Fanfic: Merdaa...O astronauta vermelho desceu!*Versão Barken*

Meia hora depois, eu já estava de volta na cozinha, fazendo círculos na mesa tentando pensar em algo que matasse essa vontade louca. As horas foram passando, passando, e eu ainda tentando fazer algo para diminuir, ou esquecer os churros, e como era delicioso comê-los.
—AAAAAAAAAAAAH! - Ouvi um grito histérico vindo da sala. Eu havia acordado Dulce de novo.
—Você ainda está acordada, Anahí? - Ela me repreendeu assim que me viu na cozinha.
—Não consigo dormir. Estou com desejo, Dull.
Ela revirou os olhos, dobrou os braços e depois de um tempo de reflexão disse:
—Vem comigo. Eu irei te arrumar churros. - Meus olhos brilharam de felicidade. - Pode vir de pijama, não há problema.
Saí de casa saltitando, quando eu estava indo em direção ao elevador, Dull me chamou:
—Hei, volta aqui. Tem churros na casa do Ucker.
—Sério? - Perguntei como uma criança atrás de um doce.
—Sério. Agora vem.
Ela tocou a campainha inúmeras vezes, impaciente.
Quando a porta abriu não foi o Christopher que vimos, e sim Fernanda, a minha prima. Ela estava de hobbie, com os cabelos desarrumados. Eles tinham... Tinham... Tinham...
Ah, meu Deus! Eu não acredito que eles tinham... Tinham...
—O idio*ta do Christopher está aí? - Perguntou Dulce brava.
Fernanda apenas balançou a cabeça e ela entrou me empurrando.
—Cadê ele? - Dulce, perguntou para Fernanda.
—Na cama. Está dor...
Antes que ela terminasse de falar, Dulce me puxou pelo braço e saiu me levando em direção a um cômodo.
Quando ela abriu a porta, e me jogou, literalmente, porta adentro percebi que se tratava do quarto do Christopher. Ele estava nu, me dei conta pelas roupas jogadas ao redor da cama, enquanto ele estava deitado dormindo um delicioso sono.
—Pode acordar! - Gritou Dull brava. - Acorda já, Christopher!
Quando ele começou a resmungar coisas inteligíveis, Dull puxou os lençóis que o cobria.
—Dulce! - Gritei ao contemplar a nudez dele. O grito foi só uma forma de disfarçar como eu gostava de vê-lo assim. Ele estava lindo. Com cabelos bagunçados, e com seu corpo esculpido por Deus a mostra.
Logo ele tampou o seu “amigo”, e levantou o rosto para ver quem o tinha acordado.
—Any?! - Ele perguntou, sem graça tentando se cobrir, ao se sentar na cama.
—Oi. - Eu estava ruborizando, podia adivinhar, pelo calor que sentia em minhas bochechas.
—Christopher, ela está com desejo de comer churros. - Informou-o Dull. - E você irá comprar.
—Mas são... - Ele parou e conferiu o horário no relógio ao lado da cama. - Quatro e meia da manhã. Tudo está fechado.
—O problema não é meu. Dês das uma e meia da manhã ela não consegue dormir e não me deixa dormir com essa droga de desejo. - Ela colocou as mãos na cintura brava. - O filho não é meu, não fui eu quem fez, e a mulher não é minha. Ela é sua! Você que se vire, Christopher.
Senti-me tão envergonhada que não fui capaz de outra coisa a não ser mentir que o desejo já havia passado.
—Não passou, não. - Dulce estava querendo me ferrar de vez. - Ela está mentido por estar envergonhada. Eu conheço você, Any, e ele também. Sabemos que quando você voltar para casa irá me encher o saco de novo. E eu já perdi quatro horas de sono com você. E amanhã irei trabalhar.

Senti-me chocada, pois eu não seria capaz de fazer tal coisa. - Ou pelo menos ela não precisava saber que eu faria exatamente isso.
—Você quer mesmo churros? - Ele perguntou me olhando, na esperança de que eu dissesse que não, mas eu apenas assenti balançando a cabeça.
—E só pra avisar: ela irá dormir essa noite aqui. Não irei abrir a porta para ninguém, eu preciso dormir.
Dulce estava brincando, não estava?
—Mas o quarto de hospedes está em reforma. Não tem onde ela dormir. - Pela primeira vez, desde que entramos no quarto, Fernanda falou algo.
—Ela dorme aqui, na cama dele. 
Dulce enlouqueceu?
Quando Fernanda abriu a boca para protestar, Dull acrescentou:
—Não será a primeira vez que um visita a cama do outro, querida. Quantos anos de experiência? Cerca de oito, se contarmos namoro, noivado, casamento, e a fase de separados. - Meu queixo foi ao chão, junto com o do Christopher, enquanto Fernanda estava vermelha. Eu não sabia se era de vergonha ou raiva, mas que ela não estava gostando nada, nada, dessa história estava evidente.
—Boa noite para vocês. Anahí, você só vai poder voltar para casa amanhã no almoço, quando eu voltar para casa do trabalho. - Dull dirigiu seu olhar para o Christopher e acrescentou: - Até lá cuide dela, Christopher. 
Quando ela estava para sair fui atrás dela.
—Não vou ficar aqui. - Murmurei, quando a puxei pelo braço em frente à porta de seu apartamento. - Eu juro que não encho o saco.
—Não, Any. Hoje você não vai dormir aqui.
—Está me expulsando? - Perguntei chocada.
—Não, apenas fazendo o que é melhor para você. Um dia me agradecerá por isso. Mas desista. Essa noite aqui em casa você não dorme.
E ela entrou em seu apartamento, me deixando boquiaberta, e imóvel de tão perplexa.
Dormir na casa do Chris?

CONTINUA...