Fanfic: Finale (Adaptada) | Tema: Vondy
Doze horas depois eu estava rígida e dolorida por causa do exercício dessa manhã, tendo cuidado ao subir e descer as escadas, que pareciam dar aos meus músculos a pior dor. Mas qualquer descanso e repouso teria que esperar; Ane viria me buscar em dez minutos, e eu ainda não tinha tirado o moletom que passei o dia usando.
Ucker e eu decidimos encenar nossa briga publicamente hoje à noite, então não haveria nenhuma dúvida sobre o estado do nosso relacionamento: nós tínhamos nos separado e estávamos firmemente em lados opostos nessa guerra de preparação. Nós também optamos por fazer nossa cena no Devil’s Handbag, sabendo que os Nephilim iam lá para se encontrar. Embora não soubéssemos as identidades dos Nephilim que me atacaram, ou se eles estariam lá esta noite, Ucker e eu estávamos certos de que a notícia do nosso término se espalharia rápido. Por fim, Ucker tinha descoberto que o barman escalado para trabalhar no turno da noite era um Nephilim supremacista de temperamento forte. Vital, Ucker me assegurou, para o nosso plano.
Eu tirei o meu moletom e coloquei um vestido volumoso de tricô de ponto trançado, meia-calça, e ankle boots. Prendi meu cabelo em um coque baixo, soltando algumas partes para moldar meu rosto. Exalando, eu encarei o meu reflexo no espelho e fabriquei um sorriso. Depois de tudo, eu não parecia nada mal para uma garota que estava prestes a se envolver em uma briga devastadora com o amor de sua vida.
As consequências da briga de hoje à noite só têm que durar algumas semanas, eu disse para mim mesma. Até que toda essa bagunça de Cheshvan acabe.
Ademais, a briga não era real. Ucker me prometeu que nós encontraríamos maneiras para nos encontrar. Em momentos secretos e olhares roubados. Nós apenas teríamos que ser muitos cuidadosos.
— Dulce! — minha mãe me chamou pela escada. — Ane está aqui.
— Me deseje sorte — eu murmurei para o meu reflexo, então apanhei meu casaco e cachecol e desliguei a luz do quarto.
— Eu quero você em casa as nove — minha mãe me disse quando eu desci para a sala de estar. — Sem exceções. É noite de escola.
Eu a beijei na bochecha e empurrei a porta para fora.
Ane estava com as janelas do Neon abertas, e estava tocando Rihanna no som. Sentei no banco do passageiro e falei por sobre a música:
— Eu estou surpresa que sua mãe tenha deixado você sair em uma noite de escola.
— Ela teve que viajar para Nebrasca. O tio dela, Marvin, morreu e eles estão dividindo a sua propriedade. Tia Henny está cuidando de mim. — Ane olhou para o lado e seu sorriso era travesso.
— A sua tia Henny não estava na reabilitação há alguns anos?
— Essa mesma. Pena que não adiantou. Ela tem um galão de suco de maça na geladeira, mas é o suco de maça mais fermentado que eu já provei.
— E a sua mãe a considerou responsável o suficiente para cuidar de você?
— Acho que a perspectiva de conseguir algum dinheiro do tio Marvin a suavizou.
Nós descemos pela Hawthorne, cantando as letras e dançando em nossos lugares. Eu estava impaciente e nervosa, mas achei que era melhor agir como se nada estivesse fora do normal.
O Devil’s Handbag estava moderadamente cheio essa noite, um público decente, mas todos não precisavam ficar de pé. Ane e eu encontramos uma mesa, nos livramos dos nossos casacos e bolsas, e pedimos Coca-Cola para uma garçonete que passava por ali. Disfarçadamente, procurei por Ucker, mas ele não tinha aparecido. Eu tinha ensaiado minhas falas vezes demais para contar, mas minhas palmas ainda estavam suando. As enxuguei na minha meia-calça, desejando ser uma atriz melhor. Desejando que eu gostasse de drama e atenção.
— Você não parece bem — Ane disse.
Eu estava prestes a fazer uma piada sobre como a sua falta de sutileza ao dirigir tinha me deixado enjoada, quando os olhos de Ane passaram por mim e a expressão dela azedou.
— Ah, diabos não. Me diga que não é Marcie Millar flertando com o meu homem.
Eu estiquei o meu pescoço em direção ao palco. Scott e os outros membros da banda Serpentine estavam no palco se preparando para o show, enquanto Marcie apoiava seus cotovelos lindamente no palco, chamando Scott para uma conversa.
— O seu homem? — eu perguntei para Ane.
— Vai ser em breve. Não faz diferença.
— Marcie flerta com todo mundo. Eu não me preocuparia quanto a isso.
Ane respirou fundo, o que na verdade fez as narinas dela se alargarem. Marcie, como se sentindo a vibração negativa de Ane como um vodu, olhou em nossa direção. Ela nos deu o seu melhor aceno de miss.
— Faça alguma coisa — Ane me disse. — Afaste ela dele. Agora.
Eu saltei e caminhei até Marcie. No caminho, abri um sorriso. No momento em que eu cheguei perto dela, eu tinha certeza que parecia quase verdadeiro.
— Oi — eu falei para ela.
— Oh, oi, Dulce. Eu estava apenas dizendo para o Scott o quanto gosto de música indie. Ninguém nessa cidade se importa com nada. Eu acho que é legal ele tentar seguir o estrelato.
Scott piscou para mim. Eu tive que fechar os meus olhos brevemente para não rolá-los.
— Então... — eu falei, lutando para preencher o lapso na conversa. A mando de Ane, eu tinha vindo aqui, mas e agora? Eu não poderia simplesmente arrastar Marcie para longe de Scott. E por que eu estava aqui bancando a juíza? Isso era problema da Ane, não meu.
— Nós podemos conversar? — Marcie me perguntou, me salvando de ter que bolar uma tática eu mesma.
— Claro, eu tenho um minuto — eu disse. — Por que não vamos para um lugar mais calmo?
Como se estivesse lendo minha mente, Marcie agarrou meu pulso e me levou até a porta dos fundos e depois para o beco. Depois de olhar para os dois lados para ter certeza que estávamos sozinhas, ela disse:
— O meu pai te contou alguma coisa sobre mim? — ela baixou sua voz ainda mais. — Sobre ser Nephilim, eu quero dizer. Eu tenho me sentido esquisita ultimamente. Cansada e com cólica. Isso é algum tipo estranho de menstruação Nephilim? Porque eu pensei que já tinha passado por isso.
Como eu iria dizer para Marcie que Nephilim de raça pura, como os pais dela, raramente acasalavam com sucesso, e quando eles conseguiam, a prole era fraca e doente, e que algumas das palavras finais de Hank para mim incluíam a verdade sombria que Marcie provavelmente não viveria muito tempo?
Em resumo, eu não poderia.
— Algumas vezes eu me sinto cansada e com cólica também — eu disse — Eu acho que é normal...
— Sim, mas o meu pai disse alguma coisa sobre isso? — ela pressionou. — O que esperar, como lidar, esse tipo de coisa.
— Eu acho que seu pai amava você e queria que continuasse vivendo a sua vida, sem se estressar com essa coisa de Nephilim. Ele queria que você fosse feliz.
Marcie me olhou incrédula.
— Feliz? Eu sou uma aberração. Não sou nem mesmo humana. E não pense por um minuto que esqueci que você também não é. Nós estamos nisso juntas. — Ela apontou acusadoramente para mim.
Ai, minha nossa. Justamente o que eu precisava. Solidariedade… com Marcie Millar.
— O que você realmente quer de mim, Marcie? — eu perguntei.
— Eu quero ter certeza que você entende que se insinuar, mesmo que de leve, para alguém que eu não sou humana, eu vou queimar você. Vou te enterrar viva.
Eu estava perdendo a paciência.
— Primeiro, se eu quisesse anunciar para o mundo que você é Nephilim, eu já teria feito. E segundo, quem acreditaria em mim? Pense sobre isso “Nephilim” não é uma palavra cotidiana no dicionário da maioria das pessoas que nós conhecemos.
— Ok — Marcie bufou, aparentemente satisfeita.
— Já acabamos?
— E se eu precisar de alguém para conversar? — ela persistiu. — Não é como se eu pudesse contar isso para o meu psiquiatra.
— Hm, sua mãe? — Eu sugeri. — Ela é uma Nephilim também, lembra?
— Desde que o meu pai desapareceu, ela se recusou a aceitar a verdade sobre ele. Está ocorrendo momentos de negação séria. Ela está convencida que ele vai voltar, que ele ainda a ama, que vai anular o divórcio, e que nossas vidas voltarão a ser floridas como antes.
Negação, talvez. Mas eu não duvidaria que Hank tivesse enganado sua ex-mulher com um encantamento tão poderoso que seus efeitos duraram além de sua morte. Hank e a vaidade andavam juntos como meias combinando. Ele não teria querido que alguém falasse mal de sua memória. E até onde eu sabia, ninguém em Coldwater tinha. Era como se uma névoa entorpecente tivesse se assentado sobre a comunidade, fazendo com que moradores humanos e Nephilim não perguntassem sobre o que tinha acontecido com ele. Não havia uma única história percorrendo a cidade. As pessoas, quando falavam dele, apenas murmuravam “Que choque. Que a alma dele descanse em paz. Pobre família, deveria perguntar como eu posso ajudar...”
Marcie continuou:
— Mas ele não irá voltar. Ele está morto. Não sei como ou por que ou quem fez isso, mas de jeito nenhum meu pai iria desaparecer a menos que algo acontecesse. Ele está morto. Eu sei disso.
Tentei manter minha expressão compreensiva, mas minhas palmas começaram a suar de novo. Ucker era a única pessoa na Terra que sabia que eu tinha mandado Hank para a sepultura. Eu não tinha a intenção de adicionar o nome de Marcie na lista privilegiada.
— Você não parece tão arrasada quanto a isso — eu disse.
— Meu pai estava metido em algumas coisas muito ruins. Ele mereceu.
Eu poderia ter me aberto com Marcie bem ali, mas algo não parecia certo. O seu olhar cínico nunca vacilou do meu rosto, e eu tinha a sensação de que ela suspeitava que eu sabia algo importante sobre a morte do pai dela, e a sua indiferença era uma ato para conseguir que eu revelasse.
Eu não iria cair na armadilha, se é o que isso era.
— Não é fácil perder seu pai, acredite em mim — eu disse. — A dor nunca desaparece de verdade, mas acabará se tornando suportável. E, de alguma maneira, a vida continua.
— Eu não estou procurando por um cartão de simpatia, Dulce.
— Está bem — eu disse com um relutante encolher de ombros. — Se você precisar conversar, acho que pode me ligar.
— Eu não vou precisar. Estou indo morar com você. — Marcie anunciou. — Vou levar minhas coisas ainda essa semana. Minha mãe está me enlouquecendo, e nós duas concordamos que preciso de outro lugar para ficar por um tempo. A sua casa é tão boa quanto qualquer outra. Bem, eu pelo menos estou feliz que nós tivemos essa conversa. Se tem alguma coisa que meu pai me ensinou, é que Nephilim ficam juntos.
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— Não — eu neguei automaticamente. — Não, não, não. Você não pode simplesmente... ir morar comigo. — Um sentimento de puro pânico se intensificou das pontas dos meus pés até os meus ouvidos, me golpeando mais rápido do que eu poderia conter. Eu precisava de um argu ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 75
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Vanuza Ribeiro Postado em 17/07/2015 - 02:09:05
fooooooooooi estremamente linda a fanfic adorei *-----* parabéns.
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Vanuza Ribeiro Postado em 14/07/2015 - 00:50:36
estou lendo a fanfic ja a algum tempo e estou a m a n d o --- preciso de um anjo desses na minha vida, que dlc kkkkkkkkkk- vo começar a ler finale.
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juhcunha Postado em 05/04/2015 - 23:35:45
ai meu deus chorando litros morrendo quero mais nao acredito que terminou nisso queo mais muito mias a serie divergente e muito foda mais muito triste no final
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juhcunha Postado em 05/04/2015 - 22:06:38
posta mais
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juhcunha Postado em 01/04/2015 - 22:11:51
como e a Anie e um dele caranba quantas supresas e que essa cara ta fazendo na casa do ucker!
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juhcunha Postado em 30/03/2015 - 20:56:59
dante filho da puta traidor nao imaginava ele caranba !
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juhcunha Postado em 29/03/2015 - 02:25:13
Dabria vaca que beijo o homem dos outro puta se fudeeu dulce arazando
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juhcunha Postado em 26/03/2015 - 01:34:59
A porra fico seria agora!
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juhcunha Postado em 23/03/2015 - 23:13:32
marcie vaca robou o scott da ane puta e scott deveria te dado um fora nela ! O QUE O Que tinha naquele punhau era veneno caranba puta que paria
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juhcunha Postado em 23/03/2015 - 01:16:44
eu to descofiada que esse detetive basso e um arcanjo porque ele ta sempre vigiando sempre nos lugares errados