Fanfics Brasil - 017 Merdaa...O astronauta vermelho desceu!*Versão Barken*

Fanfic: Merdaa...O astronauta vermelho desceu!*Versão Barken*


Capítulo: 017

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Fiquei tão surpresa, e ao mesmo tempo tão brava comigo mesma que não pude fazer outra coisa a não ser parar de mirá-lo como uma retardada apaixonada e entrar brava no apartamento, batendo a porta com toda a minha força (que não é muita, mas o suficiente para fazer um barulhão ao fechar a porta).
—Vocês não se esqueceram de um “ex” na frase, não? - Dulce perguntou entrando atrás de mim, com um sorrisinho escondido no rosto, mas seus olhos a delatava. Ela estava se divertindo com todo o desastre.
—Vai se ferrar, Dulce! - Gritei para ela, indo correndo para meu quarto, em busca de solidão e paz, mas desde quando isso faz parte da minha vida?
Sim, eu sei que vocês devem estar pensando: lá vem a Dulce torrar o saco, e sabe o que é mais surpreendente? É que acertou quem pensou isso.
Minha vida era uma merda. Uma grande merda.
—Any, telefone para você. - Ela estendeu o telefone em minha direção, enquanto eu falava com mímica labial “Diz que eu não estou, saí ou até mesmo morri”. - Sua mãe.
Meu estômago quase pulou para fora e meu esôfago começou a trabalhar para expulsar tudo que eu havia comido pela boca. Minha mãe? E pela cara de poucos amigos da Dull não era nada bom. Nada mesmo.
—Ela está chorando e parece brava. - Me informou, quase provocando um enfarte.
Traguei a saliva em seco. Chorando? Brava?
—Meu Deus! - Coloquei minhas mãos em minha testa em uma demonstração de nervosismo. —Você acha que ela... Ela... - Eu nem conseguia falar o que eu achava que fosse de tão nervosa.
—Acho que ela descobriu da Assembléia, Anny. - Dulce concluiu meu pensamento, ainda estendendo o telefone. - É melhor você atender. - acrescentou, ao ver que eu me afastava cada vez mais do telefone, em uma tentativa de defesa. Uma tentativa ridícula, mas uma tentativa.
—Ela está muito brava? - Perguntei como uma criança de cinco anos temendo a mãe.
—Nada diferente do que esperávamos.
 
Essa não era a resposta que eu queria ouvir.
—Atende, Anny. - Ela insistiu, e com um frio na barriga e com a boca seca pelo nervosismo, eu atendi ao telefone.
—Alô, mãe?
Não ouvi nada em resposta, apenas soluços escandalosos. Ela estava chorando. E era por minha causa.
—Mãe não fica assim. - Tentei acalmá-la.
—Assembléia. Uma filha minha em uma assembléia! - Ela chorava tanto que era de partir o coração.
—Mãe, nós já esperávamos por isso. - Argumentei. - E, mãe... O que está feito, feito está. Não posso fazer nada pra mudar o passado. - Tentei amenizar a situação, e pelos soluços da minha mãe, eu não estava tendo nenhum êxito. - E acho, pelo menos se eu estivesse no lugar do meu filho, que não importa como ele foi concebido, todos nós iremos amá-lo da mesma maneira. Não vamos?
O que eu estava falando? Pra ser sincera, eu não fazia a menor idéia e nem sabia se tinha algum sentido, mas eu estava com vontade de falar o que às vezes eu ficava pensando: “Será que o tratamento da minha família ao meu filho seria diferente pela forma que tudo aconteceu.” E sabe qual era a conclusão que eu chegava? A que eu não sabia. E teria que esperar para ver.
—Não é essa a questão, Any. - Mamãe parou de chorar, mas sua voz ainda estava melancólica. - É claro que eu vou amar meu neto da mesma maneira, mas... Ah, querida! Eu sempre pedi tanto a Deus que você fosse uma boa moça, certinha, e que não me fizesse essa...
—Vergonha. - Completei para ela, me sentindo deprimida. Mas porque tanta vergonha? Não sou eu que errei? Não sou eu que vou aparecer na frente de um trilhão de pessoas e assumir que eu aprontei? Não é comigo que Deus está bravo?
E alguém pode me explicar o porquê que é minha mãe que chora tanto?
—Eu me sinto fracassada, Any. - Mamãe como se pudesse ler meus pensamentos, respondeu. - Parece que as coisas que eu te ensinei não serviram para nada. Você será mãe e um dia entenderá o que eu estou falando. Sempre quis que minha filha tivesse um bom emprego, uma família estável para receber meu neto, mas olha como tudo está acontecendo.
—Você não fracassou. - Afirmei, sentindo um nó na garganta. - Se um dia eu for um terço da mãe que você é, sei que meu filho será bem criado e feliz.
—Ah, querida! - Ela voltou a soluçar, mas parecia ser um soluço diferente. Seu choro era por emoção. - Te amo, filha, e tudo que faço é para o seu bem.
—Eu sei disso, mãe. - Me surpreendi comigo mesma, pois eu
 realmente sabia. Ela fazia tudo pensando em mim. Ela era a mãe que eu moveria céus e terras para ser igual.
Meu filho não merecia menos.
—Amanhã é domingo, Any. Você já deve imaginar o que vai acontecer. Terá que conversar com o pastor, sobre tudo. - Ela após um largo suspiro, concluiu: - Se cuida, meu bebê.

Era amanhã. Era amanhã! ERA AMANHÃ!

CONTINUA...



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Autor(a): Babi

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • thaisabarken Postado em 13/02/2013 - 14:31:17

    web perfeita quase chorei hahah parabéns!

  • jbyrbd Postado em 24/02/2012 - 19:48:48

    Olá carolsinhabelga, Seja bem-vinda a Merda... O astronauta vermelho desceu!*Versão Barken* Espero que goste, Beijos, Babi.

  • carolsinhabelga Postado em 24/02/2012 - 10:03:17

    Sou sua nova leitora achei bem legal sua web.

  • jbyrbd Postado em 22/02/2012 - 15:55:50

    Olá luiiseloiirinha22, Seja bem-vinda a Merda... O astronauta vermelho desceu!*Versão Barken* Espero que goste, Beijos, Babi

  • luiiseloiirinha22 Postado em 22/02/2012 - 13:59:47

    AMEII ;d Continua postando


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