Fanfic: A Irmã da Noiva *Adaptada AyA (Terminada)

- O que espera de mim? - Anahi mordeu o lábio. - Acusa a minha irmã de ser promíscua. Espera que eu confirme isso?

- Está colocando palavras na minha boca

- Não acho. Deixou sua opinião muito clara. O seu irmão sabe que está aqui?

- Não. Vim por conta própria, para tentar encontrar alguma solução.

- Como o quê? Uma oferta de dinheiro, talvez? Pelo olhar que ele lhe lançou, Anahí percebeu que acertara no alvo. Daquele momento em diante, teve de se esforçar ao máximo para não o agredir.

- Acho que é melhor você ir embora - disse, com voz baixa e firme.

Os lábios sensuais curvaram-se ao perceber que errara na táctica.

- Tudo bem, dinheiro não é a resposta certa. Mas, com certeza, concorda que o casamento, sob estas circunstâncias, seria um enorme erro.

- Não sei o que pensar. Nem estou convencida do fato ainda. Porque é que deveria acreditar no que diz?

- As palavras não são minhas, são do meu irmão. Duvido que Chris fosse criar tal situação só para se divertir.

Anahí também pensava assim. Que homem faria isso? Sentia-se em total confusão.

- Sugiro que converse com a sua irmã sobre o assunto, menina Marcroft. Amanhã, Chris e eu iremos à sua casa e decidiremos juntos o que fazer.

Anahí assentiu, pois protestar seria perda de tempo. A sua prioridade agora era ir para casa e falar com Dulce.

Satisfeito com os planos, Alfonso partiu, deixando Anahí atordoada.

Se o que ele lhe dissera fosse verdade, e parecia haver pouca possibilidade de não ser, o que aconteceria aos dois jovens? Dulce tinha uma vida inteira pela frente, estava prestes a entrar para a universidade. Com ou sem casamento, ela era jovem demais para ser mãe.

A chuva cessara, embora a rua ainda estivesse molhada quando Anahi saiu. Vestindo a sua capa de chuva, trancou a porta da loja e caminhou até ao local onde estacionara o seu carro, um pequeno Fiat vermelho. Já com seis anos de uso, o automóvel estava longe de estar em boas condições, mas pelo menos não lhe dava grandes despesas, considerando todas as dívidas que já tinha.

Anny pôs o veículo em movimento, procurando raciocinar com objetividade. Apesar de Chris Laxton estar disposto a ”fazer a coisa certa”, o casamento não era a única solução. Dulce podia não querer casar com Chris. Não seria fácil educar uma criança sozinha, mas Chris poderia ajudar. Pelo menos, já não havia preconceitos contra mães solteiras nos dias de hoje.

Poderia até ser um alarme falso. Anahi esperava que fosse. Oh, como rezava para que nada daquilo fosse verdade!

Em direção ao subúrbio, onde ela e Dulce moravam desde pequenas, Anny agradeceu por não haver trânsito intenso àquela hora. Estava com pressa.

O valor do seguro e algumas economias deixadas pelos seus pais tinham sido suficientes para pagar a hipoteca da casa e para Anny abrir a loja, além de financiar os estudos de Dulce. A residência não era grande, mas era rodeada por um enorme jardim, onde Anny passava a maior parte do seu tempo livre. Adorava cuidar das flores e orgulhava-se da exuberância de cores e perfumes que a recebiam quando chegava.