Fanfic: Heranças do Destino | Tema: Rebelde

Ucker olha para Dulce com desprezo.

Ucker: Você já disse o que tinha que dizer, vou ficar longe!

Dulce: Não é nada disso! Posso te levar num lugar?

Ucker estranhando: Um lugar?

Dulce: Sim, vem comigo!

Dulce pega na mão de Ucker e os dois saem dali. Adelaide já está acordada, mas continua deitada olhando para o teto de seu quarto fixamente.

Emílio: Meu amor vou tirar férias do trabalho, então vamos viajar o que acha? Vamos para a casa de Paris, passamos um tempo lá e voltamos quando estivermos bem!

Adelaide: Tudo bem! Acho que será melhor.

Emílio: Vamos o mais rápido possível! Só preciso ajeitar algumas coisas na empresa!

Dulce leva Ucker até a cachoeira.

Dulce: É aqui que venho quando estou me sentindo triste, ou quando quero me sentir próxima de algo que não sei bem ainda o que é!

Ucker: É linda essa cachoeira, não tão linda quanto a que nós temos próxima ao terreiro.

Dulce: Ucker me conte mais sobre isso.

Ucker: Contarei o que sei! Mãe Babá disse que sua mãe era filha de Iemanjá, a Rainha do Mar, Oxum é a extensão de Iemanjá, sua mãe Alma era dedicada aos trabalhos do terreiro, mesmo trabalhando fora, quando ficou grávida de você parou de trabalhar, pois não tinha sido aceita pela família, no seu nascimento a própria mãe Oxum tirou você do ventre de sua mãe, claro manifestada no corpo de Mãe Babá que é de Oxum a Deusa das Cachoeiras e águas doces, possuidora de uma beleza e uma vaidade exuberante, com seu espelho na mão, encantadora de corações, meu orixá é meu pai Oxossi o Deus das Matas e dos animais se apaixonou por Oxum que se apaixonou por Oxossi.

Dulce: É tudo muito lindo, mas não sei se acredito, será que essa força realmente existe?

Ucker: Você não sente a força dos orixás Dulce, o destino que nos uniu até aqui? Dulce, vem comigo!

Dulce: Não posso Ucker! Mas prometo pensar, por enquanto é tudo tão confuso em minha cabeça. Não entende Ucker, não posso passar pelo meu pai, é ele quem me dá tudo, não quero ser rica que nem a Anny, só quero o amor dele como pai.

Ucker olha para os olhos de Dulce e passa a mão em seu rosto.

Ucker: Você é linda como Oxum!

Dulce olha para Ucker e senti uma linda atração. Os Dois se aproximam para um lindo beijo, os lábios se encostam.

Dulce: Não Ucker! (AFASTA UCKER) Desculpa Ucker!

Dulce sai correndo. No terreiro Mãe Babá coloca a mão no coração, parecendo sentir alguma dor. Anny chega de taxi num barzinho bem ralé, que fica na parte baixa da cidade de Salvador, óculos escuros, como se quisesse não ser vista.

Anny se sentando: Uma água, por favor! (PENSA) Ele sempre atrasado, cara incompetente.

Então alguém entra no barzinho, e Anny o olha.

Anny: Até que enfim você chegou!

É Poncho, neto de Dona Veta.

Anny: Como andam nossos planos? Precisamos ser rápidos!

Poncho: O Paulistinha já está vindo para Salvador!

Anny: Ótimo! Nada pode dar errado Poncho.

Poncho: Só quero minhas partes do nossa combinado depois, espero que tudo de certo!

Anny: E terá! Aos poucos vou tornar você um grande gerente da Cordel’s, basta nada sair dos controles. Depois vamos ver o que fazer com esse tal Paulistinha.

Dias depois...Dulce e Ucker estão bem mais próximos, os dois andam pela praia de noite.

Dulce: Ucker, eu andei conversando com o meu pai, e me parece que ele não pretende contar tão já que sou sua filha para Adelaide.

Ucker: Tudo tem seu tempo Dulce, preciso falar, Mãe Babá não está nada bem!

Dulce: O que aconteceu?

Ucker: Não sei, mas sinto falta de casa e do terreiro, queria muito voltar, mas fiz uma promessa que só sairia de Salvador com você.

Dulce respirando fundo: Ainda não sei, mas prometo dar uma resposta amanhã!

Ucker se aproxima de Dulce e lhe dá um forte beijo de amor. No dia seguinte Anny que está tomando banho de sol na beira da piscina, percebe Ucker trabalhando.

Anny simpática: Oi!

Ucker estranhando: Oi!

Anny: A gente já se falou uma vez né!

Ucker: Sim!

Anny: Ucker?

Ucker encabulado: Sim!

Anny: Oras não precisa ficar vermelho rapaz! Quer tomar um suco, não tem ninguém em casa, todo mundo hoje resolveu sair e me deixar sozinha... Ai você não fala nada não?

Ucker: Não obrigado! Estou terminando aqui, e preciso tirar algumas madeiras lá de trás que Naia pediu.

Anny se encostando mais em Ucker: Você é uma delícia sabia!

Ucker se afastando: Por favor!

Anny passando a mão no rapaz: Eu não sou bonita Ucker?

Ucker: Sim! Mas...

Anny silencia Ucker e o beija. De repente Dulce chega da faculdade e vê tudo, ela olha e sai correndo para seu quarto.

Ucker afasta Anny: Não garota, Oxente ta ficando maluca?

Anny: Vai dizer que não gostou?

Enquanto isso Dulce no seu quarto.

Dulce chorando: Traidor! Ele mentiu para mim!

Ucker entra no quarto.

Dulce: Sai daqui Ucker, eu nunca mais quero ver você! Você é um traidor, mentiroso, hipócrita!

Ucker: Eu não sou nada disso que você está dizendo Dulce.

Dulce: Como fui boba, acreditar num cara que acabei de conhecer, e quase fui caindo na sua lábia, já estava decidida em ir com você para ver essa Mãe Babá. Sabe quando eu vou Ucker? Nunca!

Ucker: Você não viu nada, está deduzindo as coisas erradas!

Dulce: Eu vi com os meus olhos!

Ucker: Foi tudo um mal entendido Dulce. (TENTA ABRAÇÁ-LA) Eu estou muito apaixonado por você Dul, como pode pensar que eu...

Dulce o empurrando: Mas eu nem um pouco por você, sai daqui, vai embora pra sua cidadezinha e pro seu lugarzinho da onde você veio, não quero saber de nada de você e nem do que você pratica, vá embora e suma da minha vida pra sempre!

Ucker olha magoado para ela e sai. Dulce chora. Ucker faz suas malas na casa de Dona Veta.

Dona Veta: Ucker, não vá embora ainda, tente ao menos conversar com ela.

Ucker: Me enganei quanto á Dulce Dona Veta, ela não pensa como eu, ela nem sabe a importância que é para mim estar aqui!

Dona Veta: Mas ela viu algo que não agradou ela Ucker, se coloque no lugar dela!

Ucker: Eu compreendi, mas ela não acreditou em mim, preferiu não me ouvir e mandou eu voltar de onde eu vim, é isso que vou fazer, amanhã vou lá falar com Naia e de lá mesmo vou pra Rodoviária, vou voltar para Coqueiral dos Punhais.

Poncho entrando debochando: Finalmente se tocou que aqui não é seu lugar não é?

Dona Veta: Poncho, largue de ser inconveniente.

Ucker: Realmente aqui não é meu lugar.

Poncho sai e seu telefone celular toca.

Poncho: Alô!.. Paulistinha, você já está em Salvador?... Ok!