Fanfics Brasil - Capitulo 15 Finale (Adaptada)

Fanfic: Finale (Adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 15

11 visualizações Denunciar


Acordei com um solavanco. Dante estava inclinado acima da minha cama, suas mãos paradas sobre o meu ombro.


— Bom dia, raio de sol.


Tentei me afastar, mas seus braços me mantiveram presa.


— É sábado — protestei, cansada. Os treinamentos estavam indo bem, mas eu mereceria um dia de folga.


— Tenho uma surpresa para você. Uma das boas.


— A única surpresa que eu quero é ter mais duas horas de sono. — Na janela eu vi que o céu ainda estava totalmente escuro, e eu duvidava que já tivesse passado das cinco e meia.


Ele puxou meus lençóis e eu guinchei, tentando agarrá-los às cegas.


— Você se importa?!


— Bonito pijama.


Eu estava usando uma camiseta preta que tinha pegado do armário do Ucker, e ela não chegava nem a metade das minhas cochas.


Tentei puxar a camiseta para cobrir as partes visíveis enquanto, simultaneamente, puxava os lençóis mais para cima.


— Ok — cedi em um acesso de raiva. — Te encontro lá fora.


Depois de vestir minhas roupas de corrida e calçar meus tênis, eu marchei para fora. Dante não estava na frente da garagem, mas eu podia senti-lo nas proximidades, e tinha quase certeza de que ele estava perto da floresta do outro lado da rua.


Sem dúvida, também, Dante havia trazido um amigo. Só que, pela aparência de seu amigo (dois olhos roxos, um corte no lábio, uma mandíbula inchada, e um galo enorme e com uma aparência horrível em sua testa), parecia que os dois não pareciam muito amigáveis.


— Você o reconhece? — Dante perguntou alegremente enquanto segurava o Nephil ferido pela nuca para eu poder avaliá-lo.


Eu me aproximei, incerta de que tipo de jogo Dante estava jogando.


— Não. Ele foi muito espancado. Você fez isso com ele?


— Tem certeza de que esse lindo ladrãozinho não te parece familiar? — Dante perguntou de novo, segurando o queixo do Nephil de um lado ao outro, claramente se divertindo. — Ele estava se esbanjando sobre você ontem à noite. Se gabava de ter dado uma bela surra em você. É claro que com isso ele conseguiu minha atenção. Eu disse a ele que era impossível. Mas se ele tivesse feito isso, bem só vamos dizer que não tolero esse tipo de comportamento de um Nephil para com seus superiores, especialmente com a comandante do exercito de Mão Negra. — Toda a leveza desapareceu do rosto de Dante, e ele olhou o Nephil ferido com claro desprezo.


— Era uma brincadeira — disse o Nephil amargamente. — Eu pensei que poderíamos ver o quanto ela estava sendo sincera sobre seguir a visão de Mão Negra. Ela nem mesmo nasceu Nephil. Pensamos em dar a ela um gostinho do que ela enfrentaria...


— Chapéu de Caubói? — soltei em voz alta. Seu rosto estava tão desfigurado que eu não notei qualquer semelhança com o Nephil que me arrastou até a cabana, me algemou a um poste, e me ameaçou, mas ouvindo sua voz, eu reconheci quem ele era. Era definitivamente o Chapéu de Caubói. Shaun Corbridge.


— Brincadeira? — Dante riu amargamente. — Se é isso que você chama de brincadeira, talvez ache algo para rir quando descobrir o que vamos fazer com você. — Ele bateu a cabeça do Chapéu de Caubói tão violentamente que ele caiu de joelhos.


— Eu posso falar com você? — Pedi a Dante. — Em particular?


— Claro. — Ele apontou um dedo de advertência para o Chapéu de Caubói. — Você se mexe, você sangra.


Depois de ter certeza que saímos do campo de audição do Chapéu de Caubói, eu disse:


— O que está acontecendo?


— Eu estava no Devil’s Handbag ontem à noite, e ouvi aquele bufão imbecil ali se vangloriava de te usar como saco de pancada particular. No começo, pensei que tinha escutado errado. Mais quanto mais ele falava, mais eu percebia que ele não estava mentindo, de qualquer forma, modo ou maneira. Por que você não me contou que alguns dos nossos soldados atacaram você? — Dante exigiu. Seu tom não demonstrava raiva. Mágoa, quem sabe, mas não raiva.


— Você está me perguntando isso por que está preocupado em como isso afeta meu comando, ou é por que está preocupado comigo?


Dante balançou a cabeça.


— Não fale isso. Você sabe que não estou pensando na sua popularidade. A verdade é que eu parei de me preocupar com isso quase imediatamente depois de te conhecer. Isso é sobre você. Aquele idiota ali colocou as mãos em você, e eu não gosto disso. Nenhum pouquinho. Sim, ele deveria demonstrar respeito pela comandante do exército ao qual pertence, mas é mais que isso. Ele deveria respeitar você porque você é uma pessoa boa, e está dando o seu melhor. Eu vejo isso e quero que ele veja também.


Eu estava desconfortável com a honestidade e intimidade dele. Especialmente depois do quase beijo que ele tentou me enganar a dá-lo. As palavras dele estavam indo além do profissional, e era isso que nosso relacionamento era. E eu queria que permanecesse assim.


Eu disse:


— Aprecio tudo que você disse, mas não acho que vingança fará ele mudar de ideia. Ele me odeia. Muitos Nephilim odeiam. Essa pode ser uma boa oportunidade de mostrar a eles que estão errados a meu respeito. Acho que devemos deixá-lo ir e continuar com nosso treinamento.


Dante não pareceu balançado. De fato, ele parecia desapontado e talvez até mesmo impaciente.


— Compaixão não é o caminho. Não dessa vez. Aquele imbecil ali só fará com que a história dele ganhe mais força se você o deixar ir facilmente. Ele está tentando convencer as pessoas de que você não serve para liderar o exército, e se você o deixar ir assim, ele apenas provará isso. Castigue-o um pouco. Faça-o pensar duas vezes antes de dar com a língua nos dentes ou te tocar de novo.


— Deixe-o ir. — Eu disse com mais firmeza. Eu não acreditava que violência se resolvia com violência. Nem agora, nem nunca.


Dante abriu a boca para protestar, com o rosto um pouco vermelho, mas eu o cortei.


— Não vou deixar pra lá. Ele não me machucou. Me levou até aquela cabana porque estava assustado e não sabia o que fazer. Todos estão assustados. O Cheshvan já começou, e nosso futuro está na balança. O que ele fez foi errado, mas não posso descontar nele quando ele fez algo para acabar com seus medos. Então abaixe o seu forcado e deixe-o ir. Eu falo sério, Dante.


Dante soltou um longo suspiro de desaprovação. Eu sabia que ele não estava feliz, mas eu também acreditava que estava fazendo a coisa certa. Eu não queria pôr mais fogo na fogueira da rivalidade do que eu já tinha posto. Se todos os Nephilim iriam passar por isso, tínhamos que estar unidos nesse momento. Nós tínhamos que estar dispostos a demonstrar compaixão, respeito e civilidade, mesmo quando não concordávamos em tudo.


— Então é isso? — Dante perguntou, claramente insatisfeito.


Eu pus minhas mãos ao redor da minha boca para amplificar a minha voz.


— Você está livre para ir embora — gritei para o Chapéu de Caubói. — Me desculpe por qualquer inconveniência.


Ele nos encarou com os lábios tortos em descrença, mas resolveu não abusar da sorte e correu para dentro da floresta como se estivesse sendo perseguido por ursos.


— Então — disse para Dante. — Que treinamentos cruéis você tem para mim hoje? Correr uma maratona? Mover montanhas? Partir o oceano em dois? 


Uma hora depois meus músculos dos braços e das pernas estavam quase entrando em colapso por exaustão. Dante me pressionou arduamente em sofridos intervalos de ginástica: flexões, puxadas, abdominais e batidas rápidas de pé. Nós estávamos já no caminho de volta, pela floresta, quando eu subitamente ergui meu braço e pus uma mão no peito de Dante. Coloquei um dedo sobre meus lábios, indicando que era para sermos silenciosos.


A distância eu podia ouvir de leve o suave crepitar de passos. Dante deve ter ouvido também.


Veado? ele perguntou.


Eu espreitei os olhos ao olhar para as sombras. A floresta ainda estava obscura e as árvores agrupadas de modo denso apenas diminuíam a minha visibilidade.


Não. O ritmo não parece certo.


Dante me tocou no ombro e apontou na direção do céu. De começo, eu não entendi. Depois ficou claro. Ele queria que nós escalássemos as árvores, assim poderíamos ter uma boa visão do problema que talvez estivesse vindo até nós. 


Apesar da minha exaustão, escalei uma árvore de cedro branco sem barulho, com alguns saltos experientes e colocando os pés nos lugares certos. Dante subiu em uma árvore vizinha.


Nós não precisamos esperar muito. Momentos depois de subirmos para a segurança, seis anjos caídos apareceram na clareira abaixo. Três homens e três mulheres. Seus tórax nus eram marcados com um tipo estranho de hieróglifo que se assemelhavam ligeiramente às pinturas que Patch tinha nos pulsos, e seus rostos estavam pintados com uma cor vermelho sangue. O efeito era arrepiante, e eu não consegui evitar pensar que eles me lembravam de guerreiros Pawnee. Um deles me chamou a atenção, em particular. Um garoto magricela com olhos roxos. Seu rosto familiar gelou o meu sangue. Eu lembrei da marcha selvagem dele no Devil’s Handbag, e o modo como a mão dele brilhou. Lembrei da vítima dele. Lembrei de como ela se parecia muito comigo.


Um rosnado feroz endureceu seu rosto, e ele espreitou as árvores com afinco. Seu peito tinha uma ferida recente, pequena e circular, como se uma faca tivesse sido usada cruelmente para tirar aquele pedaço de carne. Ele tinha um brilho frio e implacável em seu olhar, e eu estremeci.


Dante e eu ficamos nas árvores até que eles foram embora. Quando voltamos para a terra firme, eu disse:


— Como encontraram a gente?


Seus olhos pararam em mim, nebulosos e frios.


— Eles cometeram um grande erro vindo atrás de você desse jeito.


— Você acha que eles estavam espionando nós dois?


— Eu acho que alguém disse que estaríamos aqui.


— O magrelo. Eu já tinha visto ele antes, no Devil’s Handbag. Ele atacou uma garota Nephilim que se parecia muito comigo. Você o conhece?


— Não. — Mas, para mim, parece que ele hesitou por um momento antes de responder.


Cinco horas depois, eu tinha tomado banho e me vestido, tomado um café da manhã saudável com ovos mexidos com cogumelos e espinafre, e, como bônus, terminei toda a minha lição de casa. Nada mau, considerando que não era nem meio dia.


No final do corredor, a porta do quarto da Marcie se abriu e ela emergiu lá de dentro. O cabelo dela estava uma bagunça para todos os lados, e havia círculos negros embaixo de seus olhos. Eu podia quase sentir o seu mau hálito matinal de onde eu estava.


— Oi — eu disse.


— Oi.


— Minha mãe quer que nós tiremos as folhas do quintal, então é melhor segurar o banho até que a gente termine.


As sobrancelhas de Marcie se juntaram.


— Como é que é?


— Tarefas de sábado — eu expliquei. Eu sabia que isso provavelmente era algo novo para Marcie. E apreciava completamente ser eu aquela que ia ensinar um pouco de trabalho duro para ela.


— Eu não faço essas coisas.


— Faz a partir do momento que veio morar aqui.


— Certo — disse Marcie relutante. — Me deixe tomar café da manhã primeiro e fazer algumas ligações.


Em um dia normal, eu nunca pensei que veria a Marcie concordando tão rapidamente, mas comecei a pensar que esse comportamento era uma desculpa pela grande confusão que ela causou ontem à noite. Ei, eu podia viver com isso. 


Enquanto a Marcie comia cereal como café da manhã, eu fui até a garagem achar o equipamento. Eu já tinha limpado a metade do jardim quando um carro estacionou na rua. Era Scott em sua Barracuda, que agora saía do carro. Ele estava usando uma camiseta que destacava todos os seus músculos, e, para o bem da Vee, eu gostaria de ter uma câmera.


— E ai, Grey? — ele disse. Puxou suas luvas de trabalho do bolso de trás e as vestiu. — Eu vim ajudar. Coloque-me para trabalhar. Eu sou seu escravo por um dia. Tudo bem que quem deveria estar aqui é o seu garoto, Dante. — Ele ficava me enchendo por causa do Dante, mas eu não conseguia ter certeza se ele acreditava no meu relacionamento ou não. Eu sempre notava sinais de ironia quando ele falava disso. Mas, claro, eu sempre notava isso em uma em cada dez palavras que ele falava.


Debrucei-me sobre meu arado.


— Eu não entendo. Como você ficou sabendo sobre a limpeza do jardim?


— Pela sua nova melhor amiga.


Eu não tinha uma nova melhor amiga, mas tinha uma arqui-inimiga inoportuna. Eu espremi meus olhos.


— A Marcie te recrutou? — Eu supus.


— Ela disse que precisava de ajuda com as tarefas. Ela é alérgica e não pode trabalhar fora de casa. — Total mentira!


— E eu fui ingênua o suficiente para pensar que ela realmente iria ajudar. 


Scott pegou as ferramentas extras que eu coloquei na frente da varanda e veio me ajudar.


— Vamos fazer uma grande pilha e jogar nela.


— Isso não ajudaria em nada.


Scott sorriu e me deu um tapinha no ombro.


— Mas seria divertido.


Marcie abriu a porta da frente e saiu na varanda. Ela se inclinou sobre os degraus, cruzando as pernas e se apoiando neles.


— Oi, Scott.


— Hey.


— Obrigada por vir ao meu resgate. Você é meu cavalheiro de armadura branca.


— Oh, vômito — eu disse, revirando meus olhos dramaticamente.


— A qualquer hora — Scott disse para ela. — Eu não podia recusar atormentar a Grey. — Ele veio pelas minhas costas e jogou um maço de folhas dentro da minha camiseta.


— Hey! — Eu gritei. Peguei um grande maço de folhas e joguei na cara dele.  Scott abaixou os ombros, movimentou-se em grande velocidade até mim, e me jogou no chão, espalhando minha pilha organizada de folhas para tudo quanto era lugar. Fiquei muito brava por ele ter destruído todo o meu árduo trabalho, mas ao mesmo tempo eu não era capaz de parar de rir. Ele estava em cima de mim, estufando minha camiseta com folhas, e também meus bolsos e as pernas da calça.


—Scott. — Eu disse entre as risadas.


— Arrumem um quarto — Marcie disse com uma voz entediada, mas eu podia ver que ela estava irritada.


Depois de Scott finalmente me soltar, eu disse a Marcie:


— Que pena que você tem alergia. Limpar o quintal pode ser muito divertido. Eu me esqueci de mencionar isso?


Ela me deu um olhar de desgosto profundo e marchou para dentro.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a):

Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Depois que Scott e eu tínhamos colocado todas as folhas em sacolas de lixo laranjas, decoradas para parecerem abóboras, e colocamos enfeitando o pátio, entramos para tomar um pouco de leite e os deliciosos biscoitos de chocolate e menta da minha mãe. Pensei que Marcie tivesse ido para o quarto dela, mas ao invés disso esla estava esperando ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 75



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • Vanuza Ribeiro Postado em 17/07/2015 - 02:09:05

    fooooooooooi estremamente linda a fanfic adorei *-----* parabéns.

  • Vanuza Ribeiro Postado em 14/07/2015 - 00:50:36

    estou lendo a fanfic ja a algum tempo e estou a m a n d o --- preciso de um anjo desses na minha vida, que dlc kkkkkkkkkk- vo começar a ler finale.

  • juhcunha Postado em 05/04/2015 - 23:35:45

    ai meu deus chorando litros morrendo quero mais nao acredito que terminou nisso queo mais muito mias a serie divergente e muito foda mais muito triste no final

  • juhcunha Postado em 05/04/2015 - 22:06:38

    posta mais

  • juhcunha Postado em 01/04/2015 - 22:11:51

    como e a Anie e um dele caranba quantas supresas e que essa cara ta fazendo na casa do ucker!

  • juhcunha Postado em 30/03/2015 - 20:56:59

    dante filho da puta traidor nao imaginava ele caranba !

  • juhcunha Postado em 29/03/2015 - 02:25:13

    Dabria vaca que beijo o homem dos outro puta se fudeeu dulce arazando

  • juhcunha Postado em 26/03/2015 - 01:34:59

    A porra fico seria agora!

  • juhcunha Postado em 23/03/2015 - 23:13:32

    marcie vaca robou o scott da ane puta e scott deveria te dado um fora nela ! O QUE O Que tinha naquele punhau era veneno caranba puta que paria

  • juhcunha Postado em 23/03/2015 - 01:16:44

    eu to descofiada que esse detetive basso e um arcanjo porque ele ta sempre vigiando sempre nos lugares errados


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais