Fanfic: Merdaa...O astronauta vermelho desceu!*Versão Barken*

—O que vocês estão fazendo aqui?! - Perguntei, sem conseguir me conter. Era indelicado, mas nesse momento eu estava pouco me importando com educação, só queria saber que diabos eles faziam na porta da minha casa.
—Ora, minha netinha, estamos aqui para te desejar boas vindas por voltar a nossa família, mesmo que para nós nunca tenha saído. - Vovó respondeu com um sorriso de ponta a ponta.
Mas quem contou? O Christopher eu tinha certeza que não, ele sempre foi reservado demais para sair contando aos quatro ventos, principalmente a sua família (que ele garante ser a mais enxerida do mundo), sobre sua vida particular. Foi então que tive uma “luz” (com direito a lâmpada se acendendo sobre minha cabeça) ao ver Dulce ao fundo. Tinha sido ela! Quem mais contaria de algo tão “intimo”?
Aquela... Aquela... Aquela fofoqueira desalmada! Ela me paga. Ah, se me paga.
—Não vai nos deixar entrar? - Perguntou-me Dulce. Eu estava há segundos parada em frente à porta.
—Desculpa, entrem... Só estou um pouco surpresa. - Respondi fulminando Dulce com o olhar. Ao virar-me para o resto da família deixei que um sorriso amável se apoderasse da minha boca. Entrei dando espaço para que passassem. Por minha sala ser de pobre e extremamente pequena alguns tiveram que ficar de pé.
—Bom, mas e aí, como vocês descobriram? - Perguntei para puxar assunto, com um sorriso nos lábios. Eles estavam sendo amáveis, e só queriam me agradar (Embora neste momento eu preferisse que me odiasse. Não estava com ânimo para visitas.), não havia motivos para ser grosseira com minha “família postiça”.
—Um passarinho ruivo nos contou. - Respondeu o tio sorrindo, olhando fixamente para Dulce.
—Papai! - Ela repreendeu-o, batendo de leve em seu ombro.
Sim, tinha sido ela. Ela acabara de confirmar minhas suspeitas.
—Imaginei. - Afirmei, com um sorriso forçado nos lábios. Dulce fora longe demais dessa vez.
—Não vamos demorar, Anny. Imagino que deve ter planos para mais tarde, se bem conheço meu filho. - Falou sorrindo maliciosamente Dona Alexandra. Ela estava insinuando o que eu acho que estava insinuando?
—Olha o respeito Alexandra! - Vovó repreendeu-a brava. - A Anny não é dessas, não. - Muito bem, vovó. Defenda minha moral. - É obvio que ela vai se casar pura. - Bom, aí a senhora foi longe demais. Também não vamos exagerar na minha santidade. Eu até que pretendia, mas sabem como é, os planos não saíram do pensamento e quando eu vi... Puff... Já estava acontecendo. Como dizem por aí “era uma vez um hímen”. Culpa do Christopher, obvio. Mas isso não vem ao caso, tenho consciência de que fornicar antes do casamento me custou poucas e boas com Deus. Ele não simpatizou muito com a idéia, me dei conta ao ir no dia seguinte a igreja, e adivinhem? O pastor pregou sobre fornicar. Senti-me a pior das mulheres, mas tentei pensar que a culpa foi de quem me seduziu, se eu tivesse nascido um século atrás seria isso que meu pai afirmaria ao descobrir.
—Desculpe, querida. - Vermelha como um pimentão pediu-me Dona Alexandra. Respondi com um doce sorriso, que eu juro que, dessa vez, não foi forçado.
Conversa vai, conversa veio e pouco menos de uma hora depois a família se retirava com o pretexto de levar a vovó a uma sorveteria.
Obviamente obriguei a Dulce ficar mais um pouco para conversarmos, mas assumo que assim que todos os demais deixaram-nos a sós no apartamento, saí correndo voando em seu pescoço, literalmente. Ela chegou a ficar vermelha com um pimentão, e ao ver que mais um pouco matava a cidadã resolvi soltá-la. Ela me pediu desculpas, jurou que jamais faria de novo e foi embora.
Quando tudo passou e eu recuperei a calma e auto-controle, que Dulce me tirou com nossa, ou melhor, minha briga, liguei para o Ucker e relatei tudo. Tudo mesmo. Ele parecia estar bravíssimo no telefone e com aquela voz grossa e rouca, pela raiva, resmungou algo do tipo “Estou indo para aí”. Assim o fez.
—Tinha que ser a Dulce! - Ele reclamou se levantando, dando um leve soco na minha mesa velha de centro, mais um pouco ele a partia em dois.
—Não se preocupe, bebê. - Falei puxando-o para um beijo. - Temos coisas mais importantes a nos preocupar. Dela cuido eu. - Sorri.
Eu queria curtir meu namorado.
Ele logo me rodeou com seus braços, prendendo meu corpo junto ao seu, sugando meus lábios.
—Any! - Ele murmurou algo do tipo, mordendo de leve meu lábio inferior. Com os olhos fechados, ainda curtindo o momento, eu resmunguei um “Hum”, para que ele continuasse a falar. - Terça a noite, tenho um jantar de gala para ir. O dono do hospital faz questão que alguns médicos, como eu, esteja presente na festa de estréia da sede mexicana do grupo. Acho que ninguém melhor do que minha namorada para me acompanhar, não concorda?
Namorada? Festa de gala? Acompanhar?

Continua...