Fanfic: Merdaa...O astronauta vermelho desceu!*Versão Barken*

A minha vida é uma caixa de surpresas desagradáveis. Dessa vez não foi diferente. Eu realmente ficaria feliz se por um único dia pudesse viver bem, feliz e sem me meter em confusão, mas como eu disse os meus sonhos estão longe de se tornarem realidade. Quer dizer, alguns até chegaram a se realizar, como por exemplo: voltar com o Ucker; mas em compensação há outros, que pelo amor de Deus, parecem que nunca vão acontecer. Como nunca mais menstruar, me casar, constituir uma família e arrumar um bom emprego.
Assumo que não é o melhor momento da minha vida, mas um dos melhores dos últimos tempos.

Depois de tomar um banho, arrumar algo para me vestir (uma camisa vermelha do Ucker, pois ele disse que caso repita o “acontecimento” eu não irei fazer grandes estragos).
Estávamos nos beijando a caminho da mesa para tomarmos o desjejum. Eu com sua camisa e sem chinelo, ele com um roupão azul. Era um dos poucos minutos que ainda teríamos para ficarmos juntos. Então decidimos aproveitar com longos beijos. Não me pergunte como, mas estávamos andando pelo apartamento nos beijando, eu andando de costas enquanto ele, sem olhar para onde me dirigia.
—Mas que pouca vergonha é essa? - Uma voz invadiu o ambiente. Uma voz que eu conhecia bem, mas quem seria?
Viramos-nos e vimos à avó do Christopher parada, com as mãos na cintura, enfurecida nos olhando.
—Bom dia vovó. - O Christopher a saudou, sem dar a mínima importância ao que sua avó estava reclamando. - O que a senhora faz aqui? - Ele perguntou beijando-a.
Ela me encarou dos pés a cabeça. Após olhou o Ucker, e com um semblante de assustada levou a mão à boca.
—Jesus! - Exclamou, esbugalhando os olhos. - Vocês... Estavam... Estavam...
—Não! - Praticamente gritei, defendendo minha moral. Não era justo eu levar a culpa de algo que, dessa vez, eu não tinha feito nada. - Não é nada do que a senhora está pensando.
—Não se preocupe, minha querida. - Ela cochichou para mim amorosa. - Eu sei que esse menino deve ter te seduzido. - E como seduziu. - Mas eu vou dar um jeito nele.
Atravessou a cozinha, até onde o Christopher estava e de novo pôs suas mãozinhas pequenininhas na cintura, bateu o pé esquerdo no chão, e marrenta, falou para ele:
—Espero que você assuma suas responsabilidades.
Ele irritantemente calmo, enquanto eu estava quase morrendo de vergonha e nervoso, mordendo uma maça, indiferente, respondeu à ela:
—Que responsabilidades?
—Ora... - Ela assoprou para cima, em um sinal de impaciência, revirando os olhos. - O casamento. O que mais haveria de ser?
—Casamento? - Ele pestanejou. - Que casamento?
—O seu com a Anny. - Ela olhou para mim, e pôs um sorriso e um brilho no olhar amoroso; porém, quando se virou para o Christopher o sorriso desapareceu e as mãos na cintura voltaram.
—Um dia, daqui a um bom tempo iremos nos casar. Não se preocupe, vovó. - Iremos? Oh, meu Deus! Obrigada.
—Daqui a um bom tempo, uma pinóia! - Berrou a anciã, utilizando uma linguagem que surpreendeu a todos no recinto (acho que até ela mesma). - Você já pensou se engravida essa moça, Christopher? A pobre Anny merece respeito, já que você tirou sua pureza. 
A pobre Anny? Pura? Uau, ela realmente criava um folclore sobre mim.
—Vovó, não aconteceu nada, juro! - Afirmei.
Ela, igualzinha a ele, pestanejou, e com cara de poucos amigos, dizendo:
—Finjo que acredito. Mas ai de vocês dois se meu bisneto vir antes do casamento. Eu mato você, Christopher. - Ela disse apontando para ele. - Por que ela estará carregando meu bisneto, e a criança não pode viver sem mãe, mas pai... Ele supera.
Juro, ela estava me dando medo. Como uma pessoinha de menos de um metro e meio, toda enrugada, nascida na idade da pedra, podia ser tão brava? 
—Vovó, quando a senhora menos imaginar estará tendo seu bisneto entre os braços, concebida no casamento. - Ele disse me olhando, jogando um sorriso perigosamente sexy. 
Como é a história? Isso quer dizer que haverá casamento a vista? Com direito a filho?
—Agora a senhora está mais feliz? - Pelo que estou captando da história... Meu futuro marido, falou.
Em compensação, a pessoa idosa respondeu com um sorriso de ponta a ponta, enquanto eu estava de queixo caído sem compreender nada que estava ao meu redor.
Isso era um "quase" pedido de casamento ou eu estou alucinando?

Continua...