Fanfic: Merdaa...O astronauta vermelho desceu!*Versão Barken*
Eu estava me divertindo com toda a mordomia do apê do Ucker. Mas, como eu sou higiênica, tive que ir tomar meu banho. Obvio que fui tomar banho no banheiro de sua suíte, pois com certeza teria a melhor ducha de todo o prédio (Ele sempre fora viciado em tomar banho. Houve momentos que suspeitávamos que ele sofria de TOC, mas depois de uma conversa com a psicóloga, amiga dele, tiramos da cabeça essa idéia ridícula).
Quando eu estava cuidadosamente tirando minha calcinha, já preparada para jogar fora o absorvente transbordando sangue, me deparei com um absorvente totalmente limpo. Eu disse T-O-T-A-L-M-E-N-T-E L-I-M-P-O!
Entretanto, não pensem que eu pulei de alegria. Pra ser sincera eu respirei fundo tristonha, quase chorando. Eu sabia que havia chegado os últimos dias de menstruação. Ou seja, os piores dias de menstruação. Vou explicar o porquê.
Quando eu estou, em especial, nos últimos dois dias de menstruação tudo pode acontecer. A minha menstruação ela é muito sacana comigo. Ela finge que já chegou ao seu fim e que só retornará no próximo mês, mas isso é a mais pura mentira. Pois quando eu tiro o absorvente, minutos depois eu já estou toda suja de sangue de novo.
Não pensem que eu não caía naquela história de protetor diário não. Pois eu caia feito um patinho. Dês de quando aquela imitação de lenços umedecidos segura algo? É só cair uma gota de sangue que pronto. O negocio já está transbordando e te deixando toda suja. Mas dessa vez eu não cairia nessa. Usaria absorvente por um bom tempo, só por precaução.
Tomei meu banho animada, ali eu tinha certeza que sangue nenhum sairia, obvio. Quando chegou o momento de pôr a calcinha eu fiquei, digamos que... Meia sem graça. Bem, eu não tinha planejado dormir lá, então não preciso nem falar que não havia trazido outra calcinha, preciso?
Acho melhor pularmos esse detalhe meio nojento. Mas antes que me chamem de porca, deixo claro que eu arrumei um jeito nisso com uma velha técnica, também conhecida como “Usar-a-calcinha-por-avesso”. Não era a coisa mais higiênica do mundo, mas a mais higiênica para o momento.
Também não quero que me julguem mal, pensando que sou uma preguiçosa que não tem vergonha na cara, pois não vai procurar emprego e passa ainda o dia inteiro no apartamento do namorado dormindo em seus colchões macios e com seus belos e fofos travesseiros de penas de ganso. Pois acho todas essas declarações injustas. Muito injustas, pra dizer a verdade. Primeiro que eu não estou sem fazer nada. Claro que estou. Estou aqui deitada só para avaliar em que condições meu namorado vivi, uma causa nobre, como podem perceber. E o fato de eu ainda não ter ido procurar emprego e ter passado o dia inteiro dormindo... Ah, quer saber? Vocês me dêem um tempo. Pois trabalho dês dos meus 17 anos como uma louca e estou merecendo uns diazinhos de férias, que infelizmente não irei receber nada.
***
Eram quase cinco da tarde quando o Christopher chegou. Estranhei, pois o normal era ele chegar depois das sete da noite, mas com um sorriso lindo, me segurando pela cintura, ele me explicou:
—Cancelei algumas consultas, eu tinha um compromisso importante e inadiável hoje. - Olhei para ele sem compreender muito bem, levantando levemente as sobrancelhas. - Você era o meu compromisso. - Meu lindo bebê acrescentou.
Como qualquer mulher apaixonada em uma situação como essas, eu me derreti e me deixei levar pelos seus beijos, abraços, e carinhos. Assumo que por um momento (só por um momento) até havia me esquecido do meu propósito de elevar minha santidade e as condições que me encontro. Também não posso negar que eu já estava deitada na cama, com ele sobre mim, abrindo os botões da camisa. O Christopher realmente não leva a sério nada do que eu digo.
—Ucker... - Falei me esquivando de seus beijos e suas mãos. - Não. - Sim, ele não parava. Porém, se ele pensa que conseguiria me levar ao caminho da perdição, se enganou. A tentação era grande, grande mesmo, mas eu não iria fornicar.
E também, ser difícil tem seu valor... Eu acho. Pelo menos é isso que eu ouço mamãe afirmar dês que eu descobri o que era beijo na boca (ou seja, muito, muito, muito, muito mesmo, pequena).
Eu ultimamente ando dando muita “trela” por tudo que minha mãe diz. Até estou me estranhando. Jesus! Será que isso significa que estou envelhecendo? Ou pelo menos mentalmente ficando como uma velha?... Ah, eu só sei que meus pensamentos estavam perdendo o rumo com os beijos do Ucker.
Resolvi dar um fim aquilo tudo. Eu ainda não podia e, muito menos, deveria. Vocês sabem... Menstruação ainda não tinha ido embora completamente, e bem, a minha santidade, que eu estava tentando preservar o pouco que me restava. Viram? Eu sei ser forte. Quase uma muralha. Até Deus deve estar orgulhoso de mim, por resistir e por ter dito ao Ucker com um grande empurrão “Não!”.
Dessa vez ele não se zangou. Acho que compreendeu tudo. Por isso depois de recuperar o fôlego já estava agindo como se nada tivesse acontecido, ligando para uma pizzaria pedindo nosso jantar.
Toda mulher que já passou por algo parecido deve me entender, quando o absorvente está “transbordando” é desconfortável; mas quando ele está mais seco do que o deserto do Saara, se torna pior ainda. Então, fui ao banheiro, tirei o absorvente e voltei para cama me sentindo finalmente “livre”.
Dormi como um anjinho. Ta ok. Eu sei que um anjo jamais dormiria na cama do namorado, muito menos entre os braços do namorado. E pra começo de conversa, eles nem têm namorado, vocês sabem... Aquela história lá de não terem sexo... Mas voltando ao assunto, eu dormi muito bem.
Acordei ao mesmo tempo que o Ucker, uma surpresa para ambos, pois isso nunca havia acontecido.
—Hummmmmm. Pronta para o café da manhã? - Ele murmurou, se espreguiçando.
—Sim. - Respondi bocejando e correndo para o banheiro, apertada.
Eu falei que minha menstruação sempre apronta poucas e boas nos últimos dias? Pois ela conseguiu me fazer pagar o maior mico da minha vida. Eu estava toda suja de sangue. Eu manchei a camisa do Ucker de menstruação! Oh, meu Deus! E se a camisa está nesse estado... A cama dele... Deve estar... - Levei a mão à boca chocada demais para concluir o pensamento.
Quando eu estava procurando o melhor buraco para enfiar a cabeça e nunca mais sair de lá, a porta do banheiro abriu devagar. Era o Ucker.
Ruborizei de imediato.
—Desculpa. - Falei tentando esconder a mancha de sangue da camisa (Vale à pena acrescentar que a barra inteira da camisa estava suja).
—Sem problema, acontece. - Ele disse como se não fosse nada demais. Escovando os dentes. - Maria vai pensar que você é virgem. - Ele disse quando cuspiu a pasta no lavabo. -Quer dizer, que era até ontem.
—Por quê? - Perguntei sem entender.
—Tem uma mancha de sangue nos lençóis.
A minha vergonha duplicou.
Ah meu Deus, o que mais falta para me acontecer?
Continua...
Autor(a): Babi
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 5
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thaisabarken Postado em 13/02/2013 - 14:31:17
web perfeita quase chorei hahah parabéns!
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jbyrbd Postado em 24/02/2012 - 19:48:48
Olá carolsinhabelga, Seja bem-vinda a Merda... O astronauta vermelho desceu!*Versão Barken* Espero que goste, Beijos, Babi.
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carolsinhabelga Postado em 24/02/2012 - 10:03:17
Sou sua nova leitora achei bem legal sua web.
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jbyrbd Postado em 22/02/2012 - 15:55:50
Olá luiiseloiirinha22, Seja bem-vinda a Merda... O astronauta vermelho desceu!*Versão Barken* Espero que goste, Beijos, Babi
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luiiseloiirinha22 Postado em 22/02/2012 - 13:59:47
AMEII ;d Continua postando