquanto chorava de soluçar. A polícia não demorou 5 minutos e já estava entrando. Depois de eu conseguir acalmar Lauren, ela sai para conversar com os policias perto da viatura. Onde o cara já acordado estava com mais um policial.

- Você está bem? – uma voz rouca me chama atenção.

- Sim, eu estou – tento sorrir, mas acho que pareceu mais uma careta, porque ele vem e me abraça.

Por um segundo fico sem reação. Quando coloco os braços em volta dele, ele me aperta mais. Pode parecer estranho para duas pessoas que só se viram duas vezes, mas eu achei a coisa mais normal e mais certa do mundo. Eu tinha certeza que depois que eu o soltasse eu ia sentira falta de alguma coisa, mas seu perfume ia ficar em mim. Depois de alguns minutos nos soltamos e sorrimos um para o outro. Cara, que isso, eu to corando, meu Deus!

- Você ficou maluca? Onde aprendeu a lutar daquele jeito? – pergunta agora com os meninos a seu encalço.

- Comecei a lutar aos 12 – sorri e voltei meu olhar aos garotos – Estão todos bem?

- Sim – respondem juntos. Harry ia falar mais alguma coisa quando é interrompido por uma Lauren cabisbaixa.

- Stephany, querida, está tudo bem com você? – me abraça, parecia preocupada, era um abraço que eu achei bem materno.

- Está sim – sorrio para reconforta-la.

- Ótimo – e me abraça novamente. Ao nos separar ela avisa – Eu vou fechar a cafeteria por hoje. Vá pra sua casa e descanse.

- Você não quer ajuda pra arrumar? – o lugar tinha ficado uma bagunça, algumas coisas que deviam estar em cima das mesas estão no chão, o balcão também está uma zona.

- Não precisa, meu marido está vindo pra me ajudar com isso. Ele parecia preocupado quando eu liguei – sorriu sem jeito, acho melhor eu deixa-los sozinhos – Vá pra casa e fique por lá, qualquer coisa me ligue – ela parecia uma mãe preocupada.

- Tudo bem – digo – Só vou pegar minhas coisas – fui até a parte dos funcionários, peguei minha bolsa e deixei o avental da cafeteria no cabideiro. Quando voltei ela estava conversando com os garotos.

- Acho melhor eu ir. Tenho que mandar uma mensagem para Ed avisando que já estou saindo.

- Eu te acompanho – Harry se pronuncia.

- Não precisa, eu moro aqui na rua – tento fazê-lo mudar de ideia mas parecer que não deu muito certo.

- Eu faço questão – ele sorri e eu dou um sorrisinho envergonhado de volta. Lauren parecia o coringa com aquele sorrisão no rosto.

Harry fala para os meninos irem e que os encontrava mais tarde. Me despeço deles com um sorriso e vou em direção a porta com Harry logo atrás de mim. Andamos os 10 minutos até a portaria do meu apartamento em silencio, quando estamos quase chegando eu resolvo quebra-lo.

- Obrigada – ele levanta o olhar para mim – Por acertar o cara antes que ele viesse para cima de mim.

- Eu que agradeço – ele sorri – aquele cara poderia matar todos nós – nós rimos.

- Harry, era um assaltante. Não um serial killer – trocamos olhares e rimos mais uma vez – Chegamos – digo parando na frente da portaria.

- Então – diz colocando as duas mãos nos bolsos da frente da calça jeans – Sabádo temos uma festa, eu e os meninos queríamos saber se você e sua amiga gostariam de ir – diz com um sorriso que não tinha como negar.

- Claro, que horas? – pergunto.

- Estejam prontas ás oito, eu passo aqui pra levar vocês – diz ficando animado.

- Ok – digo – Então até depois – Stephany, você nunca ficou assim na frente de outro rapaz antes, diminui um pouco esse sorriso, parece que colocaram pimenta nos seus dentes!

- Até – diz dando um beijo no canto da minha boca e saindo. Fico observando seu jeito de andar por alguns segundo. Mãos nos bolsos da frente, cabeça erguida, ombros relaxados. Eu ainda estou sorrindo quando ele olha para trás e me vê o olhando igual uma boba. Ele anda alguns segundos de costas, sorrindo para mim e some na curva da esquina.