Fanfic: A Irmã da Noiva *Adaptada AyA (Terminada)

Quem quer que fosse, Alfonso descartou-a sem cerimônia, mas, para Anahi, tudo desabou. Levantou-se e colocou a camisa, toda trémula, incapaz de o encarar quando voltou para junto dela.

- Não foi uma boa ideia começarmos isto, Alfonso. Alfonso segurou-lhe a mão, impedindo-a de continuar.

- Foi uma excelente ideia. E ainda é.

- Não! Deixa-me!

- Não queria que te deixasse há alguns minutos atrás. Desejava tanto quanto eu ir até ao fim.

- Isso foi antes. Agora já não importa. Você já tem mulheres suficientes na cidade para querer adicionar meu nome à lista.

- Isso não é verdade, nem justo. Você é que insistiu para que atendesse o telefone. Se mudaste de ideia, tudo bem. Mas não tente virar o jogo contra mim apenas por um telefonema em má hora.

Anahi estava errada, e sabia isso. Alfonso era um homem livre. Por outro lado, agradecia àquela desconhecida que ligara. Impedira-a de fazer o maior disparate da sua vida.

- Vou para casa. Chamarei um táxi.

- Não vai, não. Dá-me alguns instantes e eu levo-te.

Anahi não respondeu e saiu do quarto.

Só ao vestir as roupas secas, segura dentro do banheiro, se deu conta do que quase fizera. Amar Alfonso teria sido maravilhoso, sem dúvida. Mas o que lhe proporcionaria? Tudo o que ele sentia por ela uma paixão casual que um homem sente por qualquer mulher que apareça.

Alfonso já estava vestido, à espera dela na sala, impassível.

- Vamos, Anahi.

Desceram as escadas, em silêncio. Anahi esperou que entrassem no carro para falar:

- Lamento se está frustrado. Mas é para o nosso bem. Não tomo pílula, e poderíamos ter terminado como a Dulce e o Chris.

- Parece que você e a sua irmã se assemelham muito em relação a precauções. Acho que tenho de agradecer por estar com a que tem escrúpulos

- Dulce não é inescrupulosa! E, por falar em precaução, não te vi tomar nenhuma.

- Não me deste oportunidade.

- Suponho que tens um stock de preservativos na mesinha ao lado da cama!

- Está certa. Só os tolos correm riscos.

- Apenas as tolas se envolvem com homens do teu tipo! Como a grande maioria, não suporta a ideia de ser rejeitado, não é?

Alfonso tinha a expressão rígida como uma pedra.

- Se não fosse aquele telefonema, não teria rejeitado nada.

Entraram na estrada principal, mas o movimento estava fraco. Alfonso parou no acostamento. Com as mãos apoiadas no volante, pensou por um instante antes de encará-la.

- Isso já foi longe demais, Anahi. Concordo que foi um erro, mas ambos iríamos cometê-lo. Você não é nenhuma criança. Sabia o que iria acontecer.

Com a expressão séria, ela respondeu:

- Nunca teria ficado se soubesse que tinha tai planos. Acreditei que fosse um cavalheiro.

- Se o telefone não tivesse tocado, encontraria outro motivo para desistir. Algumas mulheres sentem prazer em agir assim.

O tom cínico que ele usou deu um peso ainda maior àquelas palavras. Anahi mal podia respirar.

- Não sou uma delas. O telefonema fez com que eu percebesse como estava  sendo estúpida, só isso. É diferente para ti, que não precisa sentir nada além do desejo físico.

- Se isso fosse verdade, eu teria uma daquelas bonecas infláveis. Vamos aceitar que mudaste de ideia.

Não havia nada mais que pudesse dizer, concluiu Anahi assim que Alfonso colocou o automóvel em movimento. Mesmo que houvesse, duvidava que ele estivesse preparado para ouvir. Era a pura verdade, ela mudara de ideia. Sem sentimentos mais profundos um pelo outro, teria sido apenas um ato instintivo. Anahi esperara aquele momento por tantos anos! Porquê ceder agora por tão pouco?

Ultimo de hoje...

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