Fanfic: Dangerous
Passei a noite em claro. Revirei-me na cama durante horas. Abracei meu travesseiro desejando que fosse o Gabriel que estivesse ali. Eu tinha o desejo de telo comigo! Tinha desejo de abraça-lo, usa-lo, beija-lo, transforma-lo em alguém só meu.
Gabriel não parecia ser um homem ruim. Louis tinha razão, me apaixonei, mas ainda não é o bastante para deixar minha carreira de lado. Continuarei me vingando de quantos homens eu quiser, até que a minha conta no banco fique grande o bastante e satisfaça todos os meus prazeres.
Levantei da cama com olheiras gigantes. Meus olhos estavam inchados e o sono havia acabado de bater. Fui em direção à cozinha e quando passei pela sala de jantar vi uma mesa linda de café da manhã. Bolos e chocolates exalavam um cheiro delicioso. As frutas e sucos me davam água na boca.
- Bom dia Ms. Margareth! – Louis entrou na sala de jantar.
- Bom Dia! – falei ainda pasma com a mesa – Isso é o que?
- Seu café da manhã!
- Isso é um café da manhã? Parece mais um banquete Louis! Você é incrível!
Sentei-me na mesa morrendo de vontade de devorar tudo o que existia naquela mesa. Comi o melhor bolo da minha vida. Minha boca estava aguada só de olhar para uma torta holandesa.
- Você parece uma criança Ms. Margareth! – Louis me observava.
- Louis sente-se aqui! – eu puxei uma cadeira.
- Diga Ms. Margareth!
- Maggie! Me chame de Maggie! – Louis sentou-se ao meu lado – Eu nunca tive um café da manhã como este. Na verdade, nunca tomei café da manhã. Quando eu era criança, meus pais não tinham dinheiro o bastante para manter três filhos e muito menos para nos dar todos os privilégios que merecíamos! Entendeu porque pareço uma criança? Eu não tive infância!
- É triste ouvir isso Ms. Marga... Quero dizer, Maggie!
- É triste, mas nem eu, nem você temos culpa disso! E mais uma vez Louis, obrigado por estar me ajudando! – abracei-o e dei um beijo em sua bochecha caída.
Louis não parecia fazer muito contato com as pessoas. Ele foi capaz de estranhar meu abraço e estranhou mais ainda o meu beijo. Louis parecia meu avô. Aquela pele fininha, seu rosto idoso com seus cabelos grisalhos. Um senhor esbelto e alto. Louis me dava segurança. Me passava confiança.
- Maggie! Tenho uma vitima para você!
- Mais já Louis? – espantei-me.
- Bernardo Rizzo! Precisamos pagar a piscina da casa!
- Uma piscina? Iremos construir uma piscina?
- Sim Maggie! Já ouviu falar em conforto e lazer?
- Algumas vezes...
- Pois bem, Bernardo é um homem muito rico e jovem, já foi capaz de abusar de muitas garotas nos Estados Unidos e estará passando esta semana por Ibiza, em uma festa da alta sociedade... Essa é a sua chance!
- Ele abusou de muitas garotas? Ótimo! Já sei o que farei com ele. Este vai ser um dos meus melhores casos! – comecei a gargalhar.
Se existir algo que eu não tolero, é abuso! Depois de extremas pesquisas durante a tarde toda, vi que Bernardo Rizzo era filho de um dos homens mais ricos do mundo, ou seja, um garoto que se sentia poderoso e capaz de ter tudo o que queria nas mãos.
Moony Palace era o nome do hotel onde iria ser a festa. Desta vez, era necessário um traje social o bastante que mostrasse que o dinheiro estava do meu lado. Peruca preta de cabelos compridos e franja reta, lentes azuis, batom vermelho e um vestido preto de cetim, sapatos e bolsa prada. Louis alugou uma limusine para me levar até a festa. Não seria necessário buscar. Da festa eu já sairia com Bernardo na palma da minha mão.
Desci da limusine me sentindo poderosa. Respirei fundo e joguei meu cabelo para trás. Olhei para os lados e percebi que todos os homens olhavam para mim e se perguntavam quem era aquela bela mulher morena de olhos claros, enquanto as suas mulheres me invejavam e diziam que tudo não passava de plástica.
Entrei na festa e fui logo pegando uma taça de champanhe. Andei pelo salão a procura do meu alvo. Por enquanto, nada. Direcionei-me até o balcão e fiquei observando o movimento.
Tempo depois senti alguém ‘fungando’ no meu pescoço. Olhei para o individuo e percebi que não precisaria correr atrás do meu alvo, ele viria até mim. Bernardo estava ao meu lado, preste a me passar uma cantada chula.
- O que uma mulher tão bela faz sozinha neste balcão? – perguntou-me Bernardo.
- Espero um homem como você vir conversar comigo... – dei um sorriso de canto.
- Muito prazer, Bernardo! – ele pegou minha mão e beijou-a.
- Prazer, Mich!
- Incrível como seus olhos são lindos! – ele me admirava.
- Obrigada! – eu sorri, virei-me para o balcão e pedi uma tequila.
- Tequila em uma festa destas?
- Não existe hora nem lugar para tomar tequila! – exclamei.
- Você está certa! – ele pede uma tequila.
- Não pense que vai me conquistar copiando e aprovando minhas atitudes Bernardo!
- O que devo fazer para te conquistar? – ele mordeu minha orelha.
- Em primeiro lugar, tirar seus dentes da minha orelha! – ele se afastou rapidamente.
- Você não esta interessada em mim... Certo?
- Estou sim, mas o que seria da sua persistência se eu não fosse difícil? – eu mordi meu lábio.
- Você já provou para mim que é difícil o bastante! Agora venha comigo... – ele pegou na minha mão.
- Espere! Ainda não bebi minha tequila...
- Não beba ainda!
- Porque? Qual o problema?
- Duvido que você seja capaz de virar esse copo de tequila!
- O que ganho em troca se eu virar o copo? – olhei para ele e dei um sorriso maroto.
- Deixo você fazer tudo o que quiser comigo!
Eu virei o copo de tequila. Muito mais fácil do que eu pensava. Mal ele sabia que este ‘Deixo você fazer tudo o que quiser comigo’ iria lhe causar tantos problemas. Pobre Bernardo! Passamos o resto da festa juntos conversando. Ele iria apresentar algumas idéias para os convidados e logo após disso prometeu levar-me a um restaurante. Restaurante aquele que não era bem um restaurante.
Bernardo me levou para a sua mansão em uma Ferrari vermelha, capaz de ofuscar qualquer carro a sua volta. Sai da Ferrari desfilando pelo jardim de sua mansão, Bernardo veio logo atrás de mim e me abraçou por trás, mordendo meu pescoço. Ele estava louquinho para que eu fizesse o que eu quisesse com ele. Mal ele sabia que tudo isso não ia acabar bem.
Entramos na mansão e ele foi logo colocando uma música lenta para aumentar o clima. Foi até o bar e pegou uma tequila, e veio em minha direção.
- É toda sua! – ele sorriu.
- Obrigada, mas não quero a garrafa inteira! – peguei o copo que estava na mão dele e deixei a garrafa com ele.
- Já não agüenta mais tequila? – ele mordeu meus lábios.
- Não e você? Aguenta? – mordi meu lábio.
- Aguento, mas não quero tequila, quero você!
Bernardo jogou a garrafa de tequila no chão e me jogou no sofá, tirou seu paletó e sua camisa. Veio por cima de mim dando beijos no meu pescoço e indo até minha boca. Eu sentia nojo quando ele tocava meu corpo. Fui tirando meus sapatos enquanto ele passava as mãos nas minhas coxas subindo meu vestido. Peguei na nuca dele e mordi seu lábio. O nojo continuava. Subi por cima dele e o deixei deitado no sofá. Levantei meu vestido e o joguei para o lado. O nojo nunca me fizera ganhar tanto dinheiro!
Tirei o cinto dele e coloquei por trás da sua nuca, o puxei para perto de mim e o beijei. Bernardo já estava na palma da minha mão. Continuei puxando ele pela nuca até chegar em uma pilastra, tirei meu sutiã e peguei o cinto para amarrar as mãos dele e prende-las na pilastra.
Ele parecia gostar da brincadeira. Gritava ‘Quer brincar não é? Brinca comigo! Brinca!’. Ele pediu. O que mais eu poderia fazer? Coitadinho, ia sofrer tanto! Mandei ele esperar uns instantes enquanto eu me preparava, fui até minha bolsa e tirei uma faca. Até ele mostrando meu novo brinquedinho.
- O que vai fazer com isso? – ele perguntou espantado.
- Não sei... Estou pensando ainda! – me aproximei dele e passei a ponta da faca pelo seu abdômen.
- Não seja louca! Você não vai fazer o que eu estou pensando que vai, não é?
- O que você acha que eu vou fazer? – dei um sorriso sarcástico – Esqueceu o que você me disse hoje mais cedo?
- O que eu disse? – ele gritava.
- ‘Deixo você fazer tudo que quiser comigo’! Trato é trato!
- Não! Isso não foi um trato!
- E quando você abusou daquelas garotas? Foi um trato ou elas nem puderam escolher? – eu coloquei a faca encostada no pescoço dele.
- Que garotas? Eu não abusei de ninguém!
- Que mentira! – passei a faca dando o primeiro corte sobre a barriga dele.
- Maldita! – ele gritou.
- Diga-me Bernardo... Elas escolheram ou você abusou delas?
- Não abusei!
- Resposta errada... – passei a faca mais uma vez sobre a sua barriga.
- Chega!
- Você só tem mais uma chance... – eu olhei com cara de dó para ele – Elas escolheram, ou você abusou delas?
- Eu não abusei!
- Que peninha! Errou de novo ‘Beni’? Você não aprende não é? – enfiei a faca em seu braço, ele berrou de dor.
- Ta bom! Chega! Chega! Eu abusei sim das garotas, mas porque elas em algum momento se ofereceram para mim, elas não são santas!
- Muito menos você...
- Me tira daqui sua vaca!
- Que palavreado mais feio! Quer que eu te solte? Tudo bem! – agachei e peguei nos pés dele, fiz um corte em cada um dos pés na parte de trás, Bernardo não ia conseguir andar.
- Me solte sua vadia!
- Certo! – cortei meu sutiã no meio, e soltei suas mãos, me afastei rapidamente e subi as escadas da mansão.
Entrei no primeiro quarto que vi e comecei a procurar em todas as gavetas. Qualquer tipo de jóia, dinheiro, ou documentos serviriam para pagar todo o meu esforço. Encontrei algumas coisas, e fui seguindo a diante procurando nos outros quartos. Entrei um quarto que parecia ser o de Bernardo. Vasculhei gavetas cheias de revistas pornôs e fotos de algumas de suas vítimas. Peguei fotos para provas e arquivo pessoal.
Abri o armário e joguei todas as roupas no chão. Ali estava o incrível cofre. Sem pensar duas vezes fui rapidamente descobrindo o código e consegui abri-lo. Bolos de dinheiro e pedras preciosas existiam em enorme quantidade. Peguei uma bolsa que estava naquele armário e joguei tudo dentro dela. Em apenas alguns minutos eu devia ter arrecadado 200 mil dólares.
Desci as escadas com a bolsa e vi Bernardo jogado no chão e jorrando sangue, ligando para alguém. Corri e chutei o celular da mão dele. ‘Nem ouse tentar se vingar!’ gritei. Vesti meu vestido rapidamente e peguei a chave da Ferrari do seu bolso. ‘Adeus!’.
Sai pela porta da frente correndo em direção a Ferrari. Vi alguém chegando e se aproximando de mim. Tirei minha peruca e joguei para trás tentando acertar o individuo. Entrei na Ferrari e tranquei as portas. O homem batia nas janelas e gritava. Assustada, joguei a bolsa no banco de trás e liguei o carro, dei uma rápida olhada pela janela e percebi que eu conhecia aquele homem de algum lugar. Ele não me era estranho. Bati no vidro tentando espanta-lo e acelerei a Ferrari.
Corri o mais rápido que pude e senti a adrenalina sobre as minhas veias. Aquela sensação era extremamente intensa e gostosa. Dava-me prazer pelo o que eu estava fazendo. Com o tempo fui diminuindo a velocidade e lembrando do que eu havia feito.
A imagem do homem na janela me deixou assustada. Foi como se minha memória fotográfica tivesse tirado uma foto daquele homem. Aquele homem que não era qualquer homem. Era Gabriel! Era ele que estava batendo no vidro da janela! Não podia ser possível. Se ele conseguiu ver meu rosto eu estou completamente perdida.
Autor(a): priscilaneri
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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Passei a noite em claro. Revirei-me na cama durante horas. Abracei meu travesseiro desejando que Gabriel que estivesse ali. Não conseguia compreender qual era o meu problema nem qual o meu real sentimento por ele. Levantei de manhã com olheiras gigantescas e um humor horrível. Fu ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 2
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dheelhauptmann Postado em 14/02/2011 - 20:43:22
UAU!!! Muito legal.., diferente ela, ameei! Posta mais porfavoor ?
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ametrine Postado em 12/10/2009 - 06:49:02
eu gostei do seu estilo de contar as historias,parece ue a gente ta dentro dela,muito legal mesmo.
continua postando!