Fanfic: Merdaa...O astronauta vermelho desceu!*Versão Barken*

Ele não estava sugerindo o que eu acho que estava sugerindo, ou estava? Olhei para sua cara perplexa e comecei a me perguntar quais narcóticos ele estava utilizando. O pai do meu filho era um drogado, ou um retardado, não havia outra explicação para ele me fazer tal proposta. Só sofrendo de algum distúrbio mental muito grave.

—Eu sei que a proposta é um pouco estranha. Mas eu só quero o melhor para você e para nosso filho, Anny. Lá, na capital, teremos mais recursos para o seu pré-natal... - Ele continuava falar ao me ver olhá-lo sem responder nada.

Eu ainda estava em estado de choque com sua proposta. Ele era um lunático, e dos piores. Como pode ter sido capaz de pensar que eu aceitaria sua proposta?

—Christopher. - Dulce o interrompeu brava. - Vovó me mandou dizer para você calar a boca. Ainda não percebeu que a Anny não vai aceitar essa história ridícula? - Ela arqueou uma sobrancelha, esperando a resposta do Christopher.

Ele olhou para mim, com aquela cara de cachorro sem dono que faria qualquer mulher se derreter, menos eu, pois nunca fui “chegada” em cachorros, e animais peludos.
Resolvi que já chegava daquele papo, eu não queria mais ouvi-lo. E nem iria perdoá-lo tão cedo (se é que algum dia eu o perdoaria).

Tirei sua mão de dentro da minha blusa, onde ele ainda estava me acariciando. O empurrei com um leve movimento, para poder me levantar do sofá sem encostar-me nele. Levantei-me, e fui em direção à porta. A abri e fiquei olhando para sua cara, na esperança de que ele entendesse o recado e fosse embora o mais rápido possível.

Ele parecia decepcionado. Triste. Muito triste. Meu coração estava quase se derretendo e eu pronta para perdoá-lo, mas então percebi que se o perdoasse tão rápido ele nunca aprenderia a lição, e viveria a me insultar sabendo que eu seria uma idi*ota que o perdoaria o mais depressa possível. Mas eu não era tão idi*ota assim. Um pouco eu até admito, mas não vamos exagerar. Eu tenho o meu orgulho.

Ele se levantou a contragosto, e parou em minha frente.

—Desculpa, mais uma vez. E, por favor, tudo que tiver a ver com o bebê ou com sua saúde me liga. Não importa a hora, o dia. Só quero saber como vocês dois estão. - Ele sorriu débil.

—Pode deixar Christopher. Eu te ligo. - Mamãe disse, ao perceber que eu não o faria.

—Obrigada. - Ele sorriu para ela.

—Tchau, Anny. - Ele beijou minhas bochechas, e depois de ajoelhou aos meus pés.
Isso seria um pedido de desculpa, e um volta comigo? Perguntei-me sonhadora. Mas infelizmente, ou felizmente, não era. Ele se ajoelhou para beijar minha barriga, e mais uma vez acariciá-la.

Levantou-se e foi embora. Fazendo-me ficar olhando para minha barriga sem acreditar em nada.

—Anny, querida, eu e mamãe já estamos indo para o hotel. Iremos embora amanhã à noite. Então nos vemos até amanhã. - Dona Alexandra informou-me. Fazendo-me virar para olhá-la. - Vocês também vão agora? - Perguntou para Chris, Dulce e Maite.

—Iremos ficar. Ainda queremos conversar sobre alguns assuntos com a Anny, tia. Pode ir. -Respondeu Dulce.

E depois das despedidas formais, os três ficaram aqui em casa, e pediram para conversarmos no meu quarto. Assim o fizemos, mas só começamos a conversar quando eu e May conseguimos nos deitar na minha cama, com o Chris sentado nela, e Dull na poltrona que ficava ao lado.

—E então? Como vocês passaram esses quase dois anos longe de mim? - Eu perguntei puxando assunto.

—Os melhores. - Maite riu, enquanto eu batia em seu braço. Ora, claro que deveriam ter sido horríveis, afinal eu devo fazer alguma falta, não é?

—Any, temos uma coisa importante pra te pedir. - Chris cortou todo o meu barato, quando falou essa frase arrepiante.

—E o que seria? - Perguntei desconfiada, arqueando uma sobrancelha.

—Bem... Nos... - Ele estava enrolando de mais. - Explica aí, Dulce! - Ele passou a bola da vez para ela.

—Eu? Por que eu? A May que explique! - A cada vez que um deles se negava a falar meu medo aumentava. O que estariam aprontando?

—Eu? Mas nos tínhamos combinado que seria você, Chris.

—Por favor, May. - Ele pediu fazendo biquinho.

—Tá. Eu falo. - Ela deitou-se de bruços para me olhar melhor. - Dul... Nós temos uma proposta para você. E não aceitamos não como resposta.

Opa! Agora eu tinha um motivo concreto para temer. Eles nem tinham falado o que era e já estavam dizendo como se tivesse certeza de que eu iria negar? Isso não estava me cheirando bem. Não estava mesmo.

O que seria?

CONTINUA...