Fanfic: Merdaa...O astronauta vermelho desceu!*Versão Barken*
Ele passou o braço, de forma acolhedora, pela minha
cintura, dirigindo-me ao seu carro. Que... Ops... Era o carrão vermelho que eu tinha batido, quer dizer, que ele permitiu ser batido. Olhei ao redor. O trânsito estava imenso. Um engarrafamento daqueles, típicos de horário de rush.
Ele abriu a porta do carro da forma elegante de sempre.
—Entre. - Ele me pediu ainda com a mão ao redor da minha cintura.
Sorri. Ai, ai ô batida bendita! “Obrigada, meu Deus”, agradeci disfarçadamente piscando para o céu.
Entrei em seu carro. Não me pergunte marca, nome, modelo... O máximo que eu posso dizer é que ele é vermelho. Falar sobre carro nunca foi meu forte.
Ele parou, segurou no volante, respirou fundo. Parecia tão desconcertado quanto eu com essa estranha situação.
Ele olhou para mim. Deu um daqueles belos sorrisos, e disfarçadamente (mas não tão disfarçado a ponto de que eu não percebesse) me fitou dos pés a cabeça, sem deixar nem um lugar passar despercebido por seus olhos.
Eu estava desconcertada, sei que ele já me viu dos pés a cabeça várias vezes, e que por aqui nada é novidade (só uma cirurgia básica no nariz que fiz a pouco mais de um ano).
“Ah, pare de me olhar! Não repare no meu nariz, por favor! Não repare que eu estou com um nariz de diferente, amor, por favor. Eu garanto que foi só pela saúde!”, fiquei repreendendo-o em pensamentos. Ele tinha que parar! Não estou em um estado decente para ele me olhar assim.
Ele finalmente me olhou nos olhos. Sorriu.
—Quanto tempo. - Disse ele ligando o carro.
—Muito mesmo. - Eu não sabia quando seria o melhor momento pra dizer que naquele dia eu estava louca, que eu estava na TPM, que o amo, que ainda quero me casar com ele... Que... Que eu quero que ele seja novamente meu, só meu.
Um silêncio estranho, que nunca houve entre nós, surgiu. Estávamos há minutos sem falar um ‘a’.
—Não sabia que você tinha voltado. - Falei puxando assunto.
—Não? Achei que a Dulce tivesse comentado. Já faz mais de um mês que voltei.
COMO É QUE É?! Um mês?! E a Dulce não comentou nada?! O que aquela anta tem na cabeça? Ah, mas ela que me aguarde.
Em meu rosto o sorriso simpático saiu de cena, dando lugar a um rosto enfurecido.
—Com licença. - Pedi.
Tirei meu celular da bolsa, e disquei furiosa para Dulce. Com ela pôde não me contar?
—Any? - Ela atendeu.
—Dulce María, sabe com quem estou agora? - Falei tentando falar baixo para ele não me
ouvir. Sei que foi intrometido da minha parte, mas liguei seu rádio. Não queria que ele ouvisse minha conversa.
—Onde, Any?
—No carro do seu primo.
—Sério? Que legal!
—Legal?! COMO LEGAL?! COMO VOCÊ PÔDE NÃO TER ME CONTADO QUE ELE VOLTOU?! - Gritei no celular, descontrolada. Balançando a cabeça, deixando meu belo
cabelo que me deu tanto trabalho com a escova, todo bagunçado. Eu estava brava demais para conseguir dominar meu tom de voz e meus atos. Ucker me olhou de canto de olho assustado.
—Any, desculpa. Achei que você soubesse... —Argumentou Dulce.
—Não, eu não sabia. Você sabia como era importante pra mim. - Sem
mais nem menos, em uma comum oscilação de humor menstrual, meus olhos encheram de lágrimas. Um sentimento de impotência tomou conta de mim.
—Não acredito que você deixou de me contar, Dull. - Falei com a voz embargada. Desliguei o celular, antes que ela continuasse a falar. De repente ele parou no acostamento. Desligou o carro.
—Any... - Senti seus dedos encostarem-se no meu queixo, levantando-os. Não conseguir segurar e a primeira lágrima caiu.
—O que há com você? - Ele me perguntou carinhosamente.
“O que há comigo?”, pensei indignada. É claro que ele sabe o que tenho.
—Nada. Estou bem. - Respondi, olhando para a janela, me esquivando de suas mãos.
Não queria chorar como uma menina boba em sua frente, mesmo sendo essa a minha vontade. Ele voltou a dirigir, sério. Parecia bravo.
Chegamos ao hospital, ele me levou para sua sala, sem trocarmos muitas palavras.
—Vou fazer um pequeno curativo, senti-se na maca. - Pediu ele, ríspido. Ora, eu que estou com TPM não ele. Então como ousa ficar bravo?
Homens!
Sentei-me. Ele se aproximou. Respirou fundo. Subiu sua mão em direção ao meu rosto. Estremeci. Eram lembranças de mais, saudades de mais.
Ele tirou, lentamente, a mexa de cabelo loiro suja de sangue que cobria meu ferimento. Mordeu o lábio inferior. Ele não deveria ter feito isso. Já estava difícil resistir à vontade de beijá-lo, mas ao vê-lo com o rosto perto de mim; cuidando de mim; com toda aquela carinha de bebê mordendo o lábio... Eu não pude resistir. Fechei meus olhos. Respirei. E sem tardar, fui me aproximando cada vez mais dele. Sua mão que estava em
minha testa deslizou a sabe Deus onde (acho que pra maca).
Encostei meus lábios nos dele. Eu estava tremendo, como se fosse meu primeiro beijo.
Beijei seus lábios com uma calma sobre-humana. Mordi seu lábio inferior, ao
senti-lo me envolver com suas mãos. Senti seu gosto, sua língua... Tudo ainda tinha o mesmo gosto. A sensação que foi sentir os seus lábios nos meus depois de tanto tempo... Não há forma de explicar. A única coisa que posso garantir é que foi inesquecível e delicioso.
Não queríamos nos desgrudar. O puxei cada vez mais, para deixá-lo mais perto de mim.
Segundos, minutos, ou quem sabe se lá, horas de beijos e mais beijos, nos separamos.
Ele não sabia o que fazer, muito menos eu. Resolvi por pelo menos mais uma vez, sentir seu lábio cobrindo o meu de beijos. Eu precisava. Eu queria, eu sonhava com aquilo.
Era estranho ficarmos tão sem jeito com um beijo depois de tudo que já vivemos. Eu não sabia se isso era um bom sinal ou um péssimo sinal. No meu interior havia uma vozinha gritando: “Segunda opção! Segunda opção!”, que eu preferi não ouvi-la.
Ele acariciou meu rosto.
—Acho melhor cuidarmos dessa ferida. - Ele falou quebrando o silêncio.
Quando ele voltou a fazer o curativo, agia como se nada tivesse passado,
deixando escapar, às vezes, o seu constrangimento com a situação.
Após ele terminar, me receitou um remédio para dor. Fiquei sem saber o que fazer, falar, ou a melhor maneira de me despedi. Receosa de onde beijar... Falei “Tchau” beijando-o no rosto.
Era estranho. Era diferente. Era a prova de que eu estraguei tudo e que nada voltaria a ser como antes.
Continua...
Autor(a): Babi
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Horas mais tarde quando eu me encontrava em meio a uma crise de soluços escandalosos e murmúrios do tipo “Ah, quando tudo vai voltar a ser como antes?”, “Ninguém me ama, ninguém me quer... Nem... - Choro - O Chris” - meu celular soou.Por um momento pensei em não atender, mas eu me encontrava em um ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 5
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thaisabarken Postado em 13/02/2013 - 14:31:17
web perfeita quase chorei hahah parabéns!
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jbyrbd Postado em 24/02/2012 - 19:48:48
Olá carolsinhabelga, Seja bem-vinda a Merda... O astronauta vermelho desceu!*Versão Barken* Espero que goste, Beijos, Babi.
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carolsinhabelga Postado em 24/02/2012 - 10:03:17
Sou sua nova leitora achei bem legal sua web.
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jbyrbd Postado em 22/02/2012 - 15:55:50
Olá luiiseloiirinha22, Seja bem-vinda a Merda... O astronauta vermelho desceu!*Versão Barken* Espero que goste, Beijos, Babi
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luiiseloiirinha22 Postado em 22/02/2012 - 13:59:47
AMEII ;d Continua postando