Fanfic: You are the music in my destiny. | Tema: RBD, Anthem Lights, Uckerroni

Cap. 3 - I am a stranger in this world, just passing through

XXX: Você não sabe olhar pra frente garota?

Maite: Ai, me desculpa, deixa eu te ajudar – eu me abaixo, mas ele me interrompe.

XXX: Não precisa! Vá primeiro encontrar sua noção de direção! - falou exaltado.

Maite: Nossa, me desculpe por não ter prestado atenção, mas não precisa ser estúpido comigo!

XXX: Ah, vá a merda e desvie de mim se me ver!

Maite: Não precisava nem pedir. - ele levanta com os papéis bagunçados e o deixo pisando forte no chão.

Encontro o caminho da sala com muita raiva. Ele não poderia simplesmente se desviar ou me ajudar a achar a sala? To vendo que terei sérios problemas de adaptação se todos forem mal-educados como o garoto dos papéis.

Entro na sala e vejo Anahí sentada no meio da sala. Ela me vê e se levanta.

Anahí: Maaaaaaai! - ela me abraça. - Que bom tê-la em nossa sala! Posso te chamar assim?

Maite: Claro! Prefiro ser chamada assim.

Anahí: Ótimo. Venha, quero que conheça os outros integrantes da banda.

Ela me leva até o meio da sala onde estava com seus amigos. A ideia de participar de uma banda ainda me faz temer um pouco, por conta de Chad. Agora não é hora de me preocupar com isso.

Anahí: Mai, esse é Chris – ela aponta para um rapaz magro e loiro. - Essa é a Dulce, mas pode chamá-la de Dul. - aponta para uma ruiva de cabelos ondulados e compridos – E esse, acho que não te contei, mas estou namorando com ele.

Maite: Parabéns! - eu a abraço rapidamente. - Mas como ele se chama? - um rapaz de cabelos médios e cacheados se levanta e estende a mão para se cumprimentar.

XXX: Alfonso, mas pode me chamar de Poncho.

Maite: Prazer Poncho! - apertamos as mãos. - Anahí havia comentado que comprou um violão com meu irmão, né?

Poncho: Sim, comprei. - ele sorri – Ele foi muito atencioso comigo. Ele entende bastante de instrumentos né?

Maite: Meus pais... - uma dor em meu peito surge, mas tento me conter. - eles eram produtores musicais.

Anahí: Eram? Como assim? Eles saíram do ramo? - Anahí faz cara de dúvida.

Maite: Não. - tento não chorar, mas uma lágrima escorre do meu olho. - Eles estavam a caminho de organizar um show que mudaria a vida deles, mas... - não consigo continuar e solto um choro discreto.

Anahí: Ai meu Deus. - Anahí coloca as mãos em sua boca e Poncho coloca sua mão em meu ombro.

Poncho: Sinto muito. - ele suspira. - Pera, você é filha do Jones Graham e da senhora Graham?

Maite: Sim, eles são meus pais.

Poncho: Puts meu! - ele me abraça – Sinto muito mesmo! - ele me solta. - Eu era fãzasso do seu pais! Como eu não te conheci, você é a sua mãe mais nova.

Anahí: Ah Mai, sinto muito mesmo pelos seus pais. Por isso disse que dependia ou não do seu irmão aceitar a sua entrada na nossa banda?

Maite: Sim. Ele quem, teoricamente, manda em casa agora. - Dulce se aproxima.

Dulce: A menina mal chegou e vocês já a fazem chorar? Ignora eles... Como se chama?

Maite: Maite, mas fica tranquila. Eu apenas compartilhei com eles a dor de perder os pais.

Dulce: Ai meu Deus, sinto muito Mai. Posso te chamar assim?

Maite: Pode e obrigada pelo apoio de vocês. Logo no primeiro dia de aula já encontrei pessoas com quem contar. - nós rimos e Christian se aproxima.

Christian: E pode sempre contar...

Maite: Mai.

Christian: Então, sempre poderá contar com a gente Mai. Nós parecemos ser loucos, mas o que não falta é o amor de amigos. - eles se unem e me dão um abraço coletivo.

Dulce: A Any falou muito bem de você esses dias. Disse que canta bem né?

Maite: Era o que papai dizia quando eu dava ritmo as minha composições.

Poncho: Você deveria ter a melhor família do mundo né Mai? Galera, os pais dela são Jones Graham e Maite Graham. Aprendeu a cantar com os melhores. Você poderia dar uma palhinha pra gente né? - eu sorrio.

Maite: Eu não estou acostumada a cantar em público, acho melhor não.

Anahí: Ah vai, só um pedacinho de uma música? Pleeease? - o sinal toca e o professor entra.

Maite: Fica pra uma outra hora gente. - me sentei ao lado de Anahí.

Passou-se 10 minutos da aula de química, quando o garoto dos papéis entra como um furacão. O Professor Nicholas o barra com a mão.

Nicholas: Onde o senhor pensa que vai rapaz?

Garoto dos papéis: Ué, pro meu lugar! - ele dá um sorriso sarcástico. - Onde mais eu iria?

Nicholas: Se me responder mais uma vez, logo te mostrarei o seu destino, em vez do seu lugar na sala. - uma garota de cabelos longos e com uma péssima californiana loira se levanta.

XXX: Professor, deixa o Christopher se sentar e continue a aula logo!

Nicholas: Senhorita Natália, se não quer ter o mesmo destino que o senhor Uckermann, não se intrometa! – Natália se senta lentamente.

Anahí: Profs, não querendo me intrometer, mas já me intrometendo, - Anahí fala olhando para uma mecha de seu cabelo. - se o Ucker se atrasou, a culpa será toda dele se ele tirar um F na prova e não sua. Então, deixa ele tirar o F dele e continua logo com a aula? Daqui a pouco toca o sinal e você não nos ensinou nada e aí, todos nós tiraremos F na sua prova.

Nicholas: A senhorita Portilla tem razão. Vá, se senta senhor Uckermann, mas se sentará ao lado da senhorita Graham.

Em minha mente: Ah não, sério? Não poderia ser ao lado de outra pessoa? Vai dar merda isso.

Christopher: Aonde? Ao lado de quem?

Nicholas: Ao lado da senhorita Graham, aquela ao lado da senhorita Portilla. – ele me olha e franze o rosto.

Ele se direciona a fileira ao meu lado direito e se senta, socando todas as suas coisas no chão.

Nicholas: Falarei com o senhor Jerry e os professores para que esse seja o seu lugar definitivo. – Christopher bufa e assente. – Bom pessoal, continuando a aula... – Christopher se vira para mim.

Christopher: Se algo tiver fora do lugar em algum momento, saberei que foi você quem passou por aqui.

Maite: Vê se me erra garoto!

Não só a aula do senhor Nicholas como a de outros professores correram bem, mas ter a presença do Christopher ao meu lado me deixou totalmente desconfortável. Chegou a hora do intervalo e fiquei com Anahí e seus amigos.

Dulce: Eu vi sua troca de palavras com o Ucker. O que achou dele? – Dulce está sentada na minha gente colocando um pedaço de pão em sua boca.

Maite: O que eu achei dele? Ele é um estúpido, sem educação, um grosso! – cruzo os braços.

Christian: Nossa, nem conhece o garoto e já o julga assim?

Maite: Tenho os meus motivos para achar isso.

Anahí: Então nos diga porque tanta raiva do Ucker? – Anahí se senta entre eu e Poncho.

Maite: Eu esbarrei com ele no corredor antes da aula. Ele estava com muitos papeis e acabou derrubando tudo. Eu me ofereci para ajudá-lo, mas ele só soube me xingar.

Anahí: Eu ainda vou conversar com ele sobre isso, e também, sobre o fato dele não ficar com a gente.

Poncho: Amor, você sabe que ele não fica com a gente por causa da Natália.

Anahí: Daquela nojenta você quer dizer né? – nós rimos. – Quando amamos alguém, a pessoa tem que somar na vida da outra. Tem que conviver com os amigos dos dois e não o que a Najália está fazendo com o nosso Ucker.

Maite: Espera, ele é amigo de vocês?

Dulce: Sim, ele é da nossa banda também.

Anahí: Mas ele não é grosso conosco Mai. Ele é assim apenas na frente da Najália. Ele canta e toca muito bem, assim como você.

Dulce: Calma Any! A menina mal chegou na escola e você já quer arrastar ela para um cara comprometido?

Anahí: Não Dulce querida! Só estou tentando defender o Ucker! Esse Christopher aqui da escola não é o que conheço desde que me entendo por gente. Ele é uma pessoa que ama a música, é uma pessoa amável... - eu a interrompo

Maite: Ta, se ele é tudo isso que falou, por que ele não é mesma coisa com a namorada dele perto?

Christian: O Ucker ta com ela porque os pais deles trabalham juntos. O pai do Ucker não sonha que ele toca com a gente.

Poncho: E com a Natália namorando com ele, ela "consegue" deixá-lo afastado da música. O pior é que ela adorou a ideia.

Maite: Por que?

Anahí: Olha lá. - Anahí olha pro lado. - Ela não desgruda dele! Ela é obcecada por ele. - eu olho para o lado e vejo Natália sentada ao lado de Christopher abraçada ao pescoço dele. Ok, isso é nojento.

Maite: Mas por que o pai dele não deixa seguir carreira?

Dulce: Ta aí uma coisa que eu não entendo. O pai dele é o maior produtor musical de Nashville e não dá uma oportunidade pro filho.

Anahí: Há coisas que os pais não deixam por puro capricho... Seus pais não deixavam você fazer alguma coisa Mai?

Maite: Meus pais... Não me recordo deles não me deixarem eu fazer algo. Eles sempre apoiaram a mim e ao meu irmão correr atrás dos nossos sonhos, independente do que a vida nos destinou.

Christian: Uau, seus pais eram grandes filósofos. - nós rimos.

Maite: Nem tanto. Eles só pensavam dessa forma.

Poncho: Agora que estamos no intervalo, você bem que poderia cantar né?

Maite: Vocês não vão cansar até que eu cante né?

Todos: Não! - nós rimos.

Maite: Ok, então eu vou cantar.

Começo a cantar Run Away, tentando de algum modo lembrar das batidas que Joey faz no violão. Sim, todos estão gostando da música e eu fico feliz por isso. Me sinto cada vez mais em meu mundo. Terminando de cantar, todos me aplaudem.

Christian: Até que você canta bem hein garota!

Maite: Obrigada Chris! Obrigada gente. Me sinto até envergonhada. - nós rimos.

Poncho: Não precisa ficar assim! Está entre amigos.

Tocou o sinal e voltamos todos alegres, conversando sobre assuntos aleatórios, Poncho não desgruda de Any e posso ver a felicidade em seus olhos e a ternura de Poncho ao abraçá-la.

Ao entrar na sala, tenho um nojo imenso por ver Natália e Christopher se amassando, em cima da MINHA mesa!

Christian: Cara, querem se pegar desse jeito, se peguem em casa! Não somos obrigados a ver isso.

Christopher: O professor ainda não chegou, então eu posso.

Dulce: O seu bonequinho de plástico tarado para com isso? Você não ta na sua casa pra isso. E outra esse é o lugar da nossa amiga aqui. - Dulce apoia seu braço em mim.

Christopher: Amiga? - ele ri sarcasticamente. - Cuidado com ela viu? Se sua vida tiver uma bagunça ou só as suas coisas, a culpa é dela.

Maite: Garoto, qual é o seu problema comigo?

Christopher: Pelo simples fato de ter nascido, garota.

Natália: Vamos amorzinho, vamos voltar pro nosso lugar. - ela fala com uma voz tão enjoativa que me dá até nojo.

Christopher: Vamos. - ele passa pela Anahí sussurrando algo e ela assente.

Maite: Não sei se me intrometo, mas o que ele disse?

Anahí: Ele perguntou se teria ensaio e eu apenas confirmei. E olha, independente da briguinha de vocês eu quero que você vá ok?

Maite: Quando vai ser e aonde?

Anahí: Vai ser em casa, no sótão depois da aula. Vamos?

Maite: Melhor não Any. O Christopher vai estar lá e eu não quero atrapalhar o ensaio de vocês.

Anahí: Não vai atrapalhar. Essa semana você apenas assistirá, pra ir pegando o jeito. Aí depois eu te passo algumas músicas pra ensaiar e ensaiamos depois.

Maite: Tudo bem. Eu vou falar pro Chad que chegarei mais tarde em casa.