Fanfic: You are the music in my destiny. | Tema: RBD, Anthem Lights, Uckerroni

A luz do carro fica cada vez mais forte, não dá tempo de atravessar para a calçada de casa, ele me pegaria do mesmo jeito e não dá para voltar pra traz. Estou ali, imóvel, com os olhos fechados até que sinto algo me pegar e me levar para a calçada de casa, sinto meu pé sendo torcido com o movimento. Meu corpo cai na calçada molhada e ao abrir os olhos, vejo Ucker em cima de mim. Nossos olhares se encontraram.  Eu me abraça ainda me olhando. 

Ucker: Você realmente não presta atenção né? - nós sorrimos. - Se machucou? 

Maite: Acho que torci o pé. - ele sai de cima de mim e se senta na calçada, segurando meus pés. 

Ucker: Em qual está doendo? 

Maite: No esquerdo. - ele começa a massagear, mas a dor é muito grande e dou um grito. 

Ucker: Vou te levar pro ambulatório aqui perto. Será que consegue andar? - ele se levanta e me ajuda a levantar. 

Maite: Acho que sim. - ele me segura pela cintura e me apoio em seus ombros. Tento colocar o pé no chão, mas a dor aumenta. - AI! 

Ucker: Calma. - ele me ergue para o seu colo. - Agora podemos chegar mais rápido. - escuto a porta abrir. Chad. 

Chad: Mas o que está acontecendo aqui? Quem é você rapaz? - Ucker se vira. 

Ucker: Oi, eu sou Christopher, um colega de classe da Mai. Ela torceu o pé quando a salvei do carro que ia atropelá-la. Eu ia levá-la para um ambulatório aqui perto. 

Maite: Ucker, me coloca no chão. - ele me coloca no chão e piso apenas com um pé. - Os meninos estão aí Chad? 

Chad: Estão Mai. Vou pedir o carro de Caleb emprestado e já vamos. Entrem. - Ucker me ajudou a entrar em casa e me deixou na sala com Joey e Alan. 

Joey: Eee Mai, sempre andando sem prestar atenção ao seu redor né? 

Maite: Eu sempre fui bem atenta Joey. Acidentes acontecem. - Caleb volta com Ucker e Chad. 

Caleb: Você poderia ter morrido Mai. Tem que prestar mais atenção. Christopher seu nome né? 

Ucker: Sim. - Caleb aperta a mão de Ucker e o abraça. 

Caleb: Obrigado viu cara? Obrigado por salvar a vida dela. Agora nós vamos levá-la pro ambulatório. 

Ucker: Qualquer coisa é só me avisarem. - vejo uma gota de sangue escorrer na mão de Ucker. 

Maite: Ucker, sua mão está sangrando! Você está bem? - Ele levanta a manda de seu casaco e repara na arranhões em seu punho. 

Ucker: Não é nada Mai, é só lavar e passar uma pomada. 

Maite: Não, você vai comigo pro ambulatório. Você me salvou. Quero cuidar de você como forma de agradecimento. 

Chad: Então vamos. Você leva a gente Caleb? Eu vou com a Mai atrás e você vai com o... Christopher na frente. 

Nós chegamos ao ambulatório e levaram Ucker e eu para a enfermagem. Enquanto eu esperava o médico sentada na maca, Ucker fazia seus curativos ao meu lado. 

Ucker: Desnecessário eu ter vindo aqui. 

Maite: Pare de reclamar, um dia você vai me agradecer por ter te trazido aqui. 

Ucker: Então espera sentada. - nós rimos e o médico se aproxima. 

Médico: Maite Perroni Graham é a senhorita? 

Maite: Sim. 

Médico: O que aconteceu com a senhorita? 

Ucker: Eu a salvei de um atropelamento e nisso ela torceu o pé. 

Maite: Valeu mesmo por contar tudo. - digo em tom de ironia e ele ri. 

Médico: Bom, eu vou fazer uns exames traumatológicos e fazer um raio-X no seu tornozelo. Vou buscar uma cadeira de rodas. Tem alguém que está te

acompanhando lá fora? 

Maite: Meu irmão Chad e Caleb. 

Médico: Vou chamá-los enquanto solicito uma cadeira. - o médico se afasta, me deixando sozinha com Ucker. 

Maite: Acho que eu não estaria viva se não estivesse por perto. - Ucker sorri. 

Ucker: Agora você me perdoa pela minha grosseria hoje com você? - eu sorrio. 

Maite: Depois de ter me salvado, não tem como não te perdoar. - Chad e Caleb se aproximam. 

Caleb: Como você tá Mai? Seu pé ainda está doendo? 

Maite: Eu to bem Call, fica tranquilo. - ele sorri pra mim. 

Chad: E seu braço Christopher? - Ucker olha para seu punho enfaixado. 

Ucker: Ah, era alguns arranhões. Acredito que foi na hora que eu e Mai caímos na calçada. 

Em seguida o médico chegou com a cadeira de rodas e fomos para a sala de raio-X. Fizemos o exame e em segui me levou para o centro traumatológico e fez mais alguns exames nos quais ele me garantiu que ficariam prontos enquanto ele analisava o raio-X. 

Voltamos para a enfermaria e os meninos estavam sentados. Caleb encostou a cabeça na maca e cochilou. Chad e Ucker estavam conversando naturalmente. 

Maite: Voltei gente! - Caleb acorda assustado, mas se acalma ao me ver. 

Médico: Eu vou verificar seu raio-X e já trago seus exames tramatológicos. - o médico se afasta. 

Chad: Você acha que quebrou o pé? 

Maite: Não, acho que não foi nada grave. Se eu colocar um gesso será por pouco tempo. 

Caleb: Christopher, está ficando tarde. Quer que eu te leve pra casa? 

Ucker: Eu moro aqui do lado e também quero sabe o que aconteceu com o pé dela. Foi a única coisa que eu não consegui salvar né? - eu e Ucker sorrimos. 

Maite: Eu to bem. - o médico se aproxima com o raio-X e uns papeis em mãos. 

Médico: Maite, seus exames traumatológicos estão todos normais, tirando o pé você está perfeitamente bem. 

Caleb: E o pé dela doutor? 

Médico: Ela teve uma pequena fratura no osso metatarsal do pé esquerdo. 

Chad: Que osso é esse doutor? 

Médico: Ele fica na parte lateral de fora do pé. Ele é um osso um pouco mais resistente do pé porque ele serve como sustento. Como a fratura foi leve, então eu vou imobilizá-lo com uma bota que doaram para o ambulatório. Eu vou buscá-la em um instante. Só um minuto. - o médico se afasta novamente. 

Caleb: Por que ele já não pegou? Esses médicos só sabem enrolar a gente. - Caleb diz inconformado. 

Maite: Calma Call. Daqui a pouco eu coloco essa bota e já vamos embora. 

Caleb: Desculpa Mai. Eu não disse isso porque estão com meu carro. Eu só quero ajudar e... Te tirar daqui logo. 

Chad: Só isso mesmo? 

Caleb: Claro mano. - o médico retorna segurando a bota em tons cinza escuro e preto. 

Médico: Maite, essa bota aqui é regulável e com ela você pode andar normalmente. Pode tirá-la para se lavar, mas não fique muito tempo sem ela. Em duas semanas você retorna para fazermos mais exames. - ele entrega um papel para Chad. - Eu receitei um comprimido, caso ela sinta muitas dor no pé. Eu vou colocar a bota nela e já estão liberados. 

O médico coloca a bota em mim com muita facilidade e logo já me levantei querendo andar como se não tivesse acontecido nada. 

Ucker: Deixa eu te ajudar Mai. Você não pode colocar seu peso por muito tempo no seu pé. 

Maite: Ucker, eu estou bem! Agora eu consigo andar. 

Ucker: Por favor, deixa eu te ajudar? - ele dá um sorriso com a intenção de me ajudar e eu retribuo o sorriso. 

Maite: Tudo bem, mas só até o carro. - ele assentiu. 

Chegamos até o carro de Caleb e Ucker me colocou dentro do carro com muito cuidado. O que Any e Dulce falaram dele mais cedo é realmente a verdade. O Ucker se mostrou atencioso, carinhos e super prestativo comigo. Acho que agora eu encontrei meu mundo e, mesmo que o Ucker se torne outra pessoa daqui algumas horas na escola, eu não me importo. Eu sei que o verdadeiro Christopher von Uckermann está ao meu lado, já salvou a minha vida, teoricamente, duas vezes e está cuidando de mim. Por mais amigos assim nessa vida, por favor! 

Caleb: Onde você mora Christopher? Nós vamos te levar. - Chad se senta no banco de passageiro na frente e Caleb está com a porta aberta, Ucker fecha minha porta e fica ao meu lado. 

Ucker: Eu moro aqui na esquina, não precisa me levar... 

Caleb: Caleb. 

Ucker: Isso. Não precisa me levar Caleb. - Caleb estende sua mão para Ucker, se cumprimentam e se abraçam. 

Caleb: Obrigado por ter salvo a vida dela Christopher. Ficaremos te devendo muito por essa. - eles se soltam. 

Ucker: Só fiz o que tinha que fazer. - ele se abaixa e se apoia na janela do carro. - Qualquer coisa me avisa ta bom? 

Maite: Como eu vou te avisar sendo que não tenho nem o número de seu celular. 

Ucker: Daqui uma hora se um número desconhecido te mandar um "oi" pode ter certeza que é o meu. - nós rimos.

Maite: Como vai conseguir meu número se eu posso te falar agora? 

Ucker: Vá pra casa e espera essa mensagem misteriosa. 

Maite: Ta bom. - ele sorri e beija minha testa. 

Chad: Vamos Caleb. Valeu viu Christopher por ter salvo minha irmã. 

Caleb acelerou o carro e deixou Ucker para trás, nos olhando com um sorriso no rosto. Fiquei  por alguns segundos passando a mão em minha testa pra sentir o beijo de Ucker nela. Por que ele fez isso? De manhã brigamos igual cão e gato, agora ele me trata tão diferente. Não entendo mais nada. 

Cheguei em casa e Caleb me ajudou a me levar pro meu quarto e me colocou sentada na cama. Caleb sempre cuidou de mim ainda com meus pais vivos. Quando eu brigava com meu irmão (que era quase sempre) Caleb brigava com Chad para me defender. Mamãe já disse que se um dia eu namorasse com Caleb, ela aprovaria com maior orgulho, mas se fosse outra pessoa que eu amasse muito, ela aceitaria do mesmo jeito. Quando eles faleceram, Caleb foi quem sempre esteve ao meu lado nas primeiras semanas. Devo muito a ele. 

Caleb: E aí, como você ta? - ele se senta ao meu lado com um olhar de admiração pra mim. 

Maite: Eu to bem Call. Foi só um susto. - nós sorrimos. 

Caleb: Foi um susto bem grande hein mocinha? - eu ri. 

Maite: Eu só fraturei um ossinho de nada Call. 

Caleb: Você poderia ter morrido. - ele acaricia minha bochecha. - Eu não sei o que teria sido de mim se isso aconte... - eu o interrompo, pondo meu dedo indicador em sua boca. 

Maite: Para com isso Call. Eu to aqui viva não estou? - eu solto sua boca e sorri assentindo. - Você não vai se livrar tão cedo de mim. Vou dar muito trabalho pra você ainda. - nós rimos discretamente. 

Caleb: Promete que não vai mais me assustar desse jeito? 

Maite: Não posso prometer algo que não sei se vou cumprir. - Caleb ri. 

Caleb: Ok. Bom, eu vou indo. Qualquer coisa me liga, a qualquer hora. Isso pode me prometer? - eu sorrio. 

Maite: `Til the day my life is through, this I promise you. - ele sorri. 

Caleb: Tchau minha pequena. Se cuida ta? - ele se levanta e me ajuda a levantar. 

Maite: Pode deixar Call. Obrigada por tudo. - eu o abraço. 

Ficamos abraçados por um bom tempo em silêncio. Ele acariciava minha costas e deixou sua cabeça apoiada ao meu ombro. 

Caleb: Preciso te confessar uma coisa que está escondida há muito tempo. 

Maite: O que? - ele me senta cama e se ajoelha. 

Caleb: Chad vai me matar, mas não me importo. - nós sorrimos. - Eu estou apaixonado por você. - ele suspira. - Quando você entrou naquela porta com aquele rapaz machucada, eu entrei em pânico. Não suporto a ideia ainda de que poderia ter morrido. 

Maite: Call, nós já falamos sobre isso. Eu estou viva! 

Caleb: Graças a Deus que está. Olha, eu não sou muito bom em expressar meus sentimentos, mas eu to fazendo de tudo para que entenda. - eu sorrio. 

Maite: Call, você é uma pessoa incrível. Canta bem, é charmoso, carinhoso, sempre disposto a ajudar quem precisa, mas eu nunca me apaixonei por alguém. Eu não sei o que é sentir isso. 

Caleb: Quando se está apaixonado, você só quer estar ao lado da pessoa, vê-la feliz ou fazê-la feliz, que é a melhor razão de se apaixonar. Eu não sei te explicar. - nós rimos. 

Maite: Eu quero e muito que seja feliz Call, mas eu te vejo só como amigo, meu melhor amigo. Não posso te garantir que isso mude porque o destino pode nos colocar em situações bem diferentes do que imaginamos. 

Caleb: Então vou esperar que o destino diga. Espero que seja algo bom para nós dois. - ele pega minha mão e a beija. - Eu tenho que ir. Qualquer coisa me liga ta bom? 

Maite: Pode deixar. - ele se apoia em minha cama e beija minha testa. 

Caleb deixa meu quarto e então começo a me preparar pra dormir. Mesmo com essa bota desconfortável eu consigo me movimentar. Sinto meu celular vibrar e o pego. Número desconhecido, Ucker. 

Em menos de uma hora consigo seu número. 

Talvez amanhã na escola eu seja mais grosso com você,  

te provocando com sua falta de cuidado, mas 

não se assuste. Lembre que 

eu salvei a sua vida, menos o seu pé, haha. 

Se cuida, 

Ucker. 

Depois de ler e reler algumas vezes a mensagem, decido responder. 

Sua sorte que eu passei meu número para Any, haha 

Ok, eu vou tentar ignorar suas provocações, mas evita de pegar sua 

"namorada" na minha mesa? 

Eu te devo por ter me salvado, muito obrigada. 

O pé é o de menos, daqui a pouco to tropeçando por ai, haha. 

Boa noite, 

Mai.