Fanfic: Heranças do Destino | Tema: Rebelde

Anny dirige seu carro na orla da praia de Salvador, ela se tornou uma moça linda, e aparenta ser uma pessoa boa, mais por dentro sua mente é cruel e cheia de maldades. Passou quatro anos na Europa, na mansão de seus pais em Paris, estudou artes e voltou para o Brasil cheia de planos. Chega a sua Mansão e seu Pai está na sala com sua mãe ao lado de Dulce.

Anny sorrindo: Nossa, não estou mais acostumada com esse Sol de Salvador!

Adelaide sorrindo: Mais é claro né querida, afinal Paris é tão fria!

Anny: Mais estava com saudades daqui mãe! O que vocês conversavam?

Emilio: Estou tentando convencer Dulce, a aceitar um carro, pelo menos para ir para a faculdade!

Dulce: Não Emílio, eu agradeço, mas eu adoro andar e ir com a minha motinha, ela é velha mais quebra um galho!

Emilio: Não queria que ficasse andando com essa mini moto capenga!

Adelaide: Aceite Dulce! É para o seu bem. E você é como se fosse da família, te vejo como uma filha, e Anny como uma irmã, deve aceitar.

Dulce: Prometo pensar no caso, bom, vou estudar no meu quarto com licença!

Dulce entra em seu quarto e vai até sua janela onde se sente bem, respira fundo e limpa as lagrimas que insistem em cair.

Dulce: Por que ás vezes sinto que não sou deste lugar?

Anny entra em seguida escutando o que Dulce falou.

Anny: Porque simplesmente não é Dulce!

Dulce: Anny!

Anny: Você é sobrinha da empregada, você não vê que meus pais fazem isso por dó?

Dulce: Você viu que não quero aceitar!

Anny: Mentira! Se não queria aceitar porque falou em pensar, e no jeito que falou da sua motoca! Você é lastimável Dulce! Escuta Dulce, pela última vez vou falar pra você, gostamos muito de você, mais se coloque um pouco no seu lugar, não se humilhe tanto, é só um toque.

Anny sai do quarto de Dulce debochando dela. Dulce sente uma raiva imensa e vontade de sair correndo atrás dela e falar toda a verdade, quando um vento forte abre e fecha a janela de seu quarto e seus cabelos ficam esvoaçantes sobre o vento que entra. Ela sente medo mais ao mesmo tempo é como se alguém a estivesse protegendo. Não entende o que acontece, e sai correndo para a cozinha até Naia.

Dulce: Nossa, coisa estranha!

Naia: O que foi? Tá avexada!

Dulce: Naia, eu senti uma fúria e vontade de falar tudo agora a pouco, foi aí que um vento forte assoprou na minha direção.

Naia: Menina tome cuidado, se você revelar tudo agora vai ser um grande estrago!

Dulce: Eu sei Naia! Chega, não quero mais falar sobre isso, vou até a casa da May.

Naia: Vai sim menina, afinal você estuda a semana inteira, tem que descansar e distrair a cabeça, e não ligue para as coisas que você ouve da Anny, nós duas conhecemos quem ela é de verdade.

Dulce: Lobo em pele de cordeiro! Estou indo, beijos!

Dulce sai correndo e vai até a casa da May sua melhor amiga. As duas vão até o mar e se banham nele.

Dulce: O mar me traz energia!

May: Pois é, e eu num to vendo!

As duas riem.

Dulce: As ondas me abraçam, aqui eu me sinto leve!

Então Dulce mergulha nas águas como uma sereia, e joga as águas pra cima brincando com o mar, até que May de repente olha e percebe que a amiga sumiu. Dulce está em baixo da água e olha para uma mulher muito linda de cabelos longos e pretos, olhos azuis que olham fixamente para Dulce a hipnotizando.

May: Dulce! Dulce! Acorda!

Dulce está na beira da praia e em volta algumas pessoas, ela acorda e cospe um pouco de água.

May: Graças a Nosso Senhor do Bonfim! Que susto mulher.

Dulce: Você à viu May?

May: Viu quem mulher?

Dulce: A mulher dentro do mar!

May: Dulce você está bem?

Dulce: Sim estou ótima!

May olhando para as pessoas que estão em volta: Ela está bem gente, obrigada!

Dulce se levanta e olha em direção ao mar.

Dulce: Eu vi May, eu vi, era uma mulher linda, cabelos longos e um olhar que me olhava fixamente como se me pedisse algo.

May: Tadinha, você se afogou e viu coisa Dul.

Dulce: Pode ser, é que parecia tão real!

May: Tem certeza que está tudo bem? Vamos embora?

Dulce: Tá tudo bem amiga, só me distraí com as ondas, as águas me deixam muito bem, quando estou em alguma cachoeira ou no mar me sinto como se algo estivesse comigo.

May: Ta, você está me assustando agora!

Dulce: Sabe May, as vezes queria saber de onde eu vim, me lembrar da onde meu pai me tirou, por mais que me esforce não consigo, lembro de uma senhora mais é tão difícil saber quem era, o rosto se torna tão apagado em minha memória!

May: Porque não pergunta para o seu pai?

Dulce: Não! Ele é muito ocupado e não posso ficar perguntando essas coisas pra ele, e nem tenho coragem, ele é bom comigo e tudo, mas prometi guardar o segredo que sou sua filha e farei isso, o respeito!

Enquanto isso no terreiro de Mãe Babá, ela tem uma visão de Dulce se afogando enquanto preparava alguns banhos com a ajuda das filhas de santo. Mãe Babá já estava com 90 anos e ainda era lúcida e forte. Mãe Babá olha para o altar Congar e diz:

Mãe Babá: O destino se aproxima, a hora está chegando!

Mãe Babá pediu para uma das filhas chamar Ucker, que agora está grande e é um dos tocadores de Atabaque do terreiro de Candomblé de Mãe Babá.

Ucker: Mandou me chamar mainha?

Mãe Babá: Sim meu filho! Venha comigo, eu vou lhe contar uma história!

Ucker: Claro!

Ucker ajuda Mãe Babá a se levantar da cadeira e ela o leva para dar umas voltas pelo terreiro que era grande, o chão era de terra batida, e seu teto feito com Palha da Costa, ficava no meio de um lugar humilde, porém com uma paisagem incrivelmente linda, muitas árvores e plantas, perto havia uma caída de cachoeira, era uma cidade pequena da Bahia e chamava-se Coqueiral dos Punhais.

Mãe Babá: Meu filho eu sinto que a hora está chegando, a hora de mudanças!

Ucker: Mudanças?

Enquanto isso na mansão, logo de tarde.

Adelaide: Quero todos à mesa hoje, preciso falar algo sério com a família, quero você também Dulce.

Dulce: Tudo bem!

No quarto de Anny, ela está com seu amigo gay Chris que é o único que escuta e sabe da verdadeira Anny.

Anny: Vê se eu posso Chris, agora tenho que jantar com minha família todos os dias!

Chris: Mais querida você queria o que? Se vai se passar por boazinha tem que convencer não é mesmo?

Anny rindo: Não estou me passando por boazinha, eu sou!

Chris: Assim como o Diabo é justo né amiga?

Anny: Vamos descer Chris, vamos ver o que a velhota da minha mãe vai querer falar!

Chris: Você me dá medo as vezes girl!

Anny: Ai esse seu inglês abaianado me dá embrulhos.

Chris: Só pra quem pode né! Oxente very good!

Na mesa de jantar todos estão reunidos até quando vai chegando próximo ao fim do jantar Adelaide se levanta.

Adelaide: Bom eu tenho uma notícia à todos vocês, há algum tempo venho notando algumas coisas, e preciso dividir com toda a família e amigos. Eu descobri algo muito importante que vai mudar a vida de todos nós!

Todos olham apreensivos.

CONTINUA...