Fanfic: Merdaa...O astronauta vermelho desceu!*Versão Barken*

O tempo passou, e muitas coisas mudaram. Não vou vir com aquele papo de que está tudo as mil maravilhas, pois quem conhece a minha vida, mesmo que seja só um pouco, já sabe que nunca, por mais que pareça, ela está perfeita. Sempre surge um novo problema e algum motivo para arrancar os cabelos, roer as unhas, e, quem sabe, pensar em pular na ponte mais próxima.
Mas... Não sei explicar. Sinto-me mais feliz do que nunca. Pensando bem... Sei sim. E a explicação tem nome, um lindo nome, por sinal: Gustavo. O meu bebê “poposudo”, loirinho, sapeca, com a gargalhada mais gostosa do mundo. Igual o pai em diversos aspectos, tenho que assumir, embora os olhos tenham puxado a mim, além a birra, como garante minha mãe.
Sei que é bem estranho de um dia pro outro me ver só falando do meu filho, mas assumo que depois de sua chegada em meus braços, pouca coisa me importou. Ele se tornou o ser humano que eu mais amo no mundo, e o que eu mais vou amar, aconteça o que acontecer.
Estou naquela fase em que ser mãe é minha principal, e preferida, tarefa. Pode parecer exagerado, bobo, ou até mesmo ridículo, mas só entende quem já passou por isso e sabe a felicidade inexplicável que é ter seu filho nos braços.
Mãe coruja, eu sei, mas não pensem que sou a única por aqui não. Pois os avôs, a bisavó, as tias, primas e todo o resto da família se derretem ao ver somente um sorrisinho dele. Sem falarmos no pai, que não sei quem é pior, eu ou ele.
Em falar em pai... Como explicar minha atual relação com o “dito cujo”? Ah, sim, aquela palavras que repetimos mentalmente para nós quase todos os dias, para não esquecermos, e para assegurarmos que quando nos fizerem aquela pergunta, tão falada ultimamente, a resposta estará na ponta da língua:
—Somos amigos. - Respondemos antes mesmo que a pessoa tenha tempo de respirar.
Amigos que se beijam, amigos que andam de mãos dadas, amigos que têm um filho juntos, amigos que de vez em quando dividem a mesma cama, amigos que fazem passeios românticos, amigos que brigam quase sempre para decidir quem vai ir acalmar o choro do filho, mas amigos para todos os efeitos, e ninguém precisa saber desses detalhes.
A nossa relação está como está por mim, eu tenho consciência disso. Mas o Christopher quer o quê? Que eu finja que tenho a plena confiança nele? Que eu acredite que ele realmente gosta de mim?
Ele sabe que comigo não é bem assim que “a banda toca”, e parece aceitar tudo como está, embora sua avó esteja quase nos matando por isso.
—Uma criança crescendo em um lar destruído! - Ela se lamenta todos os dias, mas afirma que Deus irá ouvir suas preces e nós voltaremos a ser como antes.
E, se vocês querem saber a verdade, acho que não está muito longe de que Deus atenda, pois a cada dia me sinto... Mais confiante nele, além de esperançosa que uma vez por todas as coisas dêem certo entre nós. Sabemos, embora na maioria das vezes não gostamos de sabê-lo, que a torcida do Flamengo, Corinthians, e até mesmo o Real Madri em peso está torcendo para que tudo dê certo. Mas tem outras coisas que envolvem. Coisas mais sérias, e alguns detalhes não tão sérios.
Ah... Mas como não falar? Para minha tristeza, ou felicidade, pois até agora não descobri o que é pior: TPM ou os “efeitos colaterais da gravidez”, minha grande “amiga” voltou a marcar presença todo mês em minha calcinha, pois sempre que estou desprevenida ela “dá o ar de sua graça” continuando a me fazer passar os mesmos micos de sempre, ou até piores. Já deveria ter me acostumado com isso, mais de vinte anos aturando a “bendita” da menstruação todo mês, mas não estou. E sinceramente parece que nunca estarei, mas fazer o quê? Essa é a vida, ou a morte, feminina.
Minha vida ultimamente é assim, não é digna de um “E viveram felizes para sempre”, mas que tal um:
E sobrevivem felizes a todos os problemas?

*-* Fim!*-*