Fanfic: Que o jogo... comece | Tema: Ação, Amizade, Aventura, Romance, Universo Alternativo
Jaqueline olhou para Bartholomew. Achava-o muito belo, mesmo depois de ter se tornado um velho ranzinza e pacato. Agora, via nos seus olhos o antigo brilho da juventude, brilho este que ela tinha certeza de ter também em seus olhos: a paixão. Ele estava vestindo um estranho conjunto de roupas: calças brancas; camisa marrom, sem manga; e uma espécie de sobretudo azul-marinho, que fazia ter-se a impressão que Bart era gordo e lento; os sapatos eram igualmente brancos, e pareciam ser os perfeitos tênis de atleta. Era estranho, e o próprio Bart ficou surpreso e até indignado com aquelas roupas.
– Não são roupas de Jedi! – Exclamara quando as vira.
Ela própria, apesar de classificada como Mago naquele estranho jogo do qual nada entendia, vestia-se como uma cantora colegial: minissaia azul; camiseta curta, que cobria apenas até seu umbigo; tênis no estilo “allstars” igualmente vermelho e com cadarços brancos, horrivelmente chamativos; também ganhara um par de brincos de ouro, incrivelmente detalhados e duas pulseiras de pérolas: uma negra e outra branca. Vestida daquele jeito, sentia-se uma adolescente completamente desesperada por atenção, mas Bartholomew havia gostado, então concluiu que não faria mal vestir-se assim.
– Vamos? – Perguntou Bart, sério. Ela lembrava-se muito daquele tom de voz. Ele estava preparado para tudo.
– E temos escolha? Vamos – Respondeu Jaque, oferecendo-lhe a mão direita, que ele prontamente pegou. Bartholomew abriu a porta daquela cabana pela primeira vez, era por volta de meio dia.
– Incrível – Bartholomew deixou escapar, completamente estupefato com o que estava vendo. Pelo mapa, sabiam que estavam no topo de uma montanha e que lá embaixo havia uma planície de gelo e uma floresta boreal, mas não imaginavam algo tão incrível. Do lado esquerdo, uma floresta de pinheiros congelada mas que parecia se tornar gradativamente mais quente conforme seguia para o norte. Do lado direito, uma planície completamente coberta de gelo da qual subia uma estranha névoa gelada.
– Dá pra ver a torre daqui! – Jaqueline exclamou, apontando para o norte, na linha onde os biomas se encontravam.
– É, mas é só um borrão – Observou Bartholomew, olhando pro norte – Não dá pra ver detalhes. Parece mais uma grande rocha cinza.
– E agora, pra onde vamos? Pra torre? – Perguntou Jaque, agarrando o braço esquerdo de Bart.
– Sim. Tenho certeza que alguém pensou nisso também. Portanto, temos aí a chance de descobrir mais sobre essa maluquice e de eliminar um dos inimigos. Mas mais importante agora: por que não estamos sentindo frio?
– Você sempre foi muito lento Bart – Disse Jaqueline, mostrando-lhe a língua sem soltar seu braço – Eu lancei uma magia de aquecimento ao nosso redor.
– E você adora me provocar, sabia? – Bartholomew puxou-a num abraço apertado e sorriu quando ela corou. Passou a mão por seus cachos louros e olhou nos seus olhos – Já te falei que te amo, hoje?
– Não. Até achei estranho depois de transarmos duas vezes – Jaque não esperou Bart beijá-la. Fingiu ciúmes, deu-lhe as costas e começou a descer sozinha a trilha da montanha – Você não vem? – Parou, olhou para trás e perguntou a um sorridente Bart que a olhava como se na sua frente estivesse todo o ouro do mundo, e corou outra vez... ele havia vencido.
– Aonde você for eu vou – Disse, aproximando-se e oferecendo-lhe a mão esquerda.
...
– Mas não é mesmo uma montanha muito alta, não é? Na verdade, a impressão que estou tendo é que cada metro que andamos é como se na verdade andássemos dez – Observou Jaqueline, olhando para cima, tentando, sem sucesso, encontrar a bela cabana.
– E provavelmente é isso mesmo. A noção tempo-espaço que tínhamos na Terra, ou melhor, no nosso Universo, é provavelmente bem diferente da desse mundo – Bartholomew retomou a caminhada. Permaneceram caminhando em silêncio por cerca de vinte minutos, e já quase não podiam ver a montanha atrás deles quando Bart parou subitamente.
– Ouviu isso? – Perguntou, nervoso.
Jaqueline estava prestes a falar alguma coisa quando ouviu um estranho ruído, um animal desconhecido saltou sobre ela e antes que ela sequer pudesse reagir Bartholomew colocou-se à sua frente e ligou seu Sabre de Luz, perfurando exatamente o coração da besta.
– O que é isso? – Perguntou Jaqueline olhando para o animal morto à sua frente. Era marrom, rajado de branco e preto, parecia a mistura estranha de um urso anão e um cachorro bem gordo.
– É um carcaju. São animais incríveis, os carcajus. São fortes e corajosos, e muito protetores. Só não entendo por que atacar humanos... o que ele está protegendo?
– Poderiam ser filhotes? – Perguntou Jaqueline, apontando para uma árvore onde uma bola de pelos brancos se destacava na neve.
– Filhotes? Onde? – Bart seguiu para a árvore que Jaqueline apontara e viu três filhotes de carcaju: um branco como a neve, os olhos eram azuis brilhantes; o segundo, negro feito piche e os olhos vermelhos como fogo; o último, cinza escuro e olhos verdes, era rajado de branco e preto, como a mãe, e parecia ser o líder dos três. Jaqueline ajoelhou-se perto deles e eles aproximaram-se, em poucos segundos já estavam brincando com ela.
– Podemos ficar com eles? – Jaqueline perguntou, esperançosa.
– O quê?! – Gritou Bartholomew, mas logo que viu o olhar triste que Jaqueline lhe devolveu, recuou – Por que ficar com eles amor? São só animais, e já devem ser grandes o bastante para sobreviver sozinhos. Mais importante, temos que pegar a carne dessa carcaju.
– Do que você está falando, Bartholomew Roberts?! – Jaqueline gritou, segurando-se para não chorar – Você matou a mãe deles! Você tem responsabilidade!
– Se eu não tivesse feito isso você teria morrido, Jaqueline Roberts! – Quando ouviram isso, os filhotes afastaram-se um pouco de Jaqueline, pedindo desculpas, ela tinha certeza. Depois olharam sua mãe morta e foram até ela, tentando acordá-la.
– Então ela não é tão diferente de você, não é? – Jaqueline ficou em pé, olhando profundamente nos olhos de Bart, queria chegar à sua alma – Ela só queria protege-los, assim como você me protegeu.
– Tudo bem Jaque – Bartholomew suspirou – Vamos ficar com eles. Pensando bem, parecem mais um presente de Deus. Branco e Preto, são as cores das suas pulseiras, não é? Eu fico com o cinza.
Jaqueline não se importava mais, sorria como no dia que Bartholomew a pedira em casamento. Aquilo foi contagiante. Parecia fácil de mais, mas eles simplesmente não podiam brigar, viveram tempo de mais juntos para saber disso. Jaqueline abraçou-o profundamente, e enquanto aproveitava a proteção de seu abraço, olhou para os filhotes despedindo-se da mãe carcaju e suas pernas começaram a tremer.
– O que foi, Jaque? – Perguntou Bartholomew, preocupado.
– Pela primeira vez me dei conta do perigo que corri. Olha só aqueles dentes e aquelas garras. São pequenos mas são extremamente fortes. Podem matar um ser humano com facilidade.
– Aqueles filhotes não vão nos atacar, não se preocupe. E a mãe infelizmente está morta – Bartholomew apertou-a mais forte, e então ela sentiu nele um leve tremor. Arrependimento, entendeu imediatamente.
– E como vamos chamá-los? – Perguntou Jaque, curiosa.
– Não sei... que tal chamar a branquinha de Lunna? Acho que combina...
– Legal, gostei muito. E os outros dois? Acho que o cinza poderia se chamar Maximus, porque ele é o chefe. O que acha?
– Maximus soa muito bem, então agora só falta o Preto. Ele é macho, não é? – Bart abaixou-se e pegou o filhote preto que agora enroscava-se em sua perna e verificou seu sexo, era macho – Que tal Maxor? Vi esse nome na televisão quando era criança.
– Pequeno Maxor, então? – Disse Jaqueline tomando-o em suas mãos.
– Vamos querida? Estamos aqui já há algum tempo, e não sei se é seguro. Onde tem carcajus, tem ursos, e onde tem ursos, tem lobos.
– Tudo bem, vamos logo. Temos que estar em casa até o pôr-do-Sol, então é melhor nos apressarmos – Jaqueline colocou o filhote preto no chão e começou a andar, incrivelmente, apenas Maxor e Lunna seguiram-na. Maximus esperou Bartholomew esperar a andar.
– Sim, precisamos ser rápidos. Temos que ir até a torre e voltar para podermos retirar a carne desse carcaju, se ainda estiver aqui quando chegarmos.
– Não vai desistir disso não importa o que eu disse, não é? – Perguntou Jaqueline, ofendida.
– Você não desistiu de adotar os filhotes, desistiu? Então eu não vou desistir de levar a carne dela. Você sabe que não vamos receber suprimentos magicamente, então teremos que arranjá-los.
– Tudo bem, você tem razão. Espero que não seja ruim.
– Acho que não, é carne – Bart sorriu, sarcástico.
Para chegar à torre Bartholomew havia calculado que levaria cerca de uma hora a partir base da montanha. Quando encontraram os filhotes já haviam caminha por cerca de vinte minutos e percorrido uma distância de terra insana. Depois de cerca de meia hora andando no limite entre o bosque e as planícies avistaram a torre. Era imensa, ainda não dava para ver todos os detalhes mas ainda era incrível. Tudo que podia concluir é que havia centenas, não, milhares de janelas. Era alta, tão alta que não dava para distinguir o topo.
– Incrível – Exclamou Jaqueline, que olhava para todos os lados freneticamente – Pelo mapa eu imaginei que daqui nós poderíamos ver o outro bioma, o que fica à direita das Planícies de Gelo, a Grande Campina, mas parece que o espaço é realmente distorcido. A única coisa que vejo é o rio...
– Ouviu isso? – Perguntou Bartholomew.
– De novo? Se algum outro animal selvagem me atacar, eu – Jaqueline calou-se quando finalmente percebeu que duas pessoas estavam saindo da torre. Até os animais que brincavam ao seu redor aquietaram-se. Bartholomew puxou Jaqueline para dentro da floresta e esconderam-se atrás de uma enorme sequoia.
– Eu te disse que valia a pena vir até a torre, Rainha de Prata – Riu-se um homem com um estranho sotaque ítalo-francês, ao seu lado, um cavalo branco relinchou.
– É, e tem várias horas que estou te dizendo que deveríamos voltar pra casa e rever nossos planos, Usurpador – A voz era bonita e elegante – Você ouviu o que o cara da torre disse, o prêmio não é Lutar contra as forças de Satanás, é O que os vencedores quiserem. Além disso, acho que você está consciente que será libertado das amarras do Inferno se vencermos. Por isso, ao invés de termos ficado as últimas quatro horas naquela torre aguardando que algum inimigo viesse atrás de nós para que você com suas super habilidades de espadachim o derrotasse, deveríamos ter discutido planos de batalha. Por isso você perdeu a guerra, imbecil.
– Eu sou um Cavaleiro. Será que você não consegue enxergar o cavalo ao meu lado? – Perguntou o homem, irônico – E cuidado ao chamar os outros de imbecil, Majestade. Você e seu querido marido perderam o trono por essa sua presunção, por essa catinga de Rei que vocês tinham, e que você ainda tem. Se acham de outra estirpe de gente, acham que são mais humanos que o resto das pessoas quando é exatamente o contrário. Sim, eu sou mesmo um imbecil por ter salvo a França de gente como você, sou imbecil porque dei Igualdade, Fraternidade e Liberdade ao meu povo.
– Você contou tanto essa mentira, que agora convenceu-se a si mesmo de que é verdade? Desculpe-me, Napoleão, a única coisa da qual você salvou a França foi das Liberdade, Igualdade e Fraternidade – Disse a Rainha de Prata, com ar de desdém.
– Você tem certeza disso? Eu derrotei os inimigos da França, libertei os franceses da fome, da miséria, da opressão, do perjúrio, da injustiça, da ignorância. O que vocês fizeram pelo povo, me diz?
– Sim, mas você foi incapaz de libertá-los da guerra, não é? E não me lembro de ter sido tratada com igualdade e de ter recebido um pingo sequer de fraternidade. É muito bom quando você oferece seus dons apenas a quem você quer, e não os distribui igualmente – Napoleão parou subitamente.
– Estamos sendo seguidos – Gritou Napoleão, montando rapidamente em Bref, seu cavalo.
– O quê? Onde? – A Rainha de Prata assustou-se.
– Saia, com as mãos para cima! – Gritou Napoleão, sobre o cavalo, o florete em riste.
– Vamos Jaque, o inimigo nos descobriu, não há porque continuarmos escondidos – Bartholomew saiu com as mãos levantadas, seguido por Jaqueline e os três filhotes que achavam que tudo era uma brincadeira.
– Quem sois vós, jovem? – Perguntou o homem um pouco acima do peso, montado no cavalo. Vestia o antigo uniforme do exército francês, caso azul-marinho com botões de ouro que mostravam sua dignidade; calças brancas e sapatos de cano alto pretos; na cabeça, um chapéu de três pontas. Portava um florete: uma espada de taça comprida, fina e afiada; feita para ser rápida e precisa.
– Como nos percebeu? – Perguntou Jaqueline, confusa – Eu tenho usei uma magia de camuflagem.
– Vocês cheiram a Paris – disse Napoleão com um sorriso – Viveram lá por muitos anos, pelo que vejo.
– Então nos encontramos com Napoleão Bonaparte. Que tentou, sem sucesso, conquistar a Europa – Bartholomew esperava provocar Napoleão – E você deve ser Maria Antonieta: a Rainha Sem Cabeça... e Sem Trono também. Sua beleza supera os rumores, se me permite dizer – Jaqueline deu uma cotovelada em Bart.
– E você seria? – Perguntou Napoleão, ainda com o florete levantado, contudo, permitira Bart e Jaque abaixarem os braços.
– Eu sou Bartholomew de Orleans Roberts e esta é Jaqueline Blanc de Orleans Roberts. Mas você pode me chamar de Bartolomeu, o Terrível. Recebi este título do Imperador do Brasil após conquistar para ele a Eu-ro-pa.
– Então você conseguiu? E decidiu viver em Paris? Quantas pessoas decapitou no processo? – Perguntou Napoleão, olhando para Maria Antonieta, que ficou vermelha de raiva com seu comentário.
– Nenhuma, monsier. Foi uma guerra justa, portanto, todas as mortes foram justas.
– Bom, não faz mal. Esta guerra também é justa, portanto, sua morte também será justa! – Gritou Bonaparte espetando as esporas em Bref, que protestou com um relincho e galopou na direção de Bart.
– Jaqueline, cuide da Rainha! – Exclamou Bart, assustando o cavalo ao ligar seu Sabre de Luz – Napo é meu!
– Entendido – Jaque disse, estendendo a mão e fazendo aparecer à sua frente um caduceu negro mas brilhante. As duas cobras douradas cobras enroladas nele ganharam vida quando, pela primeira vez, magia percorreu-o e as asas agiotaram-se como que querendo voar. Jaque ficou surpresa mas logo teve que desviar de um ataque de neve vindo da direção de Maria Antonieta, que apesar de lindamente vestida, portava um rústico cajado de jacarandá, um druida. Jaqueline revidou criando uma esfera de pura magia da ponta de seu caduceu e disparando-a contra Maria, que não teve tempo de desviar e foi atingida no peito.
– Maria! – Gritou Napoleão de seu cavalo.
– Sua luta é comigo, imbecil – Bartholomew havia desviado da investida de Napoleão levando-o para longe de Jaqueline.
– Imbecil? Você tem coragem de chamar o Imperador da França de imbecil, garoto? – Napoleão investiu mais uma vez contra Bart, que estava em posição defensiva. O florete bateu ferozmente contra o Sabre de Luz mas, para a surpresa de Bart, não foi cortado ao meio. Napoleão então sacou uma pederneira e atirou contra Bartholomew enquanto virava o cavalo, mas ficou igualmente surpreso quando Bartholomew interrompeu o movimento da bala com seu Sabre. O chumbo caiu, derretendo a neve no chão.
Napoleão investiu novamente contra Bartholomew, que havia novamente tomado postura defensiva. Quando o cavalo aproximou-se, Bart, num salto rápido para a esquerda, penetrou a espada de luz na coxa traseira do animal, apenas para causa dor, queria-o vivo. Contudo, a dor foi demasiada forte e o cavalo empinou, jogando Napoleão no chão, depois correu alguns instantes em círculos e finalmente deitou-se no chão, ofegante.
– Vamos resolver isso como homens de verdade, Napo! – Desafiou Bartholomew, avançando ferozmente na direção de um Napoleão confuso. Ele realmente está empolgado, pensou Jaqueline.
A esfera de magia de Jaqueline destruiu a parte de cima do vestido de Maria Antonieta, revelando seus pequenos seios brancos, cujos mamilos rosados estavam duros devido ao frio intenso.
– Nada mal mesmo, Jaqueline – Disse a Rainha de Prata levantando-se. Seus cabelos prateados também estavam completamente embaraçados, e seus olhos púrpura transbordavam de um ódio animal que Jaqueline vira apenas uma vez, em Bart. Maria levantou o cajado e disse algumas palavras incompreensíveis para Jaqueline e na ponta dele surgiu uma bola de fogo que foi atirada contra Jaqueline. A bola foi crescendo conforme aproximava-se de Jaqueline e ela levantou um escudo rapidamente, o que evitou danos fatais mas queimou a parte direita de sua camisa, revelando seus seios. A Rainha soltou um pequeno sorriso de satisfação, que desapareceu ao ver que Jaqueline corresponderia seu ódio sem piedade.
– Que tal uma aliança, jovem? – Perguntou Napoleão, ofegante – Se nós dois nos aliarmos, podemos ir longe nessa guerra.
– Não diga besteiras, velhote – Bartholomew estava seguro que era melhor que Napoleão. Apesar de Napo ser ótimo na defesa era péssimo no ataque, enquanto Bartholomew era equilibrado e tinha ao seu favor a juventude. Podia continuar por horas, Napoleão, com sorte, duraria 15 minutos.
– Veja, nossas duas mulheres estão empatadas, e apesar de você ser melhor que eu, minha experiência em combate lhe seria útil – Disse Napoleão, aproveitando o tempo extra para descansar. Olhou para o lado e viu Maria Antonieta e Jaqueline Blanc trocarem golpes após golpes e pouco a pouco ficando nuas, de repente sentiu um estranho desejo de matar aquele homem e tomar sua mulher para si. Olhou para Bartholomew, que mal suara, novamente. Realmente não poderia vencê-lo, não numa luta justa – Vamos rapaz, vamos selar acordo, lhe ofereço minha hospitalidade. Depois que derrotarmos os outros inimigos, vamos ao coliseu da Torre e resolvemos isso, nós quatro, no mano a mano.
– Não vai rolar, Napo. Aquele anjo disse que o objetivo é eliminar os inimigos, assim que te eliminar, vai ser a vez da dondoca ali – Bartholomew estava observando a luta das duas com mais atenção agora. Achava excitante duas mulheres lutarem daquele jeito, e estavam realmente nuas agora. Por isso, desejou acabar logo com Napoleão e voltar com Jaqueline pra casa. Nunca havia pensando nisso quando era vivo na Terra, mas estavam num mundo completamente diferente agora, e aquela Maria Antonieta também era bem bonita. Atacou Napoleão novamente, desta vez, com nova injeção de vigor, movido por seus desejos de homem. Seu Sabre de Luz chocava-se ferozmente contra o florete de Napoleão, que permanecia na defensiva. O imperador mal podia se defender dos ataques e já havia perdido grande parte dos botões de seu casaco, do chapéu ele não sabia mais o paradeiro.
O sobretudo azul-marinho de Bartholomew esvoaçava-se violentamente enquanto ele movia-se. Napoleão o havia cortado em alguns lugares no início do combate, mas depois que Bartholomew começou a ataca-lo ferozmente o casaco o fazia ter a impressão de estar lutando contra três inimigos de uma vez. Ou meu inimigo é tão bom que parece três, perguntou-se Napoleão. De repente, sem saber como, estava sentado no chão, o florete fora de alcance.
– Alguma última palavra, meu Imperador? – Bartholomew apontada o Sabre de Luz para a testa de Napoleão, não havia escapatória. Jaqueline também estava prestes a derrotar Maria Antonieta quando a batalha terminou.
– Espere rapaz, me ouça. Você é bom, mas eu posso te ajudar, e você pode me ajudar, é uma troca justa. Minha vida está em suas mãos.
– Não há regras que permitam associações, sinto muito, Napoleão.
Napoleão estava prestes a dizer alguma coisa quando aquela mesma voz, firme, mas gentil; dura, mas suave; irrompeu do céu mais uma vez:
– O Altíssimo decidiu mudar as regras do jogo. Não lhe cabe perguntar o quê nem porquê, como já disse, apenas saibam disso: as regras são d’Ele e Ele muda-as se quiser. Eis a nova regra: Quando duas duplas entrarem em confronto, a dupla vencedora poderá fazer dos perdedores seus servos, se os perdedores concordarem – Gabriel fez uma pausa – O prêmio da dupla vencedora é O que quiserem. Claro que tem uma ou outra limitação, mas no geral isso quer dizer exatamente o que diz: quem vencer poderá pedir qualquer coisa e será atendido. No caso de haver uma dupla “dominante” e outra dupla de “servos” na equipe vencedora, aos servos serão ao menos garantido um prêmio de honra. Bom jogo a todos.
– O que você dizia sobre as regras? – Napoleão perguntou, ainda assim, estava tão nervoso que sujou as calças. Bartholomew sorriu, desligou seu Sabre de Luz, retirou o sobretudo e entregou-o a Jaqueline, que aproximara-se dele. Ofereceu a mão a Napoleão e sorriu – Você será meu Servo, Napoleão?
– Serei, meu Senhor – Disse Napoleão, aceitando a ajuda para se levantar.
– E você será minha serva, Maria Antonieta? – Bart e Jaque perguntaram juntos.
– Sim, meus senhores – Respondeu a bela rainha. Então, sobre se seio direito surgiu uma marca: um coração dentro de um círculo, que queria dizer que era uma serva. Na testa de Napoleão apareceu o mesmo símbolo.
– Napoleão! – Gritou Jaqueline, que notara o jeito como Bart estava olhando para a Rainha Nua.
– Sim, minha senhora! – Disse Napoleão, confuso por ter que chamar alguém de senhor,principalmente uma mulher e espantado pelo tom de sua voz – O que deseja?
– O que você está esperando para dar seu casaco para uma pobre dama nua à sua frente? Imbecil! – Ao redor dos quatro, Maximus, Lunna e Maxor corriam, emitindo roncos de alegria. Maria Antonieta dirigiu-se a Bref depois de receber o casaco de Napoleão e curou-o.
– Vamos para a nossa cabana, Napoleão. Por favor, nos siga – Disse Bartholomew, virando-se por Sul.
Autor(a): luxus_sharv
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).