Fanfic: Merdaa...O astronauta vermelho desceu!*Versão Barken*

—Olha Ucker - Eu já estava há quase cinco minutos tentando convencê-lo que não poderia deixá-lo subir. - Eu não tenho o costume de receber homem comprometido em meu apartamento, muito menos um que eu já namorei.
—Eu não estou mais comprometido. - Respondeu ele.
—Ah, por favor! Eu sei que você está. Não precisa mentir. - Eu contra-ataquei.
—Você está falando da Karen?
—Meu Deus, Christopher. - Falei impressionada. - Você está nesse grau de “galhinhisse”, que precisa até falar o nome da mulher pra você saber de quem estou falando? - Perguntei pasma.
—Não, Anny. Eu perguntei por que se você está falando dela, saiba que já terminamos. -Terminaram? - No momento só quero e pretendo ter uma única mulher.
—Que bom pra você - Respondi enciumada. Quem seria a biscate? - Já que está tão apaixonado, por que não vai procurá-la?
—É isso que estou tentando.
Ele não disse isso que eu acho que ele disse, disse?
Fiquei sem voz. Ele queria dizer... Que... Queria voltar? 
—Vai me deixar subir ou não, Anny?
Sem saber o que falar, com as pernas bambas e a respiração agitada, apertei o botão, abrindo a porta da entrada do prédio. Era um sim, ele perceberia, não perceberia? Quando me dei conta de que ele estava subindo, indo para casa. Saí correndo para o banheiro. Parei em frente ao espelho. Meu Deus! Eu estava horrível. Tentei dar um jeito na “coisa”, mas a situação estava preta. Soltei meu cabelo, tentando arrumá-lo com as pontas dos dedos. Não funcionou. Eu ainda estava horrível. Passei um leve batom na boca, tinha ajudado um pouco, mas não diminuiu minha “feiúra”. A campainha tocou. Correndo abri a porta. O encarei. Ele estava lindo. Lindíssimo pra ser mais exata. Parecia ter voltado agora do hospital. Estava com uma calça preta social, camisa de gola branca, com alguns botões abertos, deixando em evidencia seu belo corpo, e o jaleco do hospital. Lindo, não há outra forma de descrevê-lo. Fiquei abobada mirando por longos segundos.
—Posso entrar? - Ele me perguntou sorrindo.
—Claro. - Falei saindo de sua frente.
Ele se sentou e eu logo ao seu lado.
—Bom... Por onde começamos? - Eu perguntei sem jeito.
—Anny, a Dulce me contou que quando você terminou comigo estava em um momento meio... Delicado. 
Dulce e sua boca grande. 
—E que por você não queria terminar comigo... Foi só uma decisão confusa e momentânea. Pela sua TPM.
Respirei fundo.
— É verdade, Anny? - Ele me perguntou.
—Uhum. - Foi a única coisa que consegui pronunciar.
Ele se aproximou, mais e mais e mais... Ele ficou com o corpo colado no meu. Passou os dedos pelo meu queixo, e segurou-o.
—Você aceitaria... Continuar de onde paramos? - Ele perguntou receoso.
Eu estava gelada, tremula, mas extremamente feliz. Balancei a cabeça, como uma criança quando ganha um doce. Ele passou a mão pela nuca e aproximou seus lábios dos meus. E me beijou. Ah, como foi bom sentir seus lábios, sua língua. Saber que iríamos voltar. Voltamos! Dá pra acreditar? Eu me sentia novamente como uma adolescente boba apaixonada. Ele foi me recostando no sofá até que eu ficasse deitada, fez tudo sem me deixar de beijar por um segundo. O clima estava esquentando... Bem... Eu não vou ficar aqui contando os detalhes que isso só diz respeito a mim e ao Ucker. E como posso explicar? Am... Quando a mão dele foi, subindo, subindo, subindo até demais ele passou em meus seios. Não pude fazer outra coisa a não ser empurrá-lo soltando um grito de dor. Meus seios doloridos! Como ele ousava tocá-los? Ele me olhou assustado.
—OLHA O QUE VOCÊ FEZ! —Gritei brava.
—O que eu fiz Anny? Nada do que já havia feito.
—Você me feriu profundamente, Ucker. - Choraminguei, com meus olhos enchendo de lágrimas, pela dor.
—Mas que diabos, Anny! Eu não fiz nada. Está de TPM de novo?
—O que você quer dizer com isso? - Me aproximei desconfiada. - Quer dizer que uma vez por mês me torno uma louca descontrolada? - Perguntei segurando sua gravata morrendo de raiva. - E que nesse momento estou agindo como tal?
—Na... Não, Anny. Claro que não. - Ele disse segurando minhas mãos. - Eu já vou indo. - Disse beijando meus lábios. - Am...Depois te ligo.
Eu o soltei.
—Acho bom me ligar, se não... - Fiz sinal de tesoura com a mão. - Aí sim você me verá descontrolada. - Sorri contemplando seu olhar amedrontado.
—Beijos, tchau. - Ele disse saindo.
Ai, ai, vida.
Minha ultima noite antes do trabalho. Droga, trabalhar em pleno domingo, tem coisas pior? Não sei por que, mas algo me diz que isso não dará muito certo. Não nessa semana.

Continua...