Fanfic: Finale (Adaptada) | Tema: Vondy
A manhã seguinte chegou rápido. A batida na janela do meu quarto serviu como um despertador, dei a volta para ver Dante atrás do vidro, agachado sobre o galho de uma árvore, me chamando para fora. Levantei os 5 dedos sinalizando que sairia nesse número de minutos.
Tecnicamente estava de castigo. Mas não imaginava que a desculpa serviria para Dante.
Lá fora, o ar escuro da manhã tinha o fresco sabor do outono e friccionei minhas mãos com força para esquentá-las. A lua ainda estava no céu. Ao longe, uma coruja piava lastimadamente.
— Um carro sem placa e com equipamento de radar passou várias vezes pela sua casa essa manhã. — Dante me disse, soprando as suas mãos. — Tenho quase certeza de que era um policial. Cabelos escuros e alguns anos mais velho do que eu, pelo que pude perceber. O que você acha disso?
— Detetive Basso. O que eu fiz dessa vez pra estar no radar dele? Não. — Disse, pensando que agora não era o momento para contar a minha vergonhosa história com a polícia local. — Provavelmente era o final do turno dele e ele tava procurando alguma coisa para matar o tempo. Não vai atrapalhar ninguém passando dos limites de velocidade aqui, isso você pode ter certeza.
Um sorriso irônico torceu a boca de Dante.
— Não em carros, de todo jeito, estrela do atletismo. Está pronta pra isso?
— Não. Isso serve de alguma coisa?
Ele se abaixou e amarrou o cadarço do tênis.
— É hora do trabalho. Você já sabe o que tem que fazer.
Eu sabia, e muito bem. O que Dante não sabia era que meu trabalho também consistia em fantasiar que eu estava jogando facas, dardos e outras coisas em suas costas enquanto corria pelo terreno do bosque, seguindo-o até o fundo da nossa isolada aérea de treinamento. O que era para ficar animado, verdade?
Quando estava completamente ensopada de suor, Dante me fez realizar uma série de estiramentos com a intenção de me deixar mais ágil. Tinha visto Marcie fazer alguns desses mesmos exercícios em sua casa. Ela já não estava mais na equipe de líderes de torcidas, mas aparentemente manter a habilidade de abrir as pernas era importante para ela.
— Qual é o plano pra hoje? — Perguntei, sentada no chão com as minhas pernas abertas em um amplo V. Me dobrei pela cintura, descansando a minha cabeça no joelho, sentindo uma dor no tendão.
— Possessão.
— Possessão? — Repeti desconcertada.
— Sim, os anjos caídos podem nos possuir, é justo que nós possamos possuí-los também. Quer melhor guerra do que ser capaz de controlar mente e corpo do seu inimigo? — Continuou Dante.
— Não sabia que possuir anjos caídos era uma opção.
— Agora é... agora que temos o devilcraft. Nunca antes tínhamos sido o suficientemente fortes. Tenho treinando um grupo seleto de Nephilins, inclusive eu, em segredo. Dominar essa habilidade vai ser um ponto importante na guerra, Nora. Se pudermos fazer isso com êxito, vamos ter uma oportunidade.
— Você tem treinado? Como? — A possessão só era possível durante o Cheshvan. Como podiam estar treinando durante meses?
— Temos treinado em anjos caídos. — Um sorriso malvado brilhou em seus olhos. — Te disse, somos mais fortes do que nunca fomos, um anjo caído vagando sozinho, não pode enfrentar um grupo dos nossos. Temos recolhido eles das ruas pela noite e levado para o centro de treinamento que o Hank organizou.
— Hank estava envolvido nisso? — Parecia que os segredos dele nunca iam deixar de aparecer.
— Escolhemos os solitários, os introvertidos, os que nós achamos que ninguém vai sentir falta. Os alimentamos com um protótipo especial de Devilcraft, que faz com que seja possível a possessão por curtos períodos de tempo, mesmo não sendo Cheshvan. E então praticamos neles.
— Onde estão agora?
— Detidos no centro de treinamento. Estamos mantendo uma vareta de metal encantada com devilcraft cravada nas cicatrizes das asas dele quando não estamos praticando com eles. Isso os deixa completamente imobilizados. Como ratos de laboratório a nossa disposição.
Tinha certeza de que Ucker não sabia de nada disso. Tinha que contar a ele.
— Quantos anjos caídos têm detidos? E onde fica o centro de treinamento?
— Não posso te dizer o endereço. Quando estabelecemos o centro, Hank, Blakely e eu decidimos que seria mais seguro se mantessemos em segredo. Com Hank morto, Blakely e eu somos os únicos nephilins que sabemos onde fica. É melhor assim. Se relaxar com as regras, acaba conseguindo traidores. As pessoas fazem qualquer coisa por ganância, incluindo trair a sua própria raça. É a natureza dos nephilins, do mesmo jeito que é a natureza dos humanos. Estamos eliminando a tentação.
— Você vai me levar ao centro de treinamento pra praticar? — Estava certa de que havia um protocolo pra isso também. Teria que ir com os olhos vendados, ou apagariam a rota da minha memória. Mas talvez pudesse encontrar uma maneira de evitar isso. Talvez Ucker e eu pudessemos encontrar o caminho para o centro de treinamento juntos...
— Não é necessário. Trouxe um dos ratos de laboratório comigo.
Meus olhos se cravaram nas árvores.
— Onde?
— Não se preocupe... a combinação de devilcraft e a vareta nas cicatrizes das asas manteve ela cooperando.
Dante desapareceu atrás de uma rocha, mas logo voltou arrastando um anjo caído do sexo feminino, que não parecia ter mais de 13 em anos humanos. Suas pernas, eram dois palitos sobresaindo uma calça curta para fazer ginástica, não podiam ser mais grossas que meus braços. Dante jogou-a, seu corpo frouxo caiu na terra como um saco de lixo. Desviei o olhar da vareta saindo das suas cicatrizes nas costas. Sabia que ela não podia sentir nada, mas a imagem fez que os cabelos na parte de trás do meu pescoço ficassem eriçados de todas as maneiras. Tinha que lembrar que ela era o inimigo. Agora eu tinha uma participação pessoal na guerra: me negava a jurar lealdade a qualquer anjo caído. Todos eram perigosos. Até o último deles tinha que ser detido.
— Uma vez que eu tirar a vareta, você só vai ter 2 segundos antes que ela começa a brigar. Este devilcraft em particular tem um efeito medianamente curto e não permanecerá em seu corpo. Em outras palavras, não baixe a guarda.
— Ela vai saber que estou possuindo ela?
— Oh, ela vai saber. Ela tem passado por isso umas cem vezes. Quero que você a possua e ordene algumas ações por alguns minutos para que se acostume com a sensação de manipular um corpo. Me avisa quando estiver pronta pra sair do corpo dela, porque eu vou deixar a vareta a postos.
— Como vou entrar no corpo dela? — Perguntei, com meus braços ficando arrepiados. Me sentia fria, não só pelo frio no ar. Não queria possuir um anjo caído. Mas ao mesmo tempo, precisava dar ao Ucker a maior quantidade de informações possíveis de como funcionava o processo. Não podíamos resolver um problema que não compreendíamos.
— Ela vai estar fraca por causa do devilcraft, o que vai ajudar. E já entramos no Cheshvan, o que significa que os caminhos para possessão estão abertos de par em par. Tudo o que você tem que fazer é enganar ela com a mente. Ter o controle dos pensamentos dela. Fazê-la acreditar, que ela quer que você a possua. E quando ela baixar a guarda, tudo vai ficar muito fácil. Você vai voar pra ela rapidamente. Vai ser sugada pro corpo dela tão rápido que nem vai perceber a transição. Em seguida, você vai estar no controle.
— É tão jovem.
— Não deixe que isso te engane. É tão astuta e perigosa como o resto deles. Pegue... tome um pouco de devilcraft, que vai fazer a sua primeira tentativa um pouco mais fácil.
Não peguei o frasco imediatamente. Meus dedos formigavam com desejo, mas os mantive dos meus lados. Já tinha tomado muito devilcraft. Tinha prometido pra mim mesma que ia parar e que eu falaria a verdade pra Ucker. Até agora, não tinha feito nem uma coisa nem outra. Olhei o frasco com o líquido azul brilhante, e uma fome feroz pareceu roer através do meu estômago. Não queria o devilcraft, mas ao mesmo tempo, precisava dele desesperadamente. Minha cabeça girou, me fazendo sentir tonta sem ele. Tomar só mais um pouco não poderia ser tão ruim. Antes que pudesse me deter, estendi a mão e peguei o frasco. Minha boca já salivava.
— Deveria tomar tudo?
— Sim.
Inclinei o frasco, com o devilcraft queimando pela minha garganta. Tossi e cuspi, desejando que Blakely pudesse achar uma maneira de fazer o líquido com um sabor melhor. Seria útil também se pudesse minimizar os efeitos secundários. Imediatamente depois de beber a dose, senti uma forte dor de cabeça. A experiencia me dizia que só iria piorar com o passar do dia.
— Pronta? — Perguntou Dante.
Não fui rápida em assentir para afirmar. Dizer que tinha pouca vontade de possuir a menina era muita subestimação. Eu tinha sido possuída uma vez... por Ucker, em uma tentativa desesperada de me salvar de ser assassinada por Chauncey Langeais, um parente perdido faz muito tempo, que não sentia nenhum afeto familiar por mim. Enquanto ficava alegre por Ucker ter me protegido, a violação que tinha sentido ao ser possuída, não era algo que quisesse experimentar outra vez. Ou fazer alguém mais passar por isso.
Meus olhos percorreram a menina. Ela tinha sofrido com isso, centenas de vezes antes, e aqui estava eu a ponto de fazê-la passar por tudo isso outra vez.
— Pronta. — Disse pesadamente por fim.
Dante tirou a vareta das cicatrizes das asas da menina, com cuidado para que suas mãos não tocassem a parte de baixo embebida com o líquido azul brilhante.
— Em qualquer momento. — Murmurou com advertência. — Se prepare. Seus pensamentos emitirão impulsos magneticos. Assim que você sentir a atividade mental, entra na cabeça dela. Não perca tempo tentando convencer ela da possessão.
O silêncio flutuava, espesso e tenso. Dei um passo para mais perto da menina, tentando me esforçar para detectar qualquer informação mental. Os joelhos de Dante estavam dobrados, como se ele esperasse poder começar a agir a qualquer momento.
Um ganido agudo de um cervo, cruzou a escura extensão por cima da gente. Um fraco sinal de energia apareceu no meu radar, e essa foi toda a advertência que tive, antes que a menina se lançasse pra cima de mim, mostrando os dentes e com as unhas prontas pra arranhar, como um animal selvagem. Nossas costas se chocaram contra a terra. Meus reflexos eram agudos e eu girei sobre ela. Me lancei sobre os seus pulsos, esperando fixá-los por cima da cabeça dela, mas ela se safou de mim em uma única manobra. Deslizei sobre a terra, ouvindo-a aterrissar a alguns metros de distância. Olhei pra cima, bem a tempo de vê-la voar no ar, vindo pra cima de mim. Me enrolando como uma bola, girei para fora do seu alcance.
— Agora. — Gritou Dante.
De rabo de olho, o vi levantando a vareta, se preparando para atacar a menina caso eu falhasse.
Fechei meus olhos, me focando em seus pensamentos. Podia sentí-los zumbindo de várias maneiras, como insetos frenéticos. Afundei na cabeça dela, triturando tudo que encontrava na minha frente. Juntei seus pensamentos em uma massa gigante e sussurrei um hipnótico:
Me deixe entrar, me deixe entrar agora!
Muito mais rápido do que esperava as defesas da menina se fundiram. Justo como Dante tinha dito, me senti deslizando para ela, como se minha alma tivesse sido sugada por um poderoso campo de força. Não ofereceu resistência. A sensação era como um sonho, tonto, escorregadio e borrado nas bordas. Não houve um momento para definir quando senti a mudança, simplesmente pisquei e vi o mundo de um ângulo diferente.
Estava dentro dela, corpo, mente e alma, possuindo-a.
— Dulce? — Perguntou Dante, cerrando os olhos para mim com ceticismo.
— Estou dentro. – Minha voz me deu um susto; ordenei a resposta, mas tinha saído em outra voz. Mais alta e mais doce do que podia ter esperado de um anjo caído. Por outro lado, ela era tão jovem...
— Está sentindo alguma resistência? Alguma reação dela? — Perguntou Dante.
Sacudi minha cabeça negando. Não estava pronta para me ouvir falar com a voz dela outra vez. Por mais que Dante quisesse que eu praticasse dando ordens ao corpo dela, eu queria sair.
Me apressei para completar uma pequena lista de exercícios, ordenando ao corpo do anjo que corresse a uma curta distância, que saltasse de um galho de uma árvore caída, que desamarrasse e amarrasse de volta os cordões do seus sapatos. Dante estava certo, eu tinha todo o controle. E sabia que em algum lugar lá no fundo, estava arrastando ela contra a vontade de seus movimentos. Poderia ter ordenado que ela apunhalasse a si mesma nas cicatrizes das asas que ela não faria nenhuma objeção, só iria obedecer.
Já fiz. Falei na mente de Dante. Agora vou sair.
— Um pouco mais. — Ele acrescentou. — Você precisa de mais prática. Quero que isso seja pra você como sua segunda natureza. Realize os exercícios uma vez mais.
Ignorando o pedido dele, ordenei que o corpo dela que expulsasse o meu, e outra vez, a transição foi tão fácil quanto abrupta.
Xingando baixinho, Dante colocou de novo a vareta nas cicatrizes das asas do anjo. Seu corpo desabou, como se ela estivesse morta, seus braços e pernas batendo no chão em ângulos raros. Queria parar de olhar, mas não podia. Fiquei me perguntando, como tinha sido sua existência na terra antes. Se alguém procurava por ela. Se alguma vez seria livre de novo. E quão sombria deveria ser sua perspectiva.
— Isso não durou o suficiente. — Me disse Dante, claramente chateado. — Você não me ouviu dizer pra praticar os exercícios mais uma vez? Sei que é um pouco incômodo no começo...
— Como funciona? — Perguntei. — Dois objetos não podem ficar no mesmo espaço ao mesmo tempo. Então, como funciona a possessão?
— Tudo se resume ao domínio quantico, função de onda e dualidade partícula-onda.
— Não tive teoria quantica ainda. — Eu disse com um toque de rancor. — Traduz pra uma língua que eu consiga entender.
— Pelo que posso dizer, tudo é demais. Funciona a um nível subatômico. Dois objetos podem sim existir no mesmo lugar ao mesmo tempo. Não estou certo de que alguém realmente possa entender como isso funciona. É simplesmente assim.
— É tudo o que você pode me dizer?
— Tenha um pouco de fé, Grey.
— Bom, vou te dar um pouco de crédito. Mas quero uma coisa me troca. — Disse, olhando para Dante astutamente. — Você é bom com vigilância. né?
— Você pode fazer pior.
— Tem um arcanjo picareta vagabundeando pelo bairro, chamado Pepper Friberg. Dizendo ele, que um anjo caído está chantageando ele, e tenho quase certeza de que sei quem é. Quero que você me traga a evidência que preciso para pegar ela.
— Pegar ela?
— As mulheres podem ser muito astutas também.
— O que isso tem a ver com liderar os Nephilins?
— Isso é pessoal.
— Certo. — Disse Dante lentamente. — Me diga o que tenho que saber.
— Ucker me disse que alguns dos anjos caídos aí fora podem chantagear Pepper por muitas coisas: páginas do Livro de Enoch, vislumbres do futuro, perdão total de um crime passado, informação considerada sagrada e secreta, ou mesmo ser elevado a anjo guardião, a lista do que um arcanjo pode prover, pode continuar, imagino.
— O que mais Ucker disse?
— Não muito. Também quer encontrar o chantagista. Sei que ele tem seguido pistas e seguindo pelo menos um suspeito. Mas tenho quase certeza de que ele está bisbilhotando nos lugares errados. Na outra noite, vi a ex dele conversando com o Pepper atrás do Devil`s Handbag. Não consegui escutar o que diziam, mas parecia confiante. E Pepper parecia furioso. Seu nome é Dabria.
Me surpreendeu ver uma sombra de reconhecimento nublar a expressão de Dante. Ele cruzou os braços sobre o peito.
— Dabria?
Gemi.
— Não me diga que também a conhece. Eu juro, ela está em todas as partes. Se me disser que acha que ela é charmosa, vou chutar a sua bunda bem na beira de um precipício imenso.
— Não é isso. — Dante sacudiu a cabeça, a pena se arrastando por seu rosto. — Não quero ser a pessoa que vai te contar isso.
— Me contar o quê?
— Conheço Dabria, não pessoalmente, mas... — A compaixão em sua voz se afundou.
Ele me olhou como se estivesse a ponto de me contar uma notícia horrível. Eu tinha sentado sobre um tronco caído para contar minha história pra ele, mas agora já estava de pé.
— Só me diga, Dante.
— Tenho espiões trabalhando pra mim. Gente que contratei para manter um olho nos anjos caídos influentes. — Confessou Dante, quase arrependido. — Não é um segredo que Ucker é altamente respeitado na comunidade dos anjos caídos. Ele está sempre pronto, é inteligente e ágil. É um bom líder. Os anos como mercenário, deram mais experiência a ele do que a maioria dos meus homens e eu temos juntos.
— Você tem espionado o Ucker? — Disse. — Por que não me contou?
— Confio em você, mas não descarto a possibilidade de que ele exerça algum tipo de influência sobre você.
— Influência? Ucker nunca tomou decisões por mim, sou capaz de fazer isso sozinha. Estou no comando dessa operação. Se quisesse enviar espiões, teria feito eu mesma. — Disse, minha irritação parecendo evidente. — Bom ponto.
Caminhei até a árvore seguinte, de costas para Dante.
— Vai me dizer por que está divulgando tudo isso? — Ele suspirou com relutância. — Enquanto espiava Ucker, Dabria apareceu mais de uma vez em nosso radar.
Cerrei meus olhos. Desejando poder dizer a ele que parasse por ali mesmo. Não queria ouvir mais nada. Dabria seguia Ucker para todos os lados, eu sabia disso. Mas o tom da voz de Dante, sugeria que ele tinha notícias muito mais devastadoras para oferecer, do que me dizer que Ucker tinha uma acusadora que por acaso era sua magnífica ex.
— Faz duas noites, eles estiveram juntos. Tenho evidência. Muitas fotos.
Apertei minha mandíbula virei.
— Quero ver.
— Dulce...
— Posso lidar com isso. — Retruquei. — Quero ver essa prova que seus homens, meus homens, conseguiram.
Ucker com Dabria. Busquei na minha memória, tratando de determinar em que noite isso poderia ter acontecido. Me sentia desesperada, ciumenta e instavel. Ucker não tinha feito isso. Havia uma explicação. Daria a ele o benefício da dúvida. Já tínhamos passado por muitas coisas, para que eu voasse da pra cima da primeira conclusão que aparecesse no meu caminho. Tinha que manter a calma. Seria um absurdo julgar ele tão rápido. Dante tinha fotos? Bem. Analisaria por mim mesma. Dante pressionou seus lábios juntos, então assentiu.
— Vou enviá-las para a sua casa hoje à tarde.
Prévia do próximo capítulo
Passei pela rotina do dia, mas fiz tudo mecanicamente. Não conseguia tirar a imagem de Ucker e Dabria juntos da minha cabeça. Não tinha pensado em perguntar os detalhes pro Dante, e agora minhas perguntas sem respostas pareciam fazer buracos no meu cérebro. `Estiveram juntos. Tenho fotos.` O que isso significava? Juntos, como? Seria ingênu ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 75
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
Vanuza Ribeiro Postado em 17/07/2015 - 02:09:05
fooooooooooi estremamente linda a fanfic adorei *-----* parabéns.
-
Vanuza Ribeiro Postado em 14/07/2015 - 00:50:36
estou lendo a fanfic ja a algum tempo e estou a m a n d o --- preciso de um anjo desses na minha vida, que dlc kkkkkkkkkk- vo começar a ler finale.
-
juhcunha Postado em 05/04/2015 - 23:35:45
ai meu deus chorando litros morrendo quero mais nao acredito que terminou nisso queo mais muito mias a serie divergente e muito foda mais muito triste no final
-
juhcunha Postado em 05/04/2015 - 22:06:38
posta mais
-
juhcunha Postado em 01/04/2015 - 22:11:51
como e a Anie e um dele caranba quantas supresas e que essa cara ta fazendo na casa do ucker!
-
juhcunha Postado em 30/03/2015 - 20:56:59
dante filho da puta traidor nao imaginava ele caranba !
-
juhcunha Postado em 29/03/2015 - 02:25:13
Dabria vaca que beijo o homem dos outro puta se fudeeu dulce arazando
-
juhcunha Postado em 26/03/2015 - 01:34:59
A porra fico seria agora!
-
juhcunha Postado em 23/03/2015 - 23:13:32
marcie vaca robou o scott da ane puta e scott deveria te dado um fora nela ! O QUE O Que tinha naquele punhau era veneno caranba puta que paria
-
juhcunha Postado em 23/03/2015 - 01:16:44
eu to descofiada que esse detetive basso e um arcanjo porque ele ta sempre vigiando sempre nos lugares errados