Fanfics Brasil - Capitulo 13 Finale (Adaptada)

Fanfic: Finale (Adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 13

215 visualizações Denunciar


Na noite de sexta troquei a roupa do colégio por uma calça, meu suéter de lã quentinho, um casaco, chapéu e luvas. O jogo não começaria até o anoitecer  e é nessa hora que começa a ficar mais frio. Enquanto eu colocava o suéter, vi um músculo no espelho. Parei, olhei, e cheguei mais perto pra ver melhor. Havia uma definição tanto nos meus bíceps quanto nos tríceps. Incrível. Havia treinado uma semana, e já podia notar. Parecia que o meu corpo Nephilim desenvolvia músculos muito mais rápido do que podia se esperar de um corpo humano.


Desci correndo a escada, dei um beijo na minha mãe e sai com pressa. O motor do Wolkswagen protestou de novo contra o frio, mas logo ele cedeu.


— Pensa que isso é ruim? Espera até chegar fevereiro! — Disse ao carro.


Dirigi até a escola, estacionei ao lado da rua ao sul do estádio de futebol, e liguei pra Ucker.


— Estou aqui! — Disse. — Estamos ainda com o plano A?


— A não ser que escute de mim, sim. Estou no meio do povo. Mas não estou achando Blakely. Sabe alguma coisa da Marcie?


Olhei no relógio que tinha sincronizado com o de Ucker mais cedo.


— Eu vou encontrá-la na lanchonete em 10 minutos.


— Quer repassar o plano pela última vez?


— Se eu ver o Blakely, te chamo imediatamente. Não me aproximo dele, mas não deixo ele fora da minha vista.


No começo não gostei por Ucker querer me manter por fora da ação, mas a verdade é que eu não queria pegar Blakely sozinha. Não sabia quão forte ele era, e sejamos realistas, nem conhecia minha própria força. Era melhor deixar isso com Ucker, quem era de longe muito mais experiente com esse tipo de táticas, manusear a derrota era o melhor movimento.


— E Marcie?


— Vou ficar grudada com ela a noite toda. Depois que você pegar o Blakely, eu levo-a para sua cabana perto do Sebago Lake. Tenho as instruções aqui. Pego o caminho mais longo, dando tempo pra você imobilizar e fazer algumas perguntas a Blakely. Isso é tudo, né?


— Mais uma coisa. — Disse Ucker. — Tenha cuidado.


— Sempre. — Disse, e desliguei o carro.


Mostrei minha carteirinha de estudante na bilheteria, comprei um ingresso e fui direto para a lanchonete, atenta a algum sinal de Blakely. Ele era alto e distinto com seus cabelos grisalhos e inteligentes, mas um pouco parecido com um professor de química. Me perguntei, se assim como Ucker, ele estaria disfarçado, assim seria mais difícil encontrar ele no meio da multidão. Será que estaria vestido como um lenhador? Com o traje elegante habitual? Ele poderia pintar o cabelo? Pelo menos, ele estava no alto do patamar quanto a altura. E eu gostava da ideia de começar com isso.


Encontrei Marcie na lanchonete, tremendo em uma calça de cor rosa e uma camisa de gola alta e um colete rosa chiclete. Ao ver ela vestida desse jeito algo no meu cérebro fez um click.


— Onde tá a sua roupa de líder de torcida? Não tem que animar eles essa noite? — Perguntei.


— É um uniforme e não uma roupa qualquer, e já saí.


— Deixou a equipe?


— Deixei a equipe.


— Sério?


— Tenho coisas maiores com que me preocupar, todo o resto deixa de ter importância quando descobre o que é. — Ela deu um olhar tenso em volta. — Nephilim.


Inesperadamente, senti um estranho sentimento de afinidade com a Marcie. O que rapidamente se dissolveu quando me lembrei das diferentes maneiras que a Marcie fez a minha vida miserável somente no ano passado. Podíamos ser Nephilins, mas toda a similaridade acabava aí. E seria muito mais inteligente lembrar-se disso.


— Acha que vai reconhecer Blakely se olhar pra ele? — Perguntei, mantendo a minha voz baixa.


Ela me lançou um olhar irritado.


— Disse que o conhecia, não? Agora sou a melhor ara pra encontrá-lo. Então não me questione.


— Quando você o vir, mantenha discrição. Ucker quer pegar Blakely, e nós vamos seguir até a cabana dele, onde vamos poder fazer as perguntas.


A exceção por um ponto, Blakely estaria desmaiado e nada bem para Marcie. Pequenos detalhes.


— Pensei que você tinha terminado com Ucker.


— E terminei. — Menti, ignorando a culpa que corria por meu estômago. — Mas não confio em mais ninguém para me ajudar com o Blakely. Só porque Ucker e eu não estamos mais juntos, não quer dizer que não posso mais pedir favores. 


Se ela não acreditava na minha explicação, eu não estava nem um pouco preocupada. Ucker poderia apagar da memória dela essa pequena conversa.


— Quero perguntar a Blakely antes que Patch faça isso. — Disse.


— Não pode. Temos um plano e temos que seguir.


Marcie encolheu os ombros em um gesto realmente presunçoso.


— Veremos.


Mentalmente, respirei fundo. E sufoquei o impulso de apertar os dentes. Era hora de ensinar a Marcie que ela não mandava.


— Se você se meter, você vai sofrer.


— Você realmente acha que Blakely tem alguma informação sobre a morte do meu pai? — Perguntou Marcie, pousando seus olhos em mim, calculando, de maneira quase perspicaz.


Meu coração bateu rápido, mas mantive minha expressão sobre controle.


— Espero que essa noite possamos averiguar isso.


— E agora? — Disse Marcie.


— Agora vamos caminhar por aqui tratando de não chamar atenção.


— Fale por você. — Disse Marcie bufando.


Bem, talvez isso esteja certo. Ela era fantástica. Era bonita e irritantemente segura de si mesma. Tinha dinheiro, e mostrava tudo, desde seu bronzeado de salão ao seu sutiã Push-up. Uma miragem da perfeição. A medida que subíamos as escadas, os olhos das pessoas se moviam na nossa direção, mas nenhum deles me viam.


Pensa em Blakely, me ordenei. Tem coisas mais importantes pra se preocupar do que com a inveja.


Caminhamos a grandes avanços pela escada, passando os banheiros e atravessando em círculos o campos de futebol, indo para a sessão de visitantes. Para o meu desgosto, vi o detetive Basso no uniforme habitual no alto da fila do terraço, olhando o tumulto com dificuldade, com seus olhos desconfiados. Seu olhar caiu direto em mim, e duvida se aprofundou na sua expressão.


Lembrando da estranha sensação a duas noites atrás, agarrei o cotovelo de Marcie, e a forcei a ir para outra direção comigo.


Não poderia acusar Basso de me seguir, estava claramente na área, mas isso não significava que quisesse ser objeto de piada por mais tempo.


Dei a volta ao longo do caminho e Marcie e eu caminhamos. As arquibancadas estavam cheias, já estava de noite, o jogo já havia começado e separei de Marcie a multidão de admiradores masculinos, não acreditava que tínhamos chamado atenção indesejada, mesmo estando no lugar por somente 30 minutos.


— Isso está ficando chato. — Marcie reclamou. — Estou cansada de andar, caso você não tenha notado, estou usando botas de salto.


Não é problema meu! Eu quiz gritar. Em troca disse:


— Quer encontrar Blakely ou não?


Ela bufou, e o som contraiu os meus nervos.


— Uma caminhada mais e logo vamos ter terminado.


Já está na hora! Pensei.


Voltamos para a seção de estudantes, senti uma estranha cosquinha na minha pele. Automaticamente eu girei, buscando a origem da sensação. Alguns homens percorriam na escuridão de fora da alta cerca que rodeava o estádio, colocando seus dedos nas cercas. Homens que não haviam comprado ingresso, mas queriam ver o jogo. Homens que preferiam ficar na escuridão a mostrar suas caras nas luzes do estádio. Um homem em particular, magro e alto apesar da maneira como abaixava os seus ombros, chamou minha atenção. Uma vibração de energia não humana saia dele, sobrecarregando meu sexto sentido.


Continuei andando mais disse a Marcie:


— Olha por ali, algum dos homens de lá se parece com Blakely?


A seu favor, Marcie se limitou olhar com um pequeno movimento dos olhos.


— Acho que sim. No meio. Aquele que está com os ombros curvados. Esse pode ser ele.


Era toda a confirmação que precisava. Caminhei por uma parte curva da pista, peguei o meu celular e liguei.


— Encontramos ele. — Eu disse a Ucker. — Está no lado norte do estádio, por fora da cerca. Está usando jeans e um suéter cinza de Razorbill. Tem alguns homens em volta, mas não acho que estejam com ele. Só estou sentindo um Nephil, e é a mesma pessoa.


— Já estou indo. — Disse ucker.


— Veremos você na cabana.


— Vai devagar. Tenho muitas perguntas pra Blakely. — Ele disse.


Tinha parado de escutar, Marcie não estava mais do meu lado.


— Ai, não. — sussurrei, de repente me sentindo meio pálida. — Marcie está correndo na direção de Blakely, tenho que ir! — Saí correndo atrás dela.


Marcie estava quase na cerca e escutei sua voz aguda gritar.


— Sabe quem matou meu pai? Me diz o que você sabe!


Muitos palavrões saíram juntos com a sua pergunta, imediatamente Blakely deu a volta e escapou.


Com determinação, Marcie escalou a cerca, deslizando e lutando antes de balançar suas pernas sobre ela, e saiu atrás de Blakely na passagem escura no túnel entre o estádio e a escola.


Alcancei a cerca um minuto depois, e fui colocando meus sapatos entre os buracos sem diminuir a velocidade e saltei por cima. Só percebi as expressões de surpresa dos homens em volta. Poderia tentar apagar as suas memórias, mas não tinha tempo. Corri atrás de Blakely e Marcie, prestando atenção a escuridão enquanto avançava, feliz que a minha visão estivesse mais nítida do que quando eu era humana.


Senti Blakely mais a frente. E Marcie também, ainda que seu poder fosse muito mais fraco. Como seus pais era Nephilins de raça pura, ela tinha sorte de ter sido concebida, e ainda mais sorte de ter nascida viva. Ela era Nephilim por definição, mas eu tinha mais força que ela quando era humana.


Marcie! Eu disse na mente dela. Volta aqui agora!


Blakely saiu do meu radar. Não conseguia detectar ele. Parei, tentando sentir mentalmente o caminho escuro através da passagem, tentando recuperar o rastro dele. Ele tinha corrido pra tão longe tão rápido que tinha sumido do meu radar?


Marcie?! Falei outra vez.


E então eu a vi. De pé no outro extremo da passagem, com a luz da lua iluminando a sua silhueta. Corri, tentando manter minha raiva sobre controle. Ela tinha arruinado tudo, tínhamos perdido Blakely, e pior, agora ele sabia que estávamos atrás dele. Não conseguia imaginar ele saindo para ver outra partida de futebol depois dessa noite. Provavelmente ele tinha ido para o seu atual esconderijo secreto. Nossa única oportunidade... desperdiçada!


— O que foi isso? — Exigi, espreitando Marcie. — Tínhamos combinado que Íamos deixar Patch ir atrás de Blakely... — Minhas últimas palavras saíram lentas e roucas. Engoli minha saliva. Estava vendo Marcie, mas alguma coisa nela estava horrivel e terrivelmente mal.


— Ucker está aqui? — Perguntou Marcie, só que não era a voz dela. Era baixa, masculina e acidamente divertida. — Não fui tão cuidadoso quanto pensei.


— Blakely? — Perguntei, com a boca seca. — Onde está a Marcie?


— Oh, ela está aqui. Exatamente aqui. Estou possuindo o corpo dela.


— Como? — Mas eu já sabia. Devilcraft. Era a única explicação. Isso e o Cheshvan. O único mês onde a posse de outro corpo era possível.


Passos eram ouvidos por trás de onde estávamos, e ainda na escuridão, vi os olhos de Blakely se escurecerem. Ele se lançou pra cima de mim sem nenhum sinal. Se moveu tão rápido, que não tive tempo de reagir. Me girou contra ele, me sustentando em seu peito. Ucker apareceu mais a frente, mas parou quando me viu parada contra Marcie.


— Que aconteceu, anjo? — Perguntou em uma voz preocupada e incerta.


— Não dê uma palavra. — Sussurrou Blakely no meu ouvido.


Lágrimas brilharam nos meus olhos. Ele usava um braço para me segurar, mas com o outro segurava uma faca, e a senti pressionada contra a minha pele, alguns centímetros acima do meu quadril.


— Nem uma palavra. — Repetiu Blakely, com sua respiração no meu cabelo.


Ucker parou, e pude ver a confusão em seu rosto. Ele sabia que algo estava errado, mas não podia decifrar o que era. Ele sabia que eu era mais forte que Marcie e poderia escapar se eu quisesse.


— Deixe a Dulce ir. — Patch disse a Marcie, sua voz tranquila e cuidadosa.


— Não dê outro passo. — Ordenou Blakely a Ucker, só que dessa vez fez a sua voz soar como a de Marcie, aguda e tremula. — Tenho uma faca, e vou usar se realmente tiver que fazer isso. — Blakely expôs a adaga para mostrar que estava falando sério.


Devilcraft. Falou Ucker na minha mente. Eu posso sentir em todas as partes.


Toma cuidado! Blakely está possuindo o corpo de Marcie. Tratei de dizer, mas meus pesamentos foram bloqueados. De alguma maneira Blakely estava cobrindo eles. Era como se eu tivesse gritando para uma parede. Ele parecia ter completo e absoluto controle sobre o Devilcraft, usando como uma arma que não poderia ser parada e altamente adaptável.


Do canto do olho, vi Blakely levantar a faca. A lâmina brilhava em um tom azul. Antes que pudesse piscar, ele enfiou a faca do lado do meu corpo, e foi como se eu tivesse sido empurrada pra um forno em chamas.


Desmoronei, tentando gritar e chorar de dor, mas estava tão chocada que não conseguia emitir nenhum som. Me retorci no chão, querendo tirar a faca, mas cada músculo do meu corpo estava paralisado por uma grande agonia.


A próxima coisa que vi, foi Ucker ao meu lado, pronunciando muitas palavras ruins com o medo aflorando em sua voz. Ele tirou a faca. E eu gritei, o som me destruindo de detro pra fora. Escutei Ucker dando ordens, mas as palavras se partiam em dois, insignificantes em comparação com a dor que torturava cada parte do meu corpo. Estava ardendo, as chamas queimando de dentro para fora. O calor era tão forte, grandes tremores convulsivos faziam com que eu me retorcesse e me chicoteavam contra a minha vontade.


Ucker me levantou em seus braços. Vagamente notei que ele estava correndo para fora da passagem. O som dos seus passos fazendo eco nas paredes foi a última coisa que escutei.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a):

Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Acordei com um estalo, instantaneamente tentando me situar. Eu estava numa cama vagamente familiar, em um quarto escuro que cheirava a terra e calor. Um corpo estava deitado ao meu lado, e se agitava. — Anjo? — Estou acordada — eu disse, sentindo uma inundação de alívio sabendo que Ucker estava ao meu lado. Eu não sabia por qua ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 75



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • Vanuza Ribeiro Postado em 17/07/2015 - 02:09:05

    fooooooooooi estremamente linda a fanfic adorei *-----* parabéns.

  • Vanuza Ribeiro Postado em 14/07/2015 - 00:50:36

    estou lendo a fanfic ja a algum tempo e estou a m a n d o --- preciso de um anjo desses na minha vida, que dlc kkkkkkkkkk- vo começar a ler finale.

  • juhcunha Postado em 05/04/2015 - 23:35:45

    ai meu deus chorando litros morrendo quero mais nao acredito que terminou nisso queo mais muito mias a serie divergente e muito foda mais muito triste no final

  • juhcunha Postado em 05/04/2015 - 22:06:38

    posta mais

  • juhcunha Postado em 01/04/2015 - 22:11:51

    como e a Anie e um dele caranba quantas supresas e que essa cara ta fazendo na casa do ucker!

  • juhcunha Postado em 30/03/2015 - 20:56:59

    dante filho da puta traidor nao imaginava ele caranba !

  • juhcunha Postado em 29/03/2015 - 02:25:13

    Dabria vaca que beijo o homem dos outro puta se fudeeu dulce arazando

  • juhcunha Postado em 26/03/2015 - 01:34:59

    A porra fico seria agora!

  • juhcunha Postado em 23/03/2015 - 23:13:32

    marcie vaca robou o scott da ane puta e scott deveria te dado um fora nela ! O QUE O Que tinha naquele punhau era veneno caranba puta que paria

  • juhcunha Postado em 23/03/2015 - 01:16:44

    eu to descofiada que esse detetive basso e um arcanjo porque ele ta sempre vigiando sempre nos lugares errados


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais