Fanfic: You are the music in my destiny. | Tema: RBD, Anthem Lights, Uckerroni

Cap. 4 - Te odio demasiado!

O professor entra na aula e ele se apresenta, dizendo que dará aulas de inglês. Passou o dia e trocaram as aulas com História e Biologia. Lógico que em todas as aulas o Christopher estava ao meu lado e essa ideia me incomoda até demais. Eu não tenho culpa dele aparecer com aqueles papeis e se esbarrar em mim.

Acabando a aula fui para o meu armário que, por coincidência, era ao lado do armário da Dulce. Estava organizando minhas coisas quando vejo Christopher mexendo em seu armário próximo ao meu. Ele me encarava de uma forma estranha. Não sei se era por raiva ou admiração. Não me importa, o que realmente importa é que eu não vou com a cara dele. Meu celular toca. Chad.

Maite: Oi Chad.

Chad: Oi maninha, como você ta? Como foi seu primeiro dia de aula? - Ele fala em um tom de criança e deboche, com certeza.

Maite: Como você é tonto. - nós rimos.

Chad: Ta parei. Você vai pra casa, vai comer fora ou já fez amigos suficientes e vai morar com eles? - eu rio.

Maite: Além de tonto é dramático? To bem de irmão. - ele ri. - Então Chad, acabei que não comentei, mas eu conheci uma garota que agora estuda comigo. Ela me chamou pra ir a casa dela, vamos passar a tarde lá. Posso?

Chad: Claro que pode Mai! Faça amigos! Mas quero que volte a hora que achar melhor. - eu rio. - O que foi?

Maite: Seus filhos adorarão você dizer isso a eles quando forem adolescentes. - ele ri.

Chad: Você é minha irmã, não minha filha. Tenho que ir agora, chegou uns clientes. Te amo pirralha.

Maite: Também brutamontes. - eu desligo e Any aparece com Poncho.

Anahí: E aí, falou com seu irmão-"pai"? - nós rimos.

Maite: Falei. Eu não digo pra todo mundo, mas... Ele é totalmente estranho. Posso ficar o tempo todo do ensaio com vocês. - Dulce dá pequenos pulos de alegria e me abraça.

Dulce: Ai que bom amiga! Você vai adorar a nossa banda. - ela me solta.

Anahí: Vai mesmo. Vamos gente? Christian vai esperar o Ucker se desgrudar da Najália.

Poncho: Mas antes, vamos naquela lanchonete perto da sua casa que é maravilhosa.

Anahí: Não bebê. Vamos comer em casa. A Martha sempre faz coisas gostosas pra gente.

Dulce: Ah Barbie, mas é tudo integral, saudável e blá blá blá. Vamos na lanchonete!

No final de tudo acabamos indo numa lanchonete perto da escola por sinal. Pedi uma lanche "leve" (comparado aos que tinham no cardápio) e um suco de laranja. Meu pai sempre dizia que não poderíamos comer muito para não prejudicar as cordas vocais. Logo em seguida Christian aparece com Christopher. Ele me encara com raiva.

Christopher: Você. - eu ignoro. - Gente, o que ela está fazendo aqui.

Dulce: Ela vai assistir alguns ensaios nossos Ucker. Algum problema?

Christopher: Todos! Ela vai atrapalhar o nosso ensaio da NOSSA banda.

Maite: Acho melhor eu ir embora. Eu venho um outro dia. - eu tento me levantar mas Any me puxa para me sentar.

Anahí: Não, você fica e Ucker, eu não sei o que a Mai fez pra você ou o que fez pra ela, mas isso tem que acabar. Ela vai assistir os ensaios dessa semana e você pode começar a tratá-la muito bem ela porque em alguns tempos ela se tornará a mais nova integrante da nossa banda.

Christopher: O QUE? Você ta de brincadeira comigo né Any?

Anahí: Não, eu não estou. Eu te conheço desde pequeno Ucker e você sabe que é EU quem decido quem vai entrar ou não na banda. - ele bufa e senta ao lado de Dulce e Christian ao meu lado.

Nossos lanches chegaram e o almoço ficou em um clima um pouco pesado. Uma hora essa briga fútil entre eu e Christopher tem que acabar.

Chegamos a casa de Any. É uma casa simples, mas bem aconchegante. Ela nos leva até o sótão que fica no subsolo. Lá é um ambiente lindo. Cheio de almofadas laranjas e vermelhas, com luzes estilo pisca-pisca de natal, os instrumentos se encontram no meio: bateria, guitarra, baixo, violão, teclado e 4 pedestais com os microfones. Poncho ligou todos os instrumentos e os microfones numa caixa de som grande que fica no canto do cômodo.

Anahí: Tudo pronto amor?

Poncho: Já podemos começar a tocar.

Christopher vai para a bateria, Dulce para o teclado, Poncho para guitarra, Christian para o baixo e Any pega o vioão e vai para o pedestal principal.

Eles fazem um cover de Katy Perry com Firework, em seguida tocam duas músicas em espanhol. O pouco que sei de espanhol aprendi com minha mãe. Ela tentou me ensinar e ensinar a Chad, mas não pegou muito em casa. No final todos falavam inglês.

Dulce: Mai, nós esquecemos de te avisar que nós somos filhos de imigrantes mexicanos. Talvez não entenda muito de espanhol. - eu sorrio.

Maite: Sei o básico de espanhol. Minha mãe era mexicana, mas como meu pai era americano então pegamos mais o costumes dele. - Christopher bufa.

Christian: O que foi cara?

Christopher: Nada. Vamos ensaiar mais ou ficar babando essa... pessoa.

Maite: Você está se referindo a mim?

Christopher: Tem alguma outra intrusa aqui? Acho que não.

Maite: Eu não fiz nada pra você meu! Me erra! Finja que eu não existo!

Christopher: Não, eu não vou fingir sabe por que? Porque eu não sei me adaptar com gente estranha no MEU ambiente!

Dulce: Gente, parem com isso!

Christopher: Não Dulce! - eu me levanto para enfrentá-lo e ele também se levanta e se aproxima de mim. - Vem cá, sua mãe, além de não ter te ensinado bem o espanhol que ela tem, ela também não te ensinou a ter educação? - dou uma bofetada tão forte em seu rosto que até minha mão arde.

Maite: Lava essa sua boca suja pra falar da minha mãe. - pego minhas coisas e Any vem atrás de mim.

Quando eu saio da casa de Any o céu já estava escuro e batia um vento gelado em meu corpo. Nisso que dá esquecer de levar blusa né Maite?

Lembro das coisas que Christopher disse a respeito de minha mãe. Ele não pode falar assim dela, ele nem a conheceu, não dei esse direito para falar assim comigo e muito menos falar assim da pessoa que eu mais amo nessa vida. Começo a caminhar.

Anahí: Mai! - ela começa a correr. - Mai, espera! - eu paro e a vejo se aproximar de mim. - Mai, perdoa o Ucker. Ele não é assim. - começa a escorrer uma lágrima em meu rosto.

Maite: Quem ele pensa que é Any? Ele não pode falar assim comigo e muito menos falar assim de minha mãe.

Anahí: Eu sei Mai, mas ele não sabe que seus pais não estão mais entre nós. Olha, o Poncho e o Chris estão conversando com ele. Vai ficar tudo bem Mai, vamos voltar?

Maite: Não Any, não quero olhar pra aquele idiota tão cedo, e também já está ficando tarde. - Christopher se aproxima.

Christopher: Er.. Maite né? - eu afirmo com a cabeça. - Bom, foi mal por hoje. Eu realmente não sou assim e também, não sei por qual motivo eu fui grosso com você na escola e agora... Sinto muito pelos seus pais, Poncho comentou que os perdeu recentemente e eu não deveria ter falado sobre sua mãe. Me desculpa?

Ele assumiu seu erro. Isso é bom. Eu não posso julgá-lo sem conhecê-lo de verdade.

Christopher: Para provar que eu não estou mentindo. - ele tira seu casaco e me entrega. - Por favor, aceita? - eu recuo. - Olha, eu realmente estava corrido hoje de manhã. Eu tinha composto uma música pra banda, tinha feito uma cópia pra todo mundo, inclusive pra você. Me perdoe. - eu sorrio, pego o seu casaco e me visto.

Maite: Então vamos começar do zero. Prazer, Maite Perroni Graham. - eu estendo a minha mão e também a estende, apertando-a.

Christopher: Prazer, Christopher von Uckermann, mas pode me chamar de Ucker.

Maite: Tudo bem, Ucker.

Voltamos para a casa de Any e lá eles tocaram mais duas músicas. Depois que eu e Ucker nos resolvemos o clima melhorou, até dancei com o ritmo das músicas que tocavam.

Ucker: Como todos já te viram cantar e eu não, que tal cantar pra nós Mai? - Ele sorri pra mim e eu retribuo o sorriso.

Maite: Pode ser. Alguém, além da Any, sabe tocar violão?

Ucker: Deixa que eu toco. Vai cantar uma canção própria ou vai cantar de alguém?

Maite: Queria cantar Say Something do A Great Big World. Sabe tocar?

Ucker: Claro! - ele se levanta do banquinho da bateria e pega o banco alto de Dulce para sentar e apoiar o violão.

Ucker começa a tocar e eu canto ao som que o violão emite. Todos estão ao meu redor com caras de emoção, choque ou qualquer outro tipo de sentimento. Fico feliz com todas essas reações. Ucker ainda toca, mas ele me admira, quer dizer, não sei. Ele me fita com um olhar mais terno, sorrindo para mim.

Terminando de cantar Martha, a empregada de Any, leva uns lanches integrais e sucos. Diferente do que Dulce e Poncho disse, os lanches de Martha são uma delícia. Depois ficamos mais algumas horas conversando sobre assuntos aleatórios, até que sinto meu celular vibrar.

"Disse que poderia voltar a hora que quisesse,

mas não passar a noite fora.

Vem logo.

Chad, o seu brutamontes loiro."

Maite: Gente, eu preciso ir, já está ficando tarde e meu irmão já me intimou para voltar.

Christian: Mas sabe voltar Mai?

Maite: Eu moro aqui perto Chris. Em frente a praça Bicentennial Fountains. São 10 minutos a pé.

Dulce: Perto mesmo.

Anahí: Se fosse mais longe eu falaria pra minha irmã te levar, mas ela não ta em casa hoje.

Poncho: Ela estava aqui e nem pra me falar amor?

Anahí: Ela passou o dia ontem aqui em casa, mas ela foi embora cedo. Minha sobrinha tinha aula hoje também e ela não queria que a Ana faltasse.

Maite: Achou melhor eu indo gente, daqui a pouco meu irmão me liga.

Ucker: Eu também tenho que ir e minha casa é caminho da sua. Posso te acompanhar? - ele sorri para mim e eu retribuo.

Dulce: Claro que pode. Né Mai?

Maite: Pode sim.

Eu me despeço de todos e Any nos leva a porta. Christopher me oferece de novo seu casaco e eu o aceito. Começamos nossa caminhada com o vento forte o suficiente pra congelar qualquer um.

Maite: Você não quer mesmo seu casaco? O vento ta muito forte. Vai ficar doente desse jeito. - ele solta uma breve risada.

Ucker: Fica tranquila. - ele coloca suas mãos nos bolsos de sua calça jeans, exibindo seus braços fortes. - Eu preciso lhe passar a imagem do Ucker verdadeiro, não do Christopher da escola.

Maite: Por que age assim? Na escola é totalmente estúpido e aqui, com seus verdadeiros amigos, você é tão...

Ucker: Lindo? - nós rimos.

Maite: Não, mas compreensivo, bondoso... Algo do gênero.

Ucker: Minha "namorada". Ela filha de um amigo de meu pai. Não sei se comentaram com você, mas meu pai é produtor musical. Como ele teve uma carreira baseada em momentos altos e baixos, ele não deseja que eu passe por esse mesmo problema em qualquer área da música.

Maite: Mas o que isso tem haver com o seu namoro com Natália?

Ucker: Esse namoro garante para o meu pai que eu não estou tocando ou cantando. A Natália não suporta meus amigos. Meu pai sabendo disso, ele forçou esse namoro. Aí foi juntando o útil ao agradável. Natália "me ama", eu ando com os amigos dela que, na prática, são filhos de amigos do meu pai e eu não fico, na teoria, no mundo da música.

Maite: Então você não ama a Natália? - ele ri.

Ucker: Claro que não. O que você viu na sala de aula foi apenas algo que ela forçou, e também pra mostrar para os amigos dela que "estamos bem".

Maite: Deve ser ruim estar com uma pessoa que não ama. E como aprendeu a tocar?

Ucker: Minha mãe, quando eu era criança, ela me matriculou na escola de música. Todos os instrumentos que nossa banda tem eu aprendi, um a cada ano. Mas e você. Soube que perdeu os pais. Sinto muito.

Maite: Obrigada. Diferente do seu pai, meu pai me incentivou a aprender a cantar e a tocar, pelo menos, um violão. Meus pais também eram produtores e tinham uma carreira bem promissora. Meu irmão Chad tem um grupo chamado Anthem Lights com 3 amigos então eu vivo no meio musical.

Ucker: Você já estava em Nashvile quando eles morreram?

Maite: Não, eu morava em Lesburg, passado um ano da morte deles eu e Chad decidimos vir pra Nashville. O primeiro ano sem eles foi bem difícil e como Chad tinha algumas economias guardadas então fizemos a minha transferência pra Good Way e compramos a casa.

Fui contando para Ucker sobre a morte de meus pais, disse que a polícia deu como um caso encerrado por falta de provas. Foi difícil lembrar de tudo isso, mas ao conversar com Ucker não sentia tanto receio em contar. Seu olhar encontra o meu, me dando apoio e entendendo uma dor que ele nunca sentiu. Acho que agora vamos nos dar bem.

Paramos na esquina, em frente a minha casa. Seu rosto está muito pálido e seus lábios estão roxos.

Maite: Bom, chegamos.

Ucker: Então está entregue. - eu tiro seu casaco e o devolvo.

Maite: Vista isso logo antes que eu me sinta culpada por te deixar doente. - nós rimos.

Ucker: Não se preocupe. É só eu tomar um banho bem quente e tomar um chá que fico bem.

Maite: Tudo bem. Se cuida hein?

Ucker: Me cuidarei sim. - dou um beijo em sua bochecha e volto a caminhar.

Atravesso a rua olhando para baixo e encolhida. Tudo parece em câmera lenta agora. Vejo um clarão vindo em minha direção e fica cada vez mais forte, eu me viro e um carro está vindo sobre mim. Droga.

Oi gente! Vim responder seus comentários e, na boa, fiquei muito feliz de ler! Obrigada por acompanharem a fanfic! Agora eu vou demorar alguns dias pra postar com essa questão de carnaval e também porque não terminei de escrever o próximo capítulo, mas assim que ele estiver pronto eu postarei pra vocês. Espero que continuem gostando!

Ah, antes que perguntem, a banda Anthem Lights é real! No meu blog eu tenho uma resenha que fiz deles.

Segue o link: http://horadegabrielar.blogspot.com.br/2014/11/resenha-anthen-lights.html

jaquelinerbdsempre: Sim eu tenho muito ódio dela na vida real então, mas muita coisa vai rolar ainda.

rayperroni: Obrigada flor! Olha, assim que der eu sempre estarei postando um capítulo.